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Evangélicos fazem um dia de protesto com vigília e jejum no Acre

Os evangélicos fizeram ontem um dia de vigília e jejum no Acre para protestar contra um Projeto de Emenda Constitucional (PEC) que tramita no Congresso Nacional e que estipula a proibição do comércio e distribuição de toda e qualquer literatura que se coloque contra a prática homossexual no país.

A programação dos fiéis incluiu um seminário envolvendo todas as lideranças evangélicas do Estado. O evento foi realizado no período da tarde na Igreja Assembléia de Deus, na Avenida Antônio da Rocha Viana. À noite, a comunidade evangélica se reuniu em frente ao Palácio Rio Branco.

O pastor Jessé Santiago, que também é vereador de Rio Branco pelo PSB, explicou que a determinação, se aprovada, implicará diretamente na distribuição e comercialização da Bíblia Sagrada, o livro que mais condena a prática do homossexualismo. “Nós evangélicos temos a bíblia como o nosso manual e se houver essa aprovação seremos inibidos de usar o livro sagrado, o que consideramos como uma discriminação. Não somos contra o homossexual, mas sim contra a prática do homossexualismo” enfatizou.

Segundo ele, a igreja evangélica respeita os movimentos organizados e acha que esses têm que existir, tanto na defesa dos homossexuais como em outros setores. “Todos têm que lutar por seus ideais, mas também temos a nossa liberdade e queremos mantê-la”, acrescentou. Outro projeto que os evangélicos se colocam contra diz respeito à legalização do aborto no Brasil.

“Nesse caso, o ministro da Saúde, José Temporão, já deixou claro que é a favor de um plebiscito. O que nós queremos é conscientizar os evangélicos e fazer com que esses trabalhem em suas comunidades para quando o plebiscito vier as pessoas possam estar bem informadas e sabendo que tal ato fere os princípios de Deus’, acrescentou.

Jessé Santiago também lembrou da discussão sobre o uso da célula tronco pela ciência, enfatizando que a igreja se coloca a favor de que a ciência cresça e se desenvolva para resolver problemas de doenças, mas acredita que não será esse o destino final do processo.

A igreja também se coloca contra um tipo de discriminação que uma rede de TV está veiculando em nível nacional, e que, de acordo com ele, ofende os evangélicos. “Respeitamos as diferenças de cada segmento da sociedade e a gente vai dizer que não concorda com essa postura porque vai desenvolver perseguição no futuro”.

Fonte: Página 20

Ritual Sagrado reúne mais de 60 mil pessoas em Porto Velho

Uma verdadeira multidão lotou o espaço Flor-do-Maracujá, na ultima sexta-feira, em Porto Velho. O motivo: todos queriam participar da maior corrente de fé do estado de Rondônia, o Ritual Sagrado à Céu Aberto. Segundo o Corpo de Bombeiros mais de 60 mil pessoas estiveram presentes.

Uma noite maravilhosa que reuniu milhares de pessoas independente do seu crédulo religioso, unidas com um só objetivo: invocar o nome de Deus para a vitória e felicidade.

Muito mais que emoção, verdadeiros milagres aconteceram naquela sexta-feira. Pessoas que viram no Ritual a oportunidade de mudar de vida presenciaram naquela noite a verdadeira manifestação do poder de Deus.

O Bispo Eduardo Souza, responsável pelo trabalho evangelístico da IURD em Rondônia, juntamente com os pastores e obreiros, orou em favor das famílias ao pé da cruz, pedindo por paz, saúde, pela união dos casais, pela libertação dos viciados, pela prosperidade e pela proteção de todos os lares ali representados.

Este já é o 3° Ritual Sagrado que a IURD realiza. E o número de participantes é maior a cada evento. No primeiro realizado na Rua Joaquim Nabuco cerca de 10 mil compareceram, já na segunda edição mais de 30 mil e desta vez, mais de 60 mil pessoas, dado confirmado pelo corpo de bombeiros.

Os cantores Jamily e J. Neto abrilhantaram o evento levantando a multidão com seus grandes sucessos. Noite que ficará na memória de todos que ali estiveram.

Fonte: Rondônia ao vivo

Gay palestino obtém permissão para viver com amante em Israel

Israel concedeu a um palestino um raro visto de permanência depois que o homem, que é homossexual, disse que sua sexualidade punha sua vida em risco na Cisjordânia, informou nesta terça-feira uma autoridade do Ministério da Defesa.

