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Presidente da França e Papa discutem situação internacional em Roma

O Papa Bento XVI recebeu nesta quinta-feira, no Vaticano, o presidente francês Nicolas Sarkozy, com quem conversou por 25 minutos sobre questões internacionais.

Sarkozy deve ainda jantar, no fim da tarde, com os primeiros-ministros Romano Prodi — Itália — e José Luis Zapatero — Espanha –.

“Particular atenção foi dedicada à situação internacional, ao futuro da Europa, aos conflitos no Oriente Médio, aos problemas sociais e políticos de alguns países africanos e o drama dos reféns”, segundo uma nota oficial do Vaticano.

O presidente francês acompanha com muita atenção o caso da franco-colombiana Ingrid Betancourt, seqüestrada há mais de cinco anos pela guerrilha das Farc. Durante o encontro foi examinado também o papel das religiões no mundo, em particular a religião católica, segundo a Santa Sé.

Presidente de uma república laica, Nicolas Sarkozy já declarou inúmeras vezes ser católico, e qualifica como “determinante” o cristianismo na identidade nacional francesa.

Sarkozy deve se encontrar no final da tarde com o colega Giorgio Napolitano antes de jantar com os chefes do governo italiano Romano Prodi e espanhol José Luis Rodriguez Zapatero, para discutir a ementa do projeto de União mediterrânea.

Os três líderes, acompanhados por seus conselheiros diplomáticos, irão abordar esse projeto, considerado muito importante pelo presidente francês. Entretanto, os mandatários italiano e espanhol são mais reticentes, pois pretendem evitar a criação de uma nova estrutura que possa se sobrepor às já existente nos países mediterrâneos, de acordo com uma fonte diplomática italiana.

Fonte: AFP

Igreja que se diz evangélica realiza casamento gay

A revista Época traz na sua edição de número 501, uma matéria sobre a nova Igreja Contemporânea que abriga ex-pastores e fiéis expulsos de outras denominações por serem homossexuais.

Confira matéria abaixo, na íntegra:

Eduardo subiu primeiro ao altar. Paullo o alcançou depois de um atraso programado, buquê de flores nas mãos. Cantava “Uma Vez Mais”, tema da abertura da novela Alma Gêmea, da TV Globo. “Quando eu te vi, o sonho aconteceu”, entoou, lágrimas nos o-lhos.

Eduardo Silva, de 27 anos, é ex-pastor da Igreja Universal do Reino de Deus. Paullo Oliveira, de 31, é filho de um famoso pastor da Assembléia de Deus. Casaram-se há duas semanas pelas bênçãos da Igreja Contemporânea, uma denominação e-vangélica pentecostal criada há um ano no Rio de Janeiro para abrigar um rebanho sem lugar na maioria das denominações religiosas: os gays.

Quem celebrou a união foi o pastor Marcos Gladstone, fundador da Igreja Contemporânea. Ele também se prepara para casar-se em breve com um ministro do templo. Alguns convidados suspiram. “É inspirador. Espero que chegue logo a minha hora”, diz Leandro Machado, ex-obreiro da Universal que planeja o casamento com o namorado, Vanderson, ex-testemunha-de-jeová. A hora do beijo, a mais esperada, foi comemorada como um gol da Seleção Brasileira – quase uma surpresa, como se nunca fosse acontecer.

“Melhor ser dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque, se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante. Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só, como se aquentará?” Essa passagem do Eclesiastes, na Bíblia, é usada pelo pastor Gladstone como “prova de que não existem diferenças de gênero perante Deus quando duas pessoas se amam”. Foi lida por ele pouco antes da troca de alianças entre Eduardo e Paullo nos dedos de unhas esmaltadas de branco.

