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Decisão judicial pode deixar cristãos vulneráveis à discriminação

O mais alto tribunal administrativo do Egito legislou em favor de 12 cristãos que tinham se convertido ao islamismo que queriam retornar ao cristianismo. A decisão, porém, deixou o grupo vulnerável à discriminação, uma vez que exige que os cristãos declarem sua antiga fé em seus documentos.

Em sua decisão no sábado dia 9 de fevereiro, o juiz El-Sayeed Noufal, determinou que o Ministério Egípcio para Assuntos Nacionais expedisse os documentos dos cristãos declarando o status de ex-muçulmanos.

“Todo cidadão deveria ter um documento confirmando seu status religioso, mencionar a religião de uma pessoa é muito importante para expressar no que aquela pessoa acredita”, disse o juiz em sua sentença.

Os ativistas de direitos humanos anunciaram a decisão como sendo um progresso para a liberdade religiosa no Egito, onde apesar de não ser ilegal se converter a outra religião (que não a islâmica), na prática, acaba sendo proibido.

Apesar disso, os cristãos continuam cautelosos e dizem que declarar a antiga religião nos documentos pode deixar as pessoas vulneráveis à discriminação.

“É óbvio que ter um ‘ex-muçulmano’ em sua identidade é um estigma”, disse um representante da Iniciativa Egípcia pelos Direitos Pessoais (EIPR, em inglês) ao Compass.

Sharia e o caso Mohammed Hegazy

Na semana anterior à decisão, um tribunal administrativo sentenciou contra um muçulmano convertido ao cristianismo que queria ter a anotação em sua identidade alterada.

A sentença de 29 de janeiro indeferiu o pedido de Mohammed Hegazy sob o argumento de que era contra a sharia, a lei islâmica, se converter para qualquer outra religião (leia mais).

Todas as escolas muçulmanas do Egito concordam que a sharia, reproduzida no artigo 2 da Constituição egípcia, proíbe claramente que alguém se converta a outra religião, deixando o islã, informou o representante da EIPR ao Compass.

Mas o porta-voz da EIPR, cuja organização entrou no caso ao lado dos convertidos, disse que a sentença de sábado não foi sobre apostasia.

“Simplesmente, o Estado reconheceu o fato de essas pessoas já terem se convertido novamente ao cristianismo e de a igreja já os ter recebido de volta”, disse o porta-voz.

“Então, por um lado, não era o caso de uma pessoa que queria deixar o islã e ir para o cristianismo. Era simplesmente reconhecer algo que já tinha acontecido”, explicou.

Status religioso nos documentos

Em sua decisão, no sábado, o juiz El-Sayeed argumentou que era importante que os documentos oficiais informassem a antiga religião de uma pessoa, disse um advogado presente na audiência.

O juiz disse que a nova carteira de identidade dos convertidos deveria declarar que eles são ‘ex-muçulmanos’ para proteger a ordem pública, informou o advogado especializado em direitos humanos, Athanasius William.

“A anotação na carteira impediria que o ex-muçulmano, por exemplo, de tentar se casar com uma mulher muçulmana”, comentou o juiz.

O direito de família egípcio, governado pela sharia, proíbe um homem cristão de se casar com uma mulher muçulmana.

Pena de morte

Várias interpretações oficiais da sharia no Egito determinam pena de morte para aqueles que deixam o islã.

“Isso abre portas para a discriminação contra os cidadãos por parte de oficiais extremistas ou servidores civis quando virem que eles deixaram o islã”, disse Gamal Eid, chefe da Rede Árabe pelos direitos humanos à agência de notícias Reuters.

O ativista disse que a organização espera que o ministério egípcio não exponha os convertidos a maiores discriminações declarando sua antiga fé em suas carteiras de identidade.

O padre Markus Aziz, ativista pelos direitos dos coptas, pediu para que o governo não declarasse as antigas religiões nas carteiras de identidade, argumentando que o documento não tem o propósito de prestar contas do passado de uma pessoa, relatou ao organização Coptas Unidos.

Direito de família

A questão da conversão no Egito é delicada, em parte porque a religião, que é declarada na carteira de identidade, governa o direito de família.

Vários convertidos que agora retornam a sua religião original se tornaram muçulmanos para poderem se divorciar (o que não é permitido pela Igreja Ortodoxa), ou para se casar com uma mulher muçulmana.