O palestino, de 33 anos e morador da cidade de Jenin, recebeu uma permissão temporária para viver com um companheiro israelense em Tel-Aviv, depois de argumentar que enfrenta ameaças de palestinos que desaprovam o fato de ele ser gay, afirmou a fonte.

O Ministério do Interior israelense raramente emite vistos de permanência a palestinos que vivem na Cisjordânia ocupada e querem morar com seus companheiros em Israel, qualquer que seja sua sexualidade. A avaliação de tais pedidos pode levar anos.

“Neste caso o advogado do homem afirmou que sua vida corria perigo por causa de sua preferência sexual”, disse Peter Lerner, porta-voz da Coordenação das Atividades do Governo nos Territórios, cujo escritório está subordinado ao Ministério da Defesa.

Embora o homossexualismo seja de modo geral um tabu nas cidades conservadoras e majoritariamente muçulmanas da Cisjordânia, um grupo de defesa dos direitos humanos trabalhando com gays palestinos disse que há poucos relatos de violência física nos últimos anos.

No entanto, os palestinos são muito cautelosos em relação a colaboradores e, segundo Rauda Morcos, diretor do Aswat — grupo de apoio a lésbicas palestinas — a suspeita é direcionada a homens e mulheres homossexuais.

Morcos afirmou que os gays palestinos algumas vezes são alvo do serviço secreto israelense, que os pressionam a colaborar para não tornar pública sua homossexualidade.

Embora o homossexualismo seja mais amplamente aceito em Israel, alguns setores da sociedade, como os judeus ultra-ortodoxos, são opositores ferrenhos dos direitos dos gays e alguns judeus religiosos ameaçaram recorrer à violência no ano passado durante a Parada do Orgulho Gay, em Jerusalém.

Lerner disse que o homem, cujo nome ele não poderia revelar, ainda precisará de uma permissão do Ministério do Interior para ficar no país de modo permanente.

O jornal israelense Yedioth Ahronoth informou em seu site que o palestino pediu permissão para viver com seu amante israelense, um engenheiro de computação na faixa dos 40 anos. Eles estão juntos há oito anos, segundo o diário.

Fonte; Reuters

Homens se travestem em ritual para deusa na Índia

Centenas de homens travestidos de mulher participam de um ritual religioso único em Kerala, na Índia. O objetivo da curiosa cerimônia é realizar os desejos dos devotos.

Eles visitam o templo da deusa Kottankulangara em procissão, com velas acesas e vestindo roupas femininas que incluem saris e um tradicional robe local chamado settu mundu.

Carregar uma lanterna com cinco velas montadas sobre um pedaço de madeira também faz parte da tradição. Elas são usadas para acender as outras velas do templo.

A tradição de se vestir de mulher teria começado com um grupo de pastores que costumava imitar meninas tímidas e oferecer flores e cocos para a entidade. Um dos rapazes teria tido uma visão da deusa e, então, construído um templo aberto.

Fonte: BBC Brasil

Igreja e oposição contra adoção por casais homossexuais

A igreja católica e grande parte da oposição política uruguaia saíram ao ataque contra um projeto de lei governista que permite a casais homossexuais adotarem crianças.

Consultado no domingo durante a celebração da Páscoa, o arcebispo de Montevidéu, monsenhor Nicolás Cotugno, disse que “sob a perspectiva da razão e da fé católica” desaprova o projeto.

Desde o ano passado, a união civil entre homossexuais é permitida no Uruguai.

“A lei possibilidade que os adotantes não sejam necessariamente casados” e também “podem ser pessoas solteiras ou concubinatos estáveis, incluindo casais homossexuais”, explicou o diretor do Instituto da Criança, Víctor Giorgi.

Dirigentes da oposição, entre eles o líder blanco (Partido Nacional) Jorge Larrañaga, uniram-se aos católicos. Ele disse que, apesar de não ter conhecimento do projeto, “em princípio, temos uma aproximação negativa”.

O senador blanco Francisco Gallinal rechaçou a idéia porque, segundo ele, “não coincide com a definição de Família da Constituição, nem com os costumes”.