No Brasil, os gays evangélicos que desejam um casamento religioso podem escolher entre pelo menos três igrejas: a Igreja Contemporânea, a Igreja da Comunidade Metropolitana (ICM), denominação americana que tem filiais em sete Estados brasileiros, e a Comunidade Cristã Nova Esperança, de São Paulo. O fundador da Contemporânea, Marcos Gladstone, chegou a abrir uma filial da ICM, mas percebeu que no mercado religioso brasileiro havia espaço para uma igreja que acolhesse os gays, mas que não fosse militante. “A ICM é quase um movimento polí-tico em defesa da causa gay. Mas no Brasil os fiéis não gostam de misturar religião e militância”, diz Gladstone. “A Contemporânea não é uma igreja gay, mas que aceita gays. Os homossexuais estavam em busca de um lugar para professar a sua fé.”

Desde que mudou o nome – e as regras – de sua igreja, o número de adeptos saltou de 20 para cem. “Percebi que as pessoas queriam mais rigidez”, diz o fundador. Ele criou, então, regras severas como principal trunfo na disputa pela religiosidade do público homossexual: é proibido consumir álcool e cigarros e não é permitido fazer sexo fora do namoro ou casamento. O dízimo de 10% da renda familiar é obrigatório.

Na ICM, a principal “concorrente”, o fiel segue suas próprias regras morais. “Eu jamais direi o que o fiel deve ou não fazer. Os valores de cada um é que vão dirigir suas atitudes. Se fosse importante para Jesus definir regras de conduta sexual, ele teria dito isso”, diz o pastor Gelson Piber, do templo da ICM em Niterói, no Estado do Rio de Janeiro. O templo existe há dois anos, conta com 40 fiéis e tem 12 casa-mentos gays no currículo. “Acho que os gays querem se casar mais que os héteros.”

Em algumas pentecostais, a homossexualidade é uma manifestação do demônio. Na Igreja Contemporânea também há sessões de exorcismo, mas os belzebus supostamente arrancados dos fiéis não são responsabilizados pela opção sexual do fiel. Eduardo, um dos noivos, comandava um templo da Igreja Universal em Barra Mansa, no Rio. “Fiquei lá até um fiel me procurar confessando que era gay e precisava ser curado”, afirma. “Disse que era impossível, porque eu também sentia as mesmas coisas que ele.” Depois do episódio, ele abandonou o templo. Ao voltar para o Rio, foi expulso. Hoje, trabalha como garçom.

Paullo é professor universitário de Português. Sofreu muito com o preconceito do pai, que foi um dos mais conhecidos pastores da Assembléia de Deus de Madureira, no Rio. “Quando contei aos meus pais, disseram que era coisa do diabo querendo tomar conta da minha vida”, diz Paullo. “Cheguei a ficar noivo de uma mulher por um ano para manter as aparências.”

No Brasil, Eduardo e Paullo só serão casados em sua fé. A lei brasileira ainda não permite o casamento no Civil. O Projeto de Lei no 1.151, de 1995, da então deputada federal Marta Suplicy, contempla o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas está há mais de dez anos tramitando no Congresso sem previsão de votação. Desde 2001, casais brasileiros têm conquistado na Justiça o reconhecimento da relação como “união estável” – figura jurídica que garante direitos como pensão e bens adquiridos em conjunto. No mundo, países como Dinamarca, Holanda e Canadá já aprovaram a união civil entre gays. Na América Latina, capitais como Buenos Aires e Cidade do México criaram leis que permitem a união civil de homossexuais.

Na terça-feira 18, os gays marcaram um ponto histórico no Cone Sul. O Uruguai tornou-se o primeiro país da América Latina a reconhecer legalmente a união civil de pessoas do mesmo sexo. Aprovada pelo Senado por unanimidade, a lei precisa agora ser sancionada pelo presidente Tabaré Vázquez.

