Netflix inclui romance lésbico no desenho infantil "Jurassic Word"
Netflix inclui romance lésbico no desenho infantil "Jurassic Word"

A quinta e última temporada da série infantil “Jurassic World: Acampamento Jurássico” entrou na agenda da ideologia de gênero. Com produção da Netflix, a atração para crianças a partir de 7 anos exibe um romance e um beijo entre duas mulheres.

A plataforma de streaming está recebendo críticas por inserir conteúdo de gênero para crianças ainda sem discernimento sobre temas sexuais e homossexuais.

A série segue um grupo de adolescentes abandonados na Ilha Nublar depois que ela foi evacuada após os eventos do primeiro filme Jurassic World, de 2015.

A última temporada da série foi lançada em 21 de julho, revela o romance entre duas protagonistas, Yaz e Sammy, personagens que ao longo da série forjam uma amizade.

No episódio 8, Yaz revela a Sammy o que sente por ela, ambas se beijam enquanto uma música romântica é tocada e seus companheiros celebram a união lésbica.

Críticas nas redes sociais

Dezenas de usuários do Twitter e Facebook criticaram o conteúdo da série animada, considerando-a imprópria para crianças.

“Acabei de terminar o Acampamento Jurássico com meus filhos! Eles tiveram que terminar a temporada com um relacionamento LGBT e um beijo lésbico! Eu não queria ter essa conversa com meus filhos”, escreveu no Twitter, uma mãe de família da Flórida, Estados Unidos.

“Por que isso está em toda parte nos programas infantis? Agora eu tenho que assistir tudo antes de deixá-los assistir a programas infantis”, concluiu a mulher.

Ray Velazquez, uma cristã do México, escreveu no Facebook que é “preocupante a falta de sensibilidade de apresentar tais narrativas adultas em um material apresentado em uma plataforma que tem como audiências as crianças. As mentes mais influenciáveis”.

“A ideologia de gênero busca contaminar as mentes mais vulneráveis. Supervisionar o que nossos filhos veem não é uma opção. Educá-los para distinguir os valores da casa e aqueles que não são é vital. Não é porque um aplicativo tenha uma opção ‘Infantil’ significa que seu conteúdo é adequado, recomendado ou saudável para nossos filhos”, alertou.

Anaythé Reyes, uma mãe da Guatemala, afirmou no Facebook que ficou surpresa com a reação de seu filho de 10 anos ao assistir o capítulo de Jurassic World: Acampamento Jurássico com o romance gay.

“Meu filho se virou para me ver e disse: ‘Que decepção, mãe, e agora por que eles têm que colocar esse problema em tudo se vai contra o que Deus criou?'”, contou.

“A partir desse episódio, começa a ‘doutrinação’ para que as crianças passem a aceitar e normalizar as questões de gênero; há cenas em que elas estão felizes e se chamam de ‘namoradas’, cenas de aprovação de amigos, familiares que demonstram felicidade por elas e que expressam o quão ‘legal’ é o relacionamento delas”, disse Reyes.

Segundo Reyes, é necessário “continuar defendendo como pais a educação dos nossos filhos, a família, as crianças, a vida; continuar nos treinando e informando; criar canais de comunicação abertos com nossas crianças para falar sobre os temas que são bombardeados, sem tabus, de modo a dar-lhes segurança ao pensar diferente no mundo de hoje, para que aprendam a defender seu ponto de vista”.

Netflix impróprio para crianças

Não é a primeira vez que a Netflix inclui conteúdo inadequado dentro da faixa etária infantil.

A série infantil Cuphead, que estreou em fevereiro deste ano na Netflix, tem 12 episódios de cerca de 15 minutos. A animação acompanha os irmãos Xicrinho e Caneco em uma viagem a um parque de diversões, quando eles, sem querer, vendem a alma para o diabo.

Em outubro de 2021, estreou na Netflix a série Um Conto Sombrio dos Grimm, “A Tale Dark & Grimm”, que conta a história de João e Maria de uma forma bem diferente. E em cada um dos dez episódios são incorporados novos personagens de outras aventuras escritas pelos Irmãos Grimm.

Com classificação indicativa de 10 anos, a série trata de assuntos muito sensíveis e expõe um enredo que envolve decapitação de crianças, canibalismo – com mãe comendo o filho -, ida ao inferno, feitiçaria e violência.

Em julho de 2021, a Netflix adicionou em seu catálogo um desenho animado com adoção de linguagem neutra e ideologia de gênero para crianças em idade pré-escolar. “Ridley Jones – a Guardiã do Museu” conta com um personagem não binário e uma família de múmias com dois pais. O personagem não binário é o búfalo Fred, que é referenciado pelos demais colegas por meio da linguagem neutra.