Entre os anos de 2004 e 2007, 32 muçulmanos ganharam na justiça o direito de voltarem ao cristianismo. Mas em abril de 2007, um tribunal comum negou a 12 ex-cristãos o direito de retornarem a sua antiga fé, situação que fez com que se questionasse se o avanço dos três anos seria prejudicado.

Centenas de casos similares de muçulmanos convertidos que desejam voltar para o cristianismo estão pendentes nos tribunais comuns, disseram advogados cristãos ao Compass.

Estima-se que os cristãos egípcios, conhecidos como coptas, representem 10% da população do país. A maioria dos coptas pertence à Igreja Ortodoxa, apesar de católicos e protestantes serem um número expressivo.

Fonte: Portas Abertas

Igreja elabora primeiro documento sobre liberdade religiosa na Coréia do Norte

A Comissão para a Reconciliação do Povo Coreano, da Conferência Episcopal da Coréia, no seu encontro anual anunciou a publicação do “Relatório Anual 2007 sobre a Liberdade Religiosa na Coréia do Norte”.

O relatório foi elaborado pela própria Comissão, em cooperação com o Centro de coleta de dados para os Direitos humanos na Coréia do Norte. Trata-se do primeiro documento do gênero e contém informações sobre questões religiosas relativas ao país, dados e estatísticas sobre as religiões, uma panorâmica histórica, a situação da liberdade religiosa e também alguns episódios de abusos e violações.

O relatório inclui os resultados de uma pesquisa de opinião feita com 755 norte-coreanos que fugiram e se refugiaram na Coréia do Sul. Dos entrevistados, 85,7% afirmam que, de fato, não existe liberdade religiosa na Coréia do Norte. Destes, 98,7% afirmam que nunca obtiveram permissão do regime para permanecer numa igreja ou num templo.

Segundo os dados fornecidos pelo Centro, as perseguições religiosas também aumentaram no país depois dos anos 90, e as autoridades não hesitam em prender quem realiza atividades religiosas não autorizadas.

O relatório recorda que já no período 1945-1960, por causa de uma campanha do regime para erradicar as religiões, as atividades religiosas e de culto desapareceram quase completamente da Coréia do Norte. Mas, nos anos mais recentes, observa-se entre a população um despertar do latente desejo de religiosidade.

Até hoje, o governo nega uma real liberdade religiosa e não permite a obra missionária ou a educação religiosa apesar de, oficialmente, permitir aos cidadãos professar um determinado culto.

Na conclusão, o relatório propõe um plano para a promoção da liberdade religiosa no país, que prevê uma obra de monitoração mais atenta, o estudo e a possibilidade de promover intercâmbios e contatos para ajudar a liberdade religiosa, intensificando as atividades oficiais e semi-oficiais. Propõe-se também instituir uma federação inter-religiosa.

Fonte; Rádio Vaticano

Publicidade do governo na Record cresce 150% sob Lula

Propriedade do bispo Edir Macedo, ligado a bancada de parlamentares fiéis ao governo, a Record foi a emissora que registrou maior aumento na obtenção de propaganda de estatais e ministérios. Os dados são da Secom (Secretaria de Comunicação Social).

Os investimentos publicitários do governo federal na Record cresceram 150,3% de 2003, primeiro ano do governo Lula, a 2007.

Em segundo lugar, aparece a Band, com aumento de 128,6%, bem à frente da Globo, que cresceu 58,7% sob Lula, Rede TV! (41%) e SBT (37,1%).

Sob o argumento de que se tratam de dados estratégicos, o governo não divulga quanto investiu em cada rede. Informa apenas que gastou R$ 965,032 milhões em publicidade em 2007, dos quais R$ 576,4 milhões (60%) foram para TV.

O governo nega critérios políticos na distribuição de verbas. Diz que se baseia apenas em aspectos técnicos, basicamente o perfil do público da emissora (a cobertura de todas as classes é valorizada), a variedade e qualidade de sua programação (telejornais e eventos esportivos são mais atraentes) e o custo relativo do espaço.

Segundo José Otaviano Pereira, secretário de comunicação integrada da Secom, os investimentos na Record acompanharam o crescimento de audiência da emissora. Descontando-se a inflação, as verbas na Record cresceram 81%, enquanto sua audiência nacional subiu 88%, diz ele.