Eduardo e Paullo planejam tentar o reconhecimento civil mais tarde. Eles se conheceram no Orkut, há um ano, e procuraram a Igreja Contemporânea pela vontade de se casar. O pastor afirma só ter aceitado realizar a cerimônia depois de “ter certeza da convicção dos dois”. Os pais dos noivos não viveram o suficiente para testemunhar o casamento. As mães preferiram não dar o ar da graça para não criar polêmica em suas próprias igrejas. Perderam a cena dos filhos chorando tanto ao pronunciar os votos de amor eterno que Eduardo foi obrigado a tirar as lentes azuis compradas para a ocasião. Casou-se de olhos castanhos.

Fonte: Revista Época – Edição 501

Bispo encerra greve de fome, mas diz que luta continua

O bispo dom Luiz Flávio Cappio encerrou na noite de quinta-feira a greve de fome que já durava 23 dias, mas prometeu continuar a luta contra a transposição do rio São Francisco.

O bispo de Barra (BA) chegou a ser internado na véspera em um hospital de Petrolina (PE) após passar mal.

Na tarde de quinta, porém, ele recebeu autorização médica para deixar o hospital e foi até Sobradinho, na Bahia, para participar de uma missa, onde foi anunciado o fim do jejum.

Um comunicado escrito por Dom Cappio foi lido na missa por seu assessor, Adriano Martins, por volta das 20h50 do horário de Brasília (19h50 locais).

“Ele escreveu que ouviu o apelo dos familiares e amigos do movimento, considerou os pedidos desses companheiros de luta que querem vê-lo vivo e lutando, e por eles decidiu interromper o jejum, mas não a luta”, disse Martins à Reuters por telefone.

Segundo Martins, o bispo ainda não está em condições de alta e voltará ao hospital em Petrolina após a missa. “Ele ainda está em jejum e só voltará a comer no hospital, sob orientação médica”, disse.

“Estamos muito aliviados, indignados com o governo mas muito aliviados”, acrescentou Martins.

Segundo ele, cerca de 2.000 pessoas estavam na missa realizada ao ar livre, em frente à igreja, e muitas pessoas vibraram com o fim do jejum.

Desejo de dom Pedro

Questionado sobre o caso nesta quinta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que os protestos do bispo e de seus apoiadores não vão alterar o projeto de transposição das águas do rio.

“Não tem como o governo ceder. A obra vai continuar e espero que o povo brasileiro compreenda que o que fizemos foi levar água para milhões de brasileiros que desde 1846 dom Pedro (2o) queria levar”, disse Lula a jornalistas.

Alegando que sua administração está fazendo a maior política de revitalização do rio São Francisco de toda a história, Lula afirmou que o projeto vai levar água a cerca de 12 milhões de pessoas, que são vítimas da indústria da seca, em que caminhões-pipa são usados de maneira política.

Para os opositores do projeto, a transposição das águas irá beneficiar Estados sem déficit hídrico e passará longe da maioria da população rural. Eles também alegam que o governo está conduzindo o projeto de forma autoritária e favorecendo empreiteiras com verbas públicas.

O Ministério da Integração Nacional publicou no Diário Oficial da União desta quinta o resultado da concorrência para execução das obras do Lote 1 do projeto de integração do São Francisco com bacias do nordeste setentrional.

Segundo o site do ministério, o vencedor foi o consórcio Águas do São Francisco, formado pelas empresas Carioca, S.A. Paulista e Serveng. O valor global do lote é de 238,8 milhões de reais.

O início da execução das obras só será estipulado após assinatura do contrato entre o ministério e o consórcio.

Dom Cappio, que estava em greve de fome desde o dia 27 de novembro, foi internado na UTI do hospital na quarta-feira, mas após uma noite tomando soro foi transferido para um quarto nesta manhã.

Segundo sua irmã, Rita Cappio, ele havia ficado muito abalado com as medidas do Supremo Tribunal Federal, na quarta-feira, que asseguraram a continuidade das obras.

Em 2005, o bispo fez jejum de onze dias pelo mesmo motivo.

