O Conselho de Igrejas Evangélicas Metodistas da América Latina e do Caribe (Ciemal) lamentou a adesão da Igreja Católica e de algumas igrejas evangélicas ao golpe de Estado em Honduras e pediu às igrejas afiliadas para que orem pelo povo hondurenho.

Também solicitou ao Conselho de Bispos da Igreja Metodista Unida dos Estados Unidos que intervenha junto ao presidente Barak Obama para que o governo deste país vá além da condenação formal ao golpe de Estado em Honduras e coloque toda a sua influência para resolver a crise instalada no país.

Em carta dirigida às igrejas afiliadas, o Ciemal frisa que pela primeira vez em anos verificou-se uma condenação unânime de países da região ao golpe de Estado em Honduras. A comunidade internacional e 118 países rechaçaram o governo de fato liderado por Roberto Micheletti.

Metodistas expressaram preocupação com o quadro de violações dos direitos humanos em Honduras, com a censura imposta à imprensa e a prisão de 28 estrangeiros, a sua maioria venezuelana e nicaragüense.

Destacaram a execução do jornalista Gabriel Noriega, em 3 de julho, e do jovem Isis Murillo, perpetrada dois dias depois nas proximidades do aeroporto. José David Murillo, pastor evangélico, ativista ecológico e pai do jovem assassinado, foi preso por protestar contra a execução do filho.

“O golpe vai contra o futuro de Honduras e contra o investimento pela vida”, diz a carta do Ciemal, assinada pelo seu presidente, bispo Moisés Valderrama Gómez, do México, e pela secretária-geral, Joyce Torres Placa, do Brasil,e enviada na segunda-feira, 27.

Em Honduras, mencionam os metodistas, de cada dez famílias oito vivem na pobreza e 3% da população ficam com metade da riqueza produzida no país. A pessoa comum não tem qualquer segurança jurídica no país centro-americano.

O Ciemal espera que a comunidade internacional se empenhe para que Honduras alcance o status que tinha antes do golpe de Estado, com um governo eleito democraticamente, e assegure o começo de um outro país.

Fonte: ALC

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