O deputado do Partido Colorado Washington Abdala concordou com o projeto: “Não se pode ter tantos preconceitos e nos casos de crianças abandonadas ou não adotadas é sempre melhor que cresçam com gente que lhes dê amor”, disse o jornal Ultimas Noticias.

A diretora da organização Mulher e Saúde, Lilián Abracinskas, expressou seu apoio à iniciativa, dizendo que “os direitos reprodutivos não têm nada a ver com a orientação sexual”.

“Muita gente considera que a família tradicional é a condição ideal para criar uma criança, mas os fatos demonstram o contrário”, já que a “família nuclear representa hoje apenas 30% das famílias”, disse.

O projeto foi apresentado em 2006 pela bancada governista e sua aprovação foi fixada como uma das prioridades para este ano. (ANSA).

Fonte: Ansa

The New York Times: Em Harvard, tradições de estudantes muçulmanos geram polêmica

Uma pequena controvérsia a respeito de como a Universidade Harvard pratica a tolerância foi desencadeada por duas questões relativas às crenças muçulmanas – se a chamada para as orações deve soar em Harvard Yard (área gramada da universidade de cerca de 100 mil metros quadrados) e se as mulheres devem contar com um horário exclusivo no ginásio de esportes.

De acordo com os alunos da universidade, debates acalorados irromperam em salas de discussão dos dormitórios, e diversos artigos de opinião no jornal dos estudantes, “The Harvard Crimson”, criticaram ambas as práticas.

“Creio que devido ao fato de Harvard ser um campus secular, há um temor por parte de alguns alunos de que crenças ou práticas religiosas possam ser impostas a pessoas que não querem ter nada a ver com essas tradições”, diz Jessa Birdsall, uma aluna do segundo ano que diz acreditar que a universidade poderia acomodar as crenças de todos os estudantes.

O debate teve início no início de fevereiro, quando a faculdade de cursos de graduação reservou um dos três maiores ginásios do seu campus principal, o Quadrangle Recreational Athletic Center, apenas para as mulheres nas segundas-feiras de 15h às 17h, e nas terças e quintas de 8h às 10h.

O porta-voz da faculdade, Robert Mitchell, não quis descrever como se chegou a tal decisão, mas vários alunos disseram que um pequeno grupo de estudantes muçulmanas de graduação que moram no dormitório Leverett House solicitaram a mudança.

Esse grupo de mulheres achou que as roupas de ginástica violavam a prescrição muçulmana de que os dois sexos devem usar vestimentas apropriadas em ambientes compartilhados. Assim, elas pediram que o dormitório reservasse os seus mini-ginásios para mulheres algumas horas por semana. O pedido acabou chegando ao Centro de Mulheres da Faculdade Harvard, e ficou decidido que o centro Quadrangle, que segundo Mitchell é a instalação atlética menos utilizada da faculdade, ficaria restrito às mulheres apenas em certos horários. Ele disse que a mudança é uma experiência que será avaliada em junho.

A segundo controvérsia ocorreu quando a adhan, a chamada para as orações, soou mais uma vez em Harvard Yard ao meio-dia, das escadas da Biblioteca Widener, durante vários dias no final de fevereiro. A chamada fez parte da Semana de Consciência Islâmica, patrocinada pelo clube de alunos muçulmanos, a Sociedade Islâmica de Harvard.

Em 13 de março, um artigo de editorial escrito por três alunos de pós-graduação denunciou a prática, que vem ocorrendo há vários anos. Eles escreveram que, embora o pluralismo seja positivo, a adhan apóia a intolerância muçulmana em relação a outras fés, ao afirmar que o profeta Maomé é o mensageiro de Deus. Chamando a prática de proselitismo, o artigo afirmou: “Ao que parece, a adhan é a exceção à regra não verbalizada de Harvard de tolerância e respeito religioso”.

Os argumentos em relação a ambas as questões reduziram-se a uma discussão para determinar se Harvard está sendo admiravelmente tolerante, ou se a universidade está atrapalhando as vidas da maioria a fim de agradar a uma minoria barulhenta.

Rauda Tellawy, aluna do último ano de universidade que cobre o cabelo com um véu, diz que durante as discussões acaloradas sobre os horários do ginásio que se desenrolaram na sala de debates do seu dormitório observou-se que até mesmo alguns homens sentiam-se intimidados pela presença de mulheres no ginásio, caso estas, digamos, não estivessem levantando tantos pesos quanto os atletas masculinos. Tellawi diz que habitualmente sai do ginásio caso haja homens por perto quando ela faz flexões abdominais.