Já o crescimento das verbas da Band (65% sem a inflação), TV que praticamente não oscilou no Ibope, se justifica porque a rede ofereceria o menor custo por telespectador. “A Band tem preços relativos bem melhores. Isso pesa na negociação de pacotes, como o patrocínio do Pan”, diz Pereira.

De acordo com Pereira, as verbas da Globo, descontada a inflação, cresceram 14,6% de 2003 a 2007, enquanto a rede caiu 10% no Ibope nacional. Também por esse critério, os investimentos no SBT decresceram 0,9%, menos do que sua derrocada de audiência (-23%).

Procuradas, Band e Record não comentaram o assunto.

Fonte: Folha de São Paulo

Apoio de televangelista a McCain cria atrito com católicos nos EUA

O favorito republicano à Casa Branca, John McCain, ganhou popularidade entre os evangélicos nos EUA após receber o apoio do televangelista John Hagee, mas corre o risco de perder o apoio entre os católicos devido às críticas de Hagee a este público.

Os eleitores evangélicos foram fundamentais para as vitórias do atual presidente, George W. Bush, em 2000 e 2004, mas os católicos também o apoiaram nas duas eleições, preterindo seus principais rivais na disputa pela Presidência– John Kerry em 2004 e Al Gore em 2000.

O televangelista, líder de uma igreja baseada em San Antonio (Texas), já se referiu à Igreja Católica como “falso sistema de culto” e “igreja dos apóstatas”. Ele também já fez paralelo entre Adolf Hitler e a Igreja Católica, sugerindo que o Vaticano apoiou o anti-semitismo.

Grupos católicos pressionam McCain a rejeitar o apoio de Hagee, anunciada durante uma coletiva de imprensa com Hagee na semana passada. “Nas últimas décadas ele declarou uma guerra sem fim contra a Igreja Católica”, disse o presidente da Liga Católica Bill Donohue.

“Se você ofende mesmo uma pequenas parcela, pode fazer diferença em uma eleição. O senador [democrata Barack Obama] rejeitou o apoio de Louis Farrakhan [líder negro muçulmano que despertou polêmica nos EUA por suas opiniões extremistas e anti-semitas]

“McCain deveria seguir seu exemplo e rechaçar o apoio de Hagee”, acrescentou Donahue.

A resposta de McCain ao anúncio foi considerada insuficiente. Após dois dias de críticas, ele divulgou um comunicado dizendo que “não concorda com tudo” que Hagee diz.

“De nenhuma forma eu concordo com os pontos de vista do pastor Hagee, é claro que não”, disse McCain.

Antes de divulgar o comunicado, ele disse aos repórteres que está “orgulhoso” da liderança espiritual de Hagee em sua congregação.

Fonte: Folha Online

Família itupevense quer tirar filha da Opus Dei

Uma família de Itupeva trava há muito tempo uma batalha para tentar tirar a filha Taís, de 24 anos, da comunidade católica Opus Dei, em Santana do Parnaíba.

A jovem foi levada pela mãe Josefa, aos 17 anos, para trabalhar como empregada doméstica naquela cidade. Dois anos depois, a moça se tornou integrante do grupo e a família não aceita a decisão, alegando que se trata de ‘uma seita onde as pessoas sofrem lavagem cerebral’. Josefa fez até um site na Internet, no Orkut, denunciando a retirada da filha de seus braços.

A mãe também editou um livro sobre a Opus Dei, tomando como base o filme “O Código da Vinci”, que serviu para mostrar ao mundo o que era mantido em segredo. “Lá, eles obrigam você a participar do auto-flagelo, alegando que a dor aproxima todo mundo de Deus, o que é mentira”.

Sobre o filme, ela admite que existe um certo exagero, mas que a filha entrou na Opus com 45 quilos e hoje está muito magra, “porque vem sofrendo”, abatida pela carga horária e exaustão pelo auto-flagelo.

Segundo Josefa, ela levou a filha para a instituição ligada à Igreja Católica porque tinha a visão de que tudo era certinho, porque falaram que o “Papa aprovava tudo o que acontecia lá”. Porém, posteriormente percebeu que a filha sofria uma manipulação. “Fiquei feliz no começo e falava que ela ia crescer na fé. Depois, junto com o meu marido (Francisco Araújo), percebemos que estávamos errados”.