Ainda em julho de 2021, a Netflix lançou uma série infantil com um garoto de 9 anos que foi transformado pelos pais em menina interpretando uma personagem também transgênero. A produção é o remake de um conhecido programa de TV dos anos 90 nos EUA, “The Baby-Sitters Club” (“O Clube das Babás”).

A criança nasceu do sexo masculino com o nome de Joseph. Porém, com apenas 5 anos de idade, os pais do garoto nascido do Texas insistiram que seu filho era na verdade uma “garota trans” e deveria ter permissão para usar o banheiro das meninas. Atualmente, Joseph se identifica como uma garota e adotou o nome de Kai Shappley.

Netflix promove abuso sexual, sexo explícito e palavrões para menores

Um proeminente grupo de vigilância da mídia em defesa da família alegou, em setembro de 2021, que a popular série da Netflix “Big Mouth” “prepara crianças para abuso sexual” e está pedindo às autoridades que investiguem a série por potencialmente violar as leis de pornografia infantil.

Em um relatório, o Conselho de Televisão e Mídia de Pais (PTC, sigla em inglês) expressou preocupação com a série de TV animada para adultos que se concentra em alunos do ensino médio passando pela puberdade e retrata crianças de 12 e 13 anos em situações sexuais e se engajando no diálogo sexual.

O relatório contém capturas de tela gráficas e lista exemplos de “conteúdo sexualmente exploratório ou de exploração sexual envolvendo crianças” nos 10 episódios da quarta temporada do programa.

O PTC descobriu que em todas as 4,5 horas de programação que compunham a quarta temporada de “Big Mouth”, cada minuto de programação apresentava “quase 4 instâncias de sexo, violência e linguagem profana, indecente ou obscena.”

Em maio de 2020, um outro relatório do PTC – Parents Television Council (Conselho de Televisão dos Pais, em tradução livre) já mostrava que o serviço de streaming Netflix promove programas sexualmente explícitos e que têm palavrões severos para menores.

O relatório, “A TV aberta para adolescentes pode ser vulgar … mas coisas estranhas estão acontecendo na Netflix”, descobriu que metade dos 255 títulos designados pela Netflix como adequados para adolescentes tinham como classificação etária R ou TV-MA, significando “Audiência madura — não recomendado para menores de 17 anos” por conter violência, linguagem inapropriada e conteúdo sexual.

“Esta é uma notícia profundamente preocupante para as famílias, já que o uso da Netflix aumentou com o bloqueio do coronavírus”, disse Tim Winter, presidente do Conselho de Televisão dos Pais.

“Palavrões explícitos são quase onipresentes na programação para adolescentes da Netflix, revelando uma aparente desconexão entre o que a Netflix considera apropriado para os telespectadores adolescentes e o que os pais comuns podem considerar apropriados.”

Mais conteúdo inapropriado

Outros exemplos de programação da Netflix com conteúdo inapropriado para crianças e adolescentes incluem “Desire”, um filme que “retrata uma menina de 9 anos brincando de ‘cavalo’ se acomodando em um travesseiro e chegando ao orgasmo.” Outro exemplo é uma série da Netflix chamada “ Sex Education ”, que apresenta adolescentes“ envolvidos em cenas de sexo explícito com diálogos tão explícitos que se poderia esperar encontrá-los em filmes pornográficos”.

A Netflix já havia enfrentado críticas por distribuir “Cuties”, um filme estrangeiro sobre uma menina de 11 anos que se rebela contra sua família conservadora ingressando em um grupo de dança. O material promocional do filme apresentava meninas menores de idade vestindo roupas sexualmente provocantes, e o filme retratava as meninas engajadas na prática de dança sugestiva conhecida como “twerking”.

Em 2018, após diversas polêmicas, a Netflix decidiu cancelar a animação brasileira Super Drags. Um grupo de parlamentares chegou a apontar que o desenho era nocivo a crianças e adolescentes.

Os parlamentares também afirmam que “ao contrário do que diz a Netflix, os filhos podem sim assistir sem a autorização dos pais, sobretudo porque é possível um menor de idade criar uma conta na plataforma sem o prévio conhecimento dos responsáveis legais”.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), instituição sem fins lucrativos que defende os interesses dos médicos de crianças e adolescentes, de seus pacientes e famílias, chegou a emitir, uma nota oficial contra a série “Super Drags”.

A SBP diz, na nota, que “vê com preocupação o anúncio de estreia de um desenho animado cuja trama gira ao redor de jovens que se transformam em drag queens super-heroínas”.

Folha Gospel com informações de Guia-me, The Christian Post e ACI Digital

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