“Mesmo que a gente use roupas largas, eles verão coisa que não deveriam ver”, argumenta Tellawi. “O islamismo não encoraja a mulher a deitar-se em frente a um homem”.

Tellawi não considerou discriminatório o fato de terem sido reservados horários especiais para as mulheres no ginásio. Em vez disso, ela vê a medida como uma solução saudável. Ela observa que os alunos que seguem as regras dietéticas kosher (prática baseada no preparo dos alimentos de acordo com os preceitos judaicos) contam com uma área separada no seu refeitório, e diz que algumas mulheres não muçulmanas também apóiam os horários separados no ginásio.

O novo sistema tem sido criticado por não atrair um número suficiente de mulheres para justificar os horários exclusivos, e vários alunos dizem que talvez apenas 15 pessoas utilizem o centro durante os horários de pico à noite, apesar do fato de contarem com os próprios armários, quadras de squash e basquete, salões de musculação e máquinas de exercício aeróbico.

Nicholas J. Wells, um aluno do primeiro ano que costumava malhar de manhã, diz achar que a mudança foi “injusta para os homens e inconveniente para as mulheres”. Embora seja a favor de que se apóiem as mulheres muçulmanas, ele diz que é necessário que haja uma maneira mais prática de fazer isso, de forma que os moradores do Quad não percam o acesso ao seu principal ginásio.

Lucy M. Caldwell, aluna do primeiro ano, concorda com esse argumento. Ela critica os horários exclusivos para mulheres, afirmando que essa foi uma solução demasiadamente drástica para atender à demanda de uma minoria religiosa, e repele a idéia de que muitas mulheres muçulmanas apóiam a medida.

Quando os novos horários do ginásio foram divulgados, a Universidade Harvard foi atacada na blogosfera como sendo um bastião do liberalismo que descontrolou-se.

Quanto à chamada às orações, os estudantes muçulmanos dizem que a adhan é um fundamento básico do seu credo e que ela não tem nada a ver com a negação de outras fés. O debate concentrou-se mais em determinar se os muçulmanos estariam tendo um direito negado por pessoas de outras religiões.

Um aluno escreveu na seção de cartas do website do “The Crimson”, dizendo que Harvard Yard não é uma sala de aula de religião comparativa, enquanto um outro argumentou que se alunos podem ir até lá pelados e urinar na estátua de John Harvard, sem dúvida há tolerância para com outras culturas.

Muitos alunos mostraram-se indiferentes em relação às duas questões, afirmando estar preocupados com as provas de metade do período.

Taha Abdul-Basser, o capelão muçulmano de Harvard, disse que os dois episódios são um indicador do número crescente de muçulmanos nos Estados Unidos.

“Existem pessoas que simplesmente não se sentem confortáveis com o fato de os muçulmanos, devido às mudanças do quadro demográfico, estarem se tornando cada vez mais visíveis”, disse ele.

Fonte: The New York Times

Cientista prova a existência de Deus e ganha prêmio

Através de leis da física e da filosofia, pesquisador polonês Michael Keller mostra que Deus existe e ganha um dos mais cobiçados prêmios. Ele montou a sua metodologia a partir do chamado “Deus dos cientistas”: o big bang, a grande explosão de um átomo primordial que teria originado tudo aquilo que compõe o universo.

Como um seminarista adolescente que se sente culpado quando sua mente se divide, por exemplo, entre o chamamento para o prazer da carne e a vocação para o prazer do espírito, o polonês Michael Keller se amargurava quando tentava responder à questão da origem do universo através de um ou de outro ramo de seu conhecimento – ou seja, sentia culpa.

Ocorre, porém, que Keller não é um menino, mas sim um dos mais conceituados cientistas no campo da cosmologia e, igualmente, um dos mais renomados teólogos de seu país. Entre o pragmatismo científico e a devoção pela religião, ele decidiu fixar esses seus dois olhares sobre a questão da origem de todas as coisas: pôs a ciência a serviço de Deus e Deus a serviço da ciência. Desse no que desse, ele fez isso.