Fonte: Reuters

Atentado em mesquita mata ao menos 30 no Paquistão

Ao menos 30 pessoas morreram em um ataque suicida nesta sexta-feira em uma mesquita no noroeste do Paquistão, segundo a polícia local.

A mesquita onde ocorreu o ataque fica próxima à casa do ex-ministro do Interior Aftab Khan Sherpao, na cidade de Peshawar.

No momento da explosão, cerca de mil pessoas estavam na mesquita, celebrando o feriado muçulmano de Eid.

Dezenas de pessoas ficaram feridas e foram atendidas em um hospital próximo.

Onda de ataques

Sherpao não foi atingido pelo ataque, mas um de seus filhos ficou ferido.

Este foi o segundo ataque em oito meses supostamente visando Sherpao, que é um aliado próximo do presidente Pervez Musharraf.

O ex-ministro concorre a uma cadeira no Parlamento nas eleições gerais do mês que vem.

A correspondente da BBC em Islamabad Barbara Plett diz que tem havido uma onda de ataques suicidas no país nos últimos seis meses, em sua maioria no noroeste do país e visando membros do governo ou do Exército.

Mais de 600 pessoas já foram mortas nesses ataques, incluindo 200 soldados.

Grupos de militantes pró-Talebã são acusados pelos atentados, que teriam o objetivo de retaliar contra operações militares contra eles em áreas perto da fronteira com o Afeganistão.

Fonte: BBC Brasil

Padre americano que corria nu diz que é inocente

Um padre americano que foi surpreendido correndo nu de madrugada em Denver, no Estado do Colorado, alegou nesta quinta-feira que é inocente das acusações de exposição indecente e pediu para ser julgado por um júri.

Robert Whipkey foi detido em 22 de junho em um subúrbio de Denver depois de ter sido surpreendido por um policial correndo na rua nu às 4h35. No momento da detenção, Whipkey disse às autoridades que gosta de correr sem roupas porque, quando está vestido, sua exageradamente.

O padre não fez declarações em uma audiência na terça-feira, de acordo com informações do “Daily Times-Call”. Nem ele nem seus advogados fizeram comentários. O julgamento de Whipkey está marcado para o dia 25 de março de 2008.

Fonte: AP

Bispo morre em acidente de carro em MT

O bispo do município de Guiratinga (MT), Sebastião Assis de Figueiredo, de 58 anos, morreu em um grave acidente na manhã desta quinta-feira (20), por volta das 11h30, na BR-364.

De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o acidente envolveu dois veículos que colidiram de frente, próximo à cidade de Jaciara (MT).

O condutor do outro veículo estava acompanhado por uma mulher e uma garota. O Corpo de Bombeiros realizou o atendimento das vítimas no local. Elas foram encaminhadas para o Hospital Municipal de Jaciara. As três sofreram escoriações por todo o corpo, mas passam bem. O bispo morreu no local.

O corpo do bispo será velado na Igreja Matriz São João Batista, no Centro da cidade. O enterro está marcado para sexta-feira (21).

Fonte: G1

Igreja cristã é fortalecida com festival de adoração no Egito

Existem cerca de sete milhões de cristãos egípcios que chegam a 10% da população. A maioria pertence à igreja copta ortodoxa. Muitos reclamam há muito tempo que a lei egípcia promove a discriminação contra os cristãos em questões de status pessoais e em reparos e construções de igrejas.

Alguns ainda dizem enfrentar discriminação em seus trabalhos ou em suas profissões.

Um repórter do governo norte-americano disse em setembro que viu um declínio acentuado da liberdade religiosa no Egito e que mesmo que a Constituição egípcia proponha a liberdade de crença, o governo na prática restringiu esses direitos.

“Nós temos menos liberdade do que antes”, disse o pastor Sameh Maurice Tawfik, de 54 anos. “Se você quer saber o porquê, você tem de perguntar à polícia”.

Festival Evangélico

Como membros de uma minoria religiosa no mundo árabe muçulmano, vários grupos árabes cristãos estão se voltando para os estilos evangélicos de adoração, geralmente trazidos da América, para energizar as comunidades que eles dizem ser ameaçadas pela emigração.