Filha é explorada

Em entrevista ao repórter Alex Mendes, da TV Tem, Josefa chegou a afirmar que a filha era explorada pela seita; virou uma “escrava” e, foi informada de que se ela não continuasse com eles, “Deus mandaria a família para o Inferno”.

Na mesma reportagem, levada ontem ao ar, Taís disse que ama os seus pais. “Rezo por eles; espero que entendam a minha opção”.

A família chegou a procurar o bispo Dom Gil Antônio Moreira, para pedir a sua intervenção. Dom Gil enviou uma carta informando que não daria declarações sobre o caso, para ‘não criar polêmica’. A diretora da Opus Dei, Vera Lúcia Perri, também em entrevista para a emissora, explicou que os membros da instituição aprendem vários cursos, como secretariado, telefonista, computação e hotelaria, como foi o caso de Taís.

Foi vontade de Deus

Taís afirmou que foi a “vontade de Deus” que a levou à Opus Dei. O repórter Alex Mendes disse que não teve autorização para conhecer o Sítio Aroeira, onde os membros ficam. Desde o ano passado vinha tentando ingressar para mostrar o que acontece lá dentro. “O máximo que consegui foi chegar à recepção”.
A Opus Dei estaria hoje com 200 membros. Ela foi criada em 1928 e, em 1950 chegou ao Brasil, na cidade de Marília.

Segundo Josefa, nos primeiros dois anos em que a filha trabalhou como empregada doméstica para a instituição, contribuiu em casa com o seu salário, ajudando no sustento de todos. Após esse período é que a cabeça foi modificando e Francisco percebeu que a filha dizia ‘coisas estranhas’, como a pregação de que todos têm de aceitar humilhações para ficar mais próximos de Deus. Josefa disse que a filha se tornou “uma escrava”.

Após a apresentação da reportagem na TV, onde Taís declarou que não voltará para casa e se mudará para Porto Alegre, Josefa disse que ‘não vai mais atrás da filha’. Disse que vai deixar agora tudo para Deus, para que ‘ele decida qual é o melhor caminho para Taís’.

Católica sempre

Josefa e Francisco dizem que, apesar desse problema com a “seita”, não vão deixar de freqüentar a Igreja Católica, ‘porque ela é boa’.

Quanto ao bispo Dom Gil, Josefa disse, na sexta-feira, por telefone, que “é uma pessoa boa, um coitado, apesar de não saber de nada do que acontece lá dentro da Opus Dei”.
A partir de agora, os pais dizem que vão deixar as mensagens que espalharam para todo o Brasil, como o site no Orkut “Opus Dei – Libertem a Taís” e o livro de Josefa, para que outros os pais não caiam na mesma armadilha.

“Eu vi a declaração da minha filha pela TV e me convenci de que fizeram uma lavagem cerebral nela. Ela nasceu com a mente boa, mas agora foi modificada de forma transgênica (sic)”, conta a mãe, que vai “confiar em Deus em alguma mudança. O que eu sofri foi como um estupro”.

Espaço de debates

Na comunidade criada por Francisco Araújo e Josefa, “Opus Dei – Libertem a Taís !!!”, no Orkut, várias mensagens de apoio à família foram postadas. Mas há, também, de defensores da Opus Dei, explicando que ‘são ignorantes os que acreditam nos depoimentos dos pais’, porque a Igreja Católica só quer “difundir a vida cristã no mundo, no trabalho e na família.” No sábado, a comunidade no Orkut não permitia acesso aos depoimentos postados e nem às fotos dos participantes.

Fonte: Jornal de Itupeva

Igreja no Paraguai acusa governo por difusão de epidemias

Os bispos do Paraguai lançam um apelo para que o país enfrente a epidemia de dengue e de febre amarela que se alastra em todo território nacional.

Os bispos denunciam que a difusão das epidemias e da febre amarela deve-se ao estado de abandono em que se encontra a saúde pública no país, o que colocou em evidência “a falta de prevenção e o modo improvisado como trabalham instituições públicas, assim como uma inadequada informação aos cidadãos, provocando situações terríveis”.