O resultado intelectual é que ele se tornou o pioneiro na formulação de uma nova teoria que começa a ganhar corpo em toda a Europa: a “Teologia da Ciência”. O resultado material é que na semana passada Keller recebeu um dos maiores prêmios em dinheiro já dados em Nova York pela Fundação Templeton, instituição que reúne pesquisadores de todo o mundo: US$ 1,6 milhão.

O que é a “Teologia da Ciência”? Em poucas palavras, ela se define assim: a ciência encontrou Deus. E a isso Keller chegou, fazendo- se aqui uma comparação com a medicina, valendo-se do que se chama diagnóstico por exclusão: quando uma doença não preenche os requisitos para as mais diversas enfermidades já conhecidas, não é por isso que ela deixa de ser uma doença. De volta agora à questão da formação do universo, há perguntas que a ciência não responde, mas o universo está aqui e nós, nele. Nesse “buraco negro” entra Deus.

Segundo Keller, apesar dos nítidos avanços no campo da pesquisa sobre a existência humana, continua-se sem saber o principal: quem seria o responsável pela criação do cosmo? Com repercussão no mundo inteiro, o seu estudo e sua coragem em dizer que Deus rege a ciência naquilo que a ciência ainda tateia abrem novos campos de pesquisa. “Por que as leis na natureza são dessa forma? Keller incentivou esse tipo de discussão”, disse a ISTOÉ Eduardo Rodrigues da Cruz, físico e professor de teologia da PUC de São Paulo.

Keller montou a sua metodologia a partir do chamado “Deus dos cientistas”: o big bang, a grande explosão de um átomo primordial que teria originado tudo aquilo que compõe o universo. “Em todo processo físico há uma seqüência de estados. Um estado precedente é uma causa para outro estado que é seu efeito. E há sempre uma lei física que descreva esse processo”, diz ele. E, em seguida, fustiga de novo o pensamento: “Mas o que existia antes desse átomo primordial?”

Essas questões, sem respostas pela física, encontram um ponto final na religião – ou seja, encontram Deus. Valendo-se também das ferramentas da física quântica (que estuda, entre outros pontos, a formação de cadeias de átomos) e inspirando-se em questões levantadas no século XVII pelo filósofo Gottfried Wilhelm Leibniz, o cosmólogo Keller mergulha na metáfora desse pensador: imagine, por exemplo, um livro de geometria perpetuamente reproduzido.

Embora a ciência possa explicar que uma cópia do livro se originou de outra, ela não chega à existência completa, à razão de existir daquele livro ou à razão de ele ter sido escrito. Keller “apazigua” o filósofo: “A ciência nos dá o conhecimento do mundo e a religião nos dá o significado”. Com o prêmio que recebeu, ele anunciou a criação de um instituto de pesquisas. E já escolheu o nome: Centro Copérnico, em homenagem ao filósofo polonês que, sem abrir mão da religião, provou que o Sol é o centro do sistema solar.

A caminho do céu

Michael Keller usou algumas ferramentas fundamentais para ganhar o tão cobiçado prêmio científico da Fundação Templeton. Tendo como base principal a Teoria da Relatividade, de Albert Einstein, ele mergulhou nos mistérios das condições cósmicas, como a ausência de gravidade que interfere nas leis da física. Como explicar a massa negra que envolve o universo e faz nossos astronautas flutuarem? Como explicar a formação de algo que está além da compreensão do homem? Jogando com essas questões, que abrem lacunas na ciência, Keller afirma a possibilidade de encontrarmos Deus nos conceitos da física quântica, onde se estuda a relação dos átomos. Dependendo do pólo de atração, um determinado átomo pode atrair outro e, assim, Deus e ciência também se atraem. “E, se a ciência tem a capacidade de atrair algo, esse algo inexoravelmente existe”, diz Keller.

Fonte: Revista Isto É

Arcebispo inibe participação de padres na política

O arcebispo da Arquidiocese de Cascavel, dom Mauro Aparecido dos Santos, emitiu decreto proibindo a filiação partidária e a participação de padres em equipes de governo, sob pena de suspensão de salário, moradia, carro , telefone, plano de saúde e contribuição previdenciária. O decreto entra em vigor no dia 1° de abril.