Em um fim de semana de novembro, mais de 10 mil cristãos árabes, a maioria do Egito, ocuparam centenas de ônibus e foram para um acampamento no deserto, fora do Cairo, para três dias de adoração.

Sob o sol quente, os participantes ajudaram uns aos outros a escalarem as subidas, desempenharam uma dança de rap cristã, compartilharam testemunhos religiosos e assistiram a um show de bicicletas BMX.

“Nós viemos até aqui e demos esperança ao que se pode chamar de um mundo de trevas para os cristãos”, disse Catherine Swaffar, 24 anos, do Texas, que ajudou adolescentes cristãos egípcios a subirem uma parede de rocha de 10 metros de altura localizada no deserto de areia.

Voluntários

Ela era uma dentre o time de voluntários que vieram de todo o mundo, muitos da Associação Evangélica Luis Palau de Portland, Oregon, que viajaram ao Cairo para ajudar no mesmo evento promovido nos Estados Unidos.

“Nós nunca vimos nada semelhante a isso aqui no Egito”, disse Karim Tadros, 22 anos, depois de assistir a um time visitante de skatistas americanos com suas histórias de conversões.

“Eu gosto do ambiente daqui e de como as pessoas se tratam. Isso tudo fala sobre o que Deus é”, disse Karim.

Os voluntários andavam pelas multidões, oferecendo falar sobre sua fé, enquanto músicas de Van Halen e do Chemical Brothers tocavam pelos alto falantes.

Estratégia para avivar a Igreja egípcia

Organizadores disseram que esse foi um meio para alcançar os egípcios que possam estar decepcionados ou desiludidos com os estilos de adoração mais tradicionais da igreja copta que é dominante no país.

“Nós queremos alcançar pessoas que nunca foram a uma igreja, e que se você as convidasse para ir a uma igreja elas não se interessariam”, disse o organizador Ramez Sami Barnaba.

“Aqui elas irão participar de atividades, se divertirão e ouvirão a palavra de Deus ao mesmo tempo”.

A emigração dos cristãos está desafiando as igrejas a aplicarem novas maneiras para atrair os membros. LZ7, uma banda cristã de rap de Manchester, na Grã-Bretanha, que trabalha com a Associação Palau, teve uma multidão de centenas balançando suas mãos e dançando músicas como “A cruz que eu carrego”.

“O Espírito Santo está realmente se movendo ali”, disse Nabil Shalaby, 24 anos, depois de sair da tenda da apresentação.

Fonte: Portas Abertas

Chega às lojas o sétimo CD do pastor e cantor Kleber Lucas

Muita dedicação, trabalho e busca para permanecer no centro da vontade de Deus. Assim está a vida do cantor Kleber Lucas, que, este mês, lança o CD Comunhão, o sétimo pela MK Music.

O novo álbum, fruto de muita oração, pesquisa, profissionalismo e experiências sobrenaturais com Deus, do relacionamento direto com a congregação e do convívio com a igreja no Brasil e no exterior. Comunhão foi produzido em três meses no estúdio. O repertório foi calmamante selecionado. Kleber compôs durante quase dois anos.

Nesse período, além da parte espiritual, o cantor se dedicou às aulas de piano, lecionadas pelo renomado Rafael Vernet, que também assina a produção musical do CD. Este ano, o cantor também teve aulas de canto com a professora Paula Santoro, que o acompanhou durante todo o período da colocação de voz. “Não parei todas as minhas atividades, mas dei um espaço para estudar música e técnica vocal. Agradeço ao Vernet e a Paula, que me ajudaram muito, com toda competência”, diz.