Os prelados recordam que “a saúde pública é essencialmente responsabilidade do Estado”, e que este tem a obrigação “de agir de maneira oportuna e eficaz”.

Outras instituições e pessoas, no entanto, também têm a sua parte de responsabilidade na prevenção dessas doenças, observam os bispos: “Em grande parte depende da nossa colaboração”. Com efeito, a febre amarela e a dengue poderiam estar sob controle com a ativa participação da população para erradicar as causas que as provocam: “Por isso, é necessária uma mudança cultural que implique um empenho, por parte de todos os cidadãos, a trabalhar para o bem comum, realizando concretamente as tarefas que lhes cabem. Com nosso comportamento, podemos prevenir as doenças e salvar vidas humanas. Esta é uma exigência da caridade cristã. Não fazê-lo é um grave pecado de omissão”.

Fonte: Rádio Vaticano

Papa segue com pesar seqüestro do arcebispo em Mossul e exige libertação

O Papa Bento XVI segue “com profunda tristeza o dramático fato do seqüestro de Boulos Faray Rahho, arcebispo de Mossul (Iraque)”, segundo declarou neste domingo após a oração do Ángelus.

“Uno-me ao chamado do Patriarca, o cardeal Emmanuel III e de seus colaboradores, para que o querido eclesiástico, que além disso está em precárias condições de saúde, seja liberado rapidamente”, disse aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro.

O Pontífice afirmou que elevava “sua oração pelas almas dos três jovens assassinados durante o seqüestro”, na sexta-feira passada.

Joseph Ratzinger expressou sua “proximidade a toda a Igreja do Iraque e em particular à Igreja caldéia, mais uma vez golpeada duramente”, ao mesmo tempo encorajou “os sacerdotes e fiéis a serem fortes e manterem a esperança”.

O Papa também afirmou que “se multiplicam os esforços daqueles que comandam o destino do querido povo iraquiano para que, graças ao empenho e a sabedoria de todos, atinjam a paz e a segurança e não lhes seja negado o futuro que lhes é de direito.

Fonte: EFE

Deusa viva nepalesa se ‘aposenta’ aos 11 anos

Uma menina reverenciada no Nepal como uma deusa viva decidiu se ”aposentar” mais cedo e deixar sua condição religiosa.

Sajani Shakya, de 11 anos, é uma das três mais reverenciadas deusas vivas, ou Kumaris.

No ano passado ela já havia sido alvo do noticiário internacional quando teve seu título ameaçado por conta de uma viagem aos Estados Unidos.

Sajani Shakya era a Kumari da cidade de Bhaktapur desde que tinha dois anos.

Tradição única

Por séculos, as três maiores cidades do vale de Katmandu e algumas cidades menores mantêm uma tradição única pela qual uma menina é escolhida na infância para ser uma Kumari.

Para se tornar uma deusa viva, ela precisa passar por testes rituais e precisa ter 32 atributos físicos de beleza.

Ela passa então a viver em uma casa especial e a ser reverenciada tanto por budistas quanto por hindus, inclusive pelo rei do Nepal, até que chegue sua primeira menstruação – o que a tornaria humana.

Em julho do ano passado, alguns altos sacerdotes nepaleses, contrariados com uma viagem que Sajani fez aos Estados Unidos para promover um filme sobre Kumaris, chegaram a retirar seu título, mas ele foi logo dado de volta.

Casamento simbólico

O pai de Sajani disse à BBC que a sua decisão de deixar a condição de deusa viva não teve nenhuma relação com a polêmica do ano passado.

Ela tomou a decisão porque sua família queria que ela passasse por outro ritual religioso, um casamento simbólico, pelo qual a maioria das meninas de seu grupo étnico passam na infância.

A partir da manhã desta segunda-feira, uma elaborada busca começará pelas ruas e praças da cidade de Bhaktapur para encontrar uma nova deusa viva.

Durante sua visita aos Estados Unidos, no ano passado, Sajani lamentou que não seria tão bem tratada quando deixasse de ser uma deusa viva.

Fonte: BBC Brasil

Líder iraniano pede a muçulmanos que “batam na cara” de Israel

O mais alto clérigo do Irã pediu que os muçulmanos e seus líderes se ergam e “batam na cara de Israel com a fúria de suas nações” por causa da ofensiva do Estado judeu na Faixa de Gaza, que já matou mais de cem palestinos.