Dom Mauro assumiu a arquidiocese de Cascavel, cidade do oeste paranaense a 498 quilômetros de Curitiba, no dia 25 de janeiro. O decreto do arcebispo também veda o uso das dependências da mitra para reuniões políticas e religiosas aos padres que forem candidatos.

O padre ou presbítero que for suspenso em função do decreto e que porventura queira retornar ao pleno uso das ordens sacerdotais terá que encaminhar pedido por escrito ao arcebispo, participar de um “Retiro Inaciano”, de 30 dias, fazer o curso por correspondência da Escola “Mater Ecclesiae”, no Rio de Janeiro, passando por três disciplinas.

Mas não será admitido ao sacerdócio quem estiver respondendo processo judicial ou for condenado a cumprir pena e “estiver endividado financeiramente”. Dom Mauro considera importante, porém, a presença de leigos católicos na vida política e pretende inclusive incentivá-los à participação.

A Arquidiocese de Cascavel abrange 17 municípios, com 30 paróquias. Na atual composição política, padres foram eleitos, no país, para Câmaras Municipais, Assembléias Legislativas e Câmara dos Deputados.

Fonte: ALC

Ajuda financeira ‘não chega ao Afeganistão’, diz ONG

Uma investigação realizada pela organização de ajuda humanitária Oxfam, com sede em Londres, revelou que US$ 10 bilhões (cerca de R$ 17,3 bilhões) do total de US$ 25 bilhões (R$ 43,2 bilhões) prometidos para o Afeganistão ainda não foram entregues.

O relatório – que foi feito em nome de 94 agências humanitárias presentes no Afeganistão e avaliou a maneira como a ajuda internacional é gasta no país – revelou ainda que dois terços do volume doado não passam pelo governo afegão, e 40% voltam aos países doadores sob a forma de taxas e pagamentos de funcionários.

Segundo a Oxfam, as possibilidades de paz no Afeganistão estão sendo prejudicadas pelo fato de o que foi doado não ter sido efetivamente usado.

Além da disparidade entre o que foi prometido e o que realmente foi entregue, a maneira como o dinheiro é usado também é alvo de críticas no relatório.

Os Estados Unidos são os maiores doadores. No entanto, um funcionário da agência de assistência americana USAid confirmou à reportagem da BBC que desde 2001 a agência gastou apenas dois terços do montante prometido, uma redução de US$ 8,5 bilhões.

Segundo o funcionário, a dificuldade em executar projetos seria motivada pela falta de segurança no Afeganistão.

Esse mesmo funcionário disse que apenas 6% do orçamento total passava pelo governo do Afeganistão, “para garantir aos contribuintes americanos que o uso do dinheiro poderia ser verificado”, o que revela falta de confiança no sistema de governo afegão.

De acordo com a Oxfam, muito dinheiro está sendo gasto em projetos de curto prazo, de maneira a ganhar a simpatia do povo afegão, como parte da estratégia militar de contra-insurgência.

O relatório revelou que, enquanto o Exército americano gasta US$ 100 milhões por dia, o montante de ajuda humanitária, somados todos os doadores, é de US$ 7 milhões por dia desde 2001.

As conclusões do relatório reforçam um sentimento de decepção verificado entre o povo afegão, que tinha grandes expectativas quando o Talebã foi retirado do poder, mas que agora observa a falta de progresso, apesar dos bilhões de dólares prometidos para ajudar o país.

Fonte: BBC Brasil

Escolas russas irão ministrar aulas de religião

A partir de setembro de 2009, todas as escolas da Rússia irão incluir na grade curricular aulas de religião. Não apenas a cristã ortodoxa, mas também a islâmica, a budista e a judaica, que formam as principais religiões do país.

O Ministério da Educação Pública da Rússia decidiu instituir essa medida para atender à exigência do Patriarcado Ortodoxo russo de introduzir aulas de religião nas escolas.

Segundo o jornal Trud, a nova disciplina será chamada de “Cultura espiritual-moral” e será ministrada duas vezes por semana; as aulas serão voltadas ao ensino das principais religiões do país.

“Ninguém obrigará os alunos a estudar orações ou ritos, a matéria será tratada do ponto de vista histórico e antropológico”, esclareceu um funcionário do governo.

Expoentes das quatro fés se comprometeram a ajudar na criação do programa disciplinar e dos livros didáticos.

Fonte: Ansa

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