A parceria entre Kleber Lucas e o músico gaúcho Rafael Vernet deu certo. Os dois trabalharam juntos pela primeira vez e o resultado, segundo o cantor, não poderia ter sido melhor. “Encontrei nele um companheiro. A gente se identificou muito porque sou exigente como ele. Faço as coisas com intensidade e ele também. Rafael é extremamente zeloso, dedicado e competente. Esse profissionalismo me deu segurança e tranqüilidade na produção do álbum, pois sabia que ele faria como eu, ou melhor. Pude dedicar até mais tempo às composições”, explica.

Na verdade a satisfação é mútua. Rafael Vernet, que é conhecido nacional e internacionalmente, aprovou a parceria com o cantor. “Esse é o meu primeiro trabalho gospel. Foi um desafio produzir esse CD, e gostei da experiência. Cuidei de toda a parte musical e aproveitei o máximo do que o Kleber me apresentou. Procurei arranjos fiéis à idéia inicial dele”, explica Vernet. Ainda com relação à produção, Vernet acompanhou Kleber desde a escolha do repertório até o árduo trabalho de meses dentro do estúdio. Tanto esforço, segundo o cantor, valeu a pena.

Kleber também destacou o bom relacionamento com sua gravadora, a MK Music. “Tenho liberdade e autonomia. Sei que Deus me colocou ali para ser uma bênção, assim como a MK tem sido bênção na minha vida”. Segundo o adorador, a gravadora nunca inibiu seu ministério, mas sempre o apoiou. Esse sétimo trabalho é mais um fruto dessa aliança, que já dura quase uma década.

Comunhão marca um novo ciclo na vida do cantor. O último trabalho de Kleber – o CD e o DVD Propósito –, gravado ao vivo, marcou seu ministério, destacando as músicas que fizeram história na vida de muitas pessoas, como “Purifica-me”, “Deus Forte”, “Deus Cuida de Mim” e tantas outras. Já Comunhão, em estúdio, anuncia outra fase ministerial. Apesar dos projetos serem diferentes, a meta continua a mesma, que é alcançar vidas com a mensagem do Evangelho.

Como diz o título, o CD também reflete a comunhão de Kleber com Deus e sua igreja. Por ter o hábito de acordar muito cedo, o cantor tem seu momento devocional antes do amanhecer, e isso faz toda diferença no seu dia-a-dia. Kleber também faz questão de enfatizar seu chamado pastoral. Para quem não sabe ele é membro e pastor da Sara Nossa Terra da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, sendo um dos auxiliares dos bispos Francisco e Ana Almeida nos cultos de quarta-feira.

Kleber também faz parte do ministério de louvor, prega e intercede. “Na minha igreja, sou mais pastor do que cantor. Isso me alegra. Conto com o apoio dos meus bispos, que oram por mim e entendem minha ausência devido ao meu chamado profético”. Chamado que tem levado Kleber a viajar pelo Brasil e exterior levando a Palavra.

O CD Comunhão já está nas lojas de todo o país. E a expectativa é grande: “As pessoas vão gostar. Só peço que ninguém compre CD pirata porque atrai maldição para as famílias. O álbum está lindo e vai ser abençoador. Creio nisso”, finaliza.

Fonte: Elnet

Cineasta diz que Papa é frio e usa roupas antiquadas

Para o cineasta e diretor de óperas Franco Zeffirelli, que não tem cargo oficial no Vaticano mas serve como assessor áulico, uma espécie de conselheiro do pontífice em sua relação com o mundo da imagem, os trajes papais são pomposos e suntuosos demais.

“A imagem do Papa não é afortunada. Ser o sucessor de um pontífice de ótima atuação na mídia, como João Paulo 2°, é uma tarefa difícil, mas desde o jubileu de seu antecessor parecia claro que o cardeal Ratzinger seria eleito. No entanto, como Bento 16, ele tem uma comunicação fria, pouco adaptada ao que acontece em torno dele. Trata-se de um problema que já discuti com líderes que desempenham funções importantes no Vaticano. Até mesmo o seu guarda-roupa é antiquado: a elegância exagerada das vestes eclesiásticas é coisa do passado. Ele precisa adotar o ascetismo e a sobriedade que outros níveis da Igreja têm exibido. Os trajes papais são pomposos e suntuosos demais”, disse o cineasta e diretor de óperas Franco Zeffirelli.