O supremo líder aiatolá Ali Khamenei também responsabilizou o outro arquiinimigo do Irã, os Estados Unidos, pelos “crimes militares” em Gaza e disse que “as mãos do governo norte-americano estão manchadas do sangue dos inocentes da nação palestina.”

A oposição a Israel é um dos fundamentos da crença xiita do Irã, que apóia grupos militantes islâmicos palestinos e libaneses, contrários a acordos de paz com Israel.

“É com o apoio daquele governo opressor (dos EUA) que os sionistas (Israel) estão cometendo pecados com impunidade”, disse Khamenei em declaração lida na televisão estatal.

“O povo islâmico deve se erguer e os líderes islâmicos devem bater na cara do regime de ocupação (de Israel) com a fúria de suas nações,” dizia a declaração.

A nota foi divulgada depois que o presidente palestino, Mahmoud Abbas, suspendeu as negociações de paz com Israel, exigindo o fim da ofensiva.

Israel disse que estava agindo em legítima defesa na Faixa de Gaza — que é controlada pelo Hamas — para deter os ataques com foguetes por militantes. Israel também ameaçou intensificar sua campanha aérea e terrestre, apesar das alegações de que estaria usando força excessiva.

Uma criança palestina de 21 meses, dois civis e três militantes foram mortos nos combates mais recentes na Faixa de Gaza, aumentando o número de mortos de palestinos em cinco dias para mais de cem, segundo registros médicos.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, acusou Israel de usar “força excessiva.” Ele exigiu que os ataques aéreos, que mataram 61 pessoas no sábado, fossem interrompidos. Foi o dia mais sangrento para os palestinos desde os anos 1980.

O Irã não reconhece Israel e o presidente Mahmoud Ahmadinejad, que sempre previu o fim iminente do Estado judeu, chamou Israel de “um animal selvagem,” em comentários condenados no Ocidente.

Os Estados Unidos e o Irã não têm relações diplomáticas desde depois da revolução do Irã, e agora estão em uma ácida disputa quanto ao programa nuclear de Teerã. Os Estados Unidos acreditam que o programa tem fins bélicos, e o Irã nega.

Khamenei, líder spiritual e herdeiro do aiatolá Ruhollah Khomeini, que liderou a revolução de 1979, disse: “A nação dos EUA sabe que seus líderes estão sacrificando a honra humana aos pés dos sionistas desta maneira?”

A nota concluía: “O resultado final deste confronto será a vitória da justiça sobre a falsidade.”

Fonte: Reuters

Obama se diz cansado dos rumores de que seria muçulmano

O senador por Illinois Barack Obama disse neste domingo estar cansado de ser perguntado sobre sua religião e com os rumores de que seria muçulmano, durante campanha em Nelsonvile (Ohio).

Durante o discurso, Obama afirmou que é um “cristão devoto” que reza para Jesus Cristo todas as noites.

Ele disse ainda à audiência que sente-se “em sua própria casa” quando vai à igreja em Chicago.

Para Obama, os rumores –que incluem sugestões de que seria muçulmano– estão sendo espalhados propositalmente por seus oponentes.

O pré-candidato teve de se explicar recentemente sobre tais rumores, espalhados na internet, de que ele seria muçulmano e teria assistido a aula em uma madrassa na Indonésia quando criança.

Uma reportagem publicada neste sábado pelo jornal “New York Times” aponta que Obama tenta também obter o apoio entre os eleitores judeus. Segundo o “Times”, ganhar a confiança dos judeus é mais difícil para Obama devido às frágeis relações entre esse eleitorado e os negros –que em sua maioria o apóiam.

Os judeus representam 1,7% da população adulta nos EUA, mas são importantes para o Partido Democrata, já que garantem grande parte dos fundos de campanha do partido.

Na tentativa de conquistar o público judeu, Obama falou no último domingo (24) a líderes judeus em Cleveland e respondeu a questões sobre sua posição em relação a Israel

“Ninguém pode provar as acusações de que eu sou contrário aos interesses da segurança israelense, ou de qualquer forma quero diminuir a relação especial que [os EUA] têm com esse país”, disse Obama à imprensa na quinta-feira (28) no Texas.

Fonte: Folha Online

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