O pastor Silas Malafaia, da Igreja Assembléia de Deus (RJ), afirmou que 25% das mulheres que abortam freqüentam a psiquiatria e são majoritariamente vítimas de depressão. “As mulheres que abortam são sete vezes mais propensas ao suicídio que o restante das mulheres”, acrescentou.

Ele citou uma série de doenças que, segundo ele, acometem as mulheres que fazem aborto. “O aborto é o poder dos poderosos contra os indefesos. Aborto é crime porque mata uma vida indefesa. Quando um ser humano não respeita o outro ele vai respeitar o quê?”, questionou.

Ele destacou que, na gestação, o agente ativo é o feto. “O feto não é prolongamento do corpo da mulher, como a unha ou o cabelo que pode ser cortado ou aparado”, criticou. “A maioria dos abortos é fruto da promiscuidade”, disse. “Hoje se defende as matas e animais, mas o ser humano é tratado como lixo. Se a vida começa na concepção, o aborto é matar uma vida”, ressaltou.

Estado laico

O pastor afirmou que o Estado é laico, mas o povo brasileiro não o é. “Há uma tentativa de tentar ridicularizar qualquer atitude religiosa ou que não seja científica”, disse o pastor, em resposta a uma vaia que recebeu de parte dos presentes à audiência pública da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania que discute a descriminalização do aborto.

Pastor afirma que 93% da população são contra o aborto

O pastor Abner Ferreira, da Igreja Assembléia de Deus do Rio de Janeiro, destacou há pouco que 93% da população brasileira são contrários ao aborto. Em sua opinião, o aborto não é uma questão apenas religiosa, mas do direito à vida. Por isso, considerou o aborto um assassinato, um crime qualificado. “O aborto tem uma vítima, que é uma nova vida”, afirmou.

Abner Ferreira considera uma inverdade que a descriminalização do aborto resultará na diminuição do número de mortes de mulheres por aborteiros clandestinos. “Os aborteiros vão continuar agindo, porque os médicos não vão fazer aborto de graça. Se o aborto for legalizado, estaremos instituindo um crime em larga escala”, disse.

Corpo da mulher

O pastor criticou as feministas que defendem o aborto sob o argumento de que o corpo pertence à mulher. “Retirar um feto não é retirar um pedaço de carne. A mulher é dona de seu corpo, mas não do corpo do feto”, acrescentou. “É imoral matar o feto em qualquer etapa da gravidez. O feto tem direito à vida. A Declaração Universal dos Direitos Humanos diz que todos têm direito à vida. O aborto viola a Constituição. Se legalizarmos o aborto, estaremos na emergência de uma cultura da morte”, declarou.

Em referência ao estímulo à sexualidade das adolescentes, o pastor destacou que “liberdade sem responsabilidade é sinônimo de libertinagem.” Ele defendeu o sexo apenas no casamento. “Sou a favor do planejamento familiar e da gravidez consciente e responsável”, ressaltou.

Abner Ferreira participa da audiência pública promovida pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) para discutir o Projeto de Lei 1135/91, que suprime o artigo do Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40) que define como crime o aborto provocado pela gestante ou com o seu consentimento.

Fonte: Portal da Câmara dos Deputados

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