Na disputa pelo voto dos evangélicos, Marina Silva levou o candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, a um encontro nesta segunda-feira (4) com 2.000 pastores da Assembleia de Deus em São Paulo.

Missionária e candidata a vice na chapa do pessebista ao Palácio do Planalto, Marina é responsável pela interlocução de Campos com os evangélicos -que, ao lado dos jovens, tornaram-se alvos da dupla para a conquista de novos votos até outubro.

A reunião foi fechada. Antes da chegada de Campos e Marina, o Pastor Everaldo –candidato do PSC à Presidência– discursou para os evangélicos. Os três se encontraram somente no saguão do Ministério do Belém, na zona leste da capital paulista.

Marina e Everaldo são os únicos evangélicos que concorrem às eleições presidenciais deste ano. Eles são ligados a ramos diferentes da Assembleia de Deus. Visitas como essa são consideradas estratégicas pelas campanhas, apesar de, geralmente, não serem divulgadas nas agendas oficiais dos candidatos.

Nos bastidores, os pastores afirmam que haverá apoio declarado a Everaldo, ou neutralidade, mas dizem haver simpatia pela candidatura de Campos, que é católico.

O pastor Lélis Marinhos, que preside o conselho político da Convenção Geral das Assembleias de Deus, disse à Folha que a dupla foi “muito bem recebida” e que o fato de Marina ser evangélica confere “identidade maior” da candidatura com a igreja.

Sobre a propensão da denominação apoiar Campos, Marinhos afirmou que Marina faz um “contraponto importante” favorável a ele.

Bastante íntimo da pregação, o Pastor Everaldo defendeu a posição dos evangélicos sobre temas como aborto e casamento gay. Marina preferiu não entrar em polêmicas. Falou sobre o Evangelho e deixou para Campos o discurso político. O ex-governador concentrou sua exposição na promessa de ampliar o acesso dos jovens à educação em tempo integral.

[b]PASSE LIVRE
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Após o aceno aos evangélicos, Campos e Marina se reuniram com cerca de cem jovens e se comprometeram mais uma vez com o passe livre no transporte público a estudantes de todo o Brasil. No mês passado, a dupla havia feito a promessa ao mesmo grupo a portas fechadas.

Campos prometeu um fundo nacional com R$ 12 bilhões para financiar o benefício e disse ainda que, se eleito, universalizará a escola em tempo integral no ensino médio até o fim do mandato.

[b]Fonte: Folha de São Paulo[/b]

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