O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF-RJ) pediu ao Google que retire do seu campo de busca palavras que induzam o usuário a encontrar endereços eletrônicos que levem à prática de pedofilia, de pornografia infantil e conteúdos correlatos. A informação foi repassada em comunicado do órgão, nesta terça-feira (9).

O Google Suggest é a ferramenta de sugestões do Google, cujo teor aparece na medida em que as palavras são digitadas no campo de busca, permite a visualização de diversas opções de frases quando o usuário digita uma palavra-chave.

Segundo comunicado, a recomendação do MPF pede a retirada de expressões que remetam à prática dos crimes citados, como “meninas de 13 anos transando”, “meninas nuas”, dentre outras.

Os procuradores da República que compõem o Grupo de Repressão aos Crimes de Pedofilia e Racismo Praticados pela Internet informam ainda sobre a necessidade de atualizações constantes da fiscalização de tais expressões, a fim de evitar a busca de sites com conteúdo criminoso.

“É inegável que algumas palavras-chaves disponíveis estão induzindo o internauta à prática delituosa e a Google do Brasil deve se abster de criar sistemas que facilitem o acesso a tais sites”, afirma a procuradora da República Neide Cardoso de Oliveira.

A recomendação foi baseada no Termo de Ajuste de Conduta (TAC) entre o MPF de São Paulo e o Google, firmado em julho passado. A partir do TAC, a empresa passou a colaborar com o MPF de todo o país no combate de crimes de pedofilia e pornografia infantil na internet.

De acordo com Felix Ximenes, diretor de comunicação do Google Brasil, “a ferramenta de buscas é nova e automática, e faz a associação conforme o comportamento da busca”. O executivo informa ainda que as correções na ferramenta já estão sendo feitas.

Caso o usuário encontre algum termo indevido na busca, há a opção de relatá-lo no próprio site de buscas do Google, diz Ximenes.

Fonte: Folha Online

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