Em entrevista ao diário La Stampa, Zeffirelli afirma que “o Santo Padre me honra com sua estima e sabe que hoje a comunicação cinematográfica da Igreja é uma ruína. Ratzinger restaurou a ordem da doutrina e da liturgia; não tolerará a anarquia deplorável na representação do sagrado”.

Imagem, uma palavra polissêmica, também pode se aplicar à projeção pública do Papa, e sobre isso Zeffirelli afirma, quanto a Bento 16, que ¿ele é um Papa que não sorri muito, mas é um intelectual. Tem uma rígida estrutura bávara¿. Perguntado sobre sua participação na montagem do presépio que o Vaticano montou na Praça de São Pedro, segundo o qual Jesus nasceu não em Belém, mas na casa de seu pai, José, em Nazaré, Zeffirelli respondeu que “não sou assim tão importante, mas é certo que este ano a idéia é destacar os fundamentos do Natal, removendo a fantasia e a lenda. Não temos cenários, mas pura substância teológica. Com Ratzinger, as coisas funcionam assim. Tenho contato contínuo com os mais estreitos colaboradores do Papa, como o cardeal Camillo Ruini ou o bispo auxiliar de Roma, Rino Fisichella, meus grandes e fiéis amigos. Tratamos dessa questão freqüentemente. Mas não estamos em fase de planejamento das intervenções necessárias, e sim debatendo propostas. De certo, no momento, temos a criação de uma diretoria vaticana para a defesa da fé e da imagem do sagrado no cinema. A Santa Sé pretende se ocupar disso com muito mais atenção”.

“Estou à disposição do Papa. Devo receber total autoridade (que o Papa não me negaria) para fulminar as constantes blasfêmias que são proferidas com a intenção de popularizar a mensagem cristã”, diz Zeffirelli.

“Ouço repetidamente no Vaticano que os filmes atuais sobre santos são um horror que a Santa Sé não sabe como deter. Caso eu receba oficialmente a tarefa de fiscalizá-los, me dedicarei a ela em tempo integral. Conheço Ratzinger pessoalmente; ele é muito consciente da importância da questão de formação do sagrado”.

Zeffirelli, católico fervoroso e defensor da missa em latim, ainda que não figure do Anuário Vaticano – o guia que menciona todas as autoridades com responsabilidade na Santa Sé – , ajudou o Vaticano dirigindo diversas transmissões televisivas.

Os filmes de temática religiosa que realizou no passado o ajudaram a estabelecer seu relacionamento com diversos Papas, como por exemplo Paulo 6°, que depois de assistir seu Jesus de Nazaré perguntou ao cineasta como a Igreja poderia ajudá-lo. A resposta de Zeffirelli foi afirmar que gostaria que seu trabalho chegasse à Rússia, ao que o pontífice aconselhou que ele tivesse fé.

Em 2000, ele recebeu uma benção de João Paulo 2° no interior da basílica de São Pedro, e o Papa o felicitou pessoalmente por “Jesus de Nazaré” e “Irmão Sol, Irmã Lua”.

Sobre a cultura cinematográfica de Bento 16, ele afirma que “o pontífice conhece a importância da imagem, pelo menos tanto quanto o cardeal Montini (Paulo 6°)”.

Neutralidade para santificar

O Papa Bento 16 recebeu na segunda-feira os postulantes em processos de beatificação e canonização em curso no Vaticano, e os instruiu a recolher “as provas favoráveis mas também as provas em contrário”, solicitando que se coloquem “exclusivamente a serviço da verdade”. Bento 16 acrescentou que esse trabalho deve ser “irrepreensível, inspirado pela retidão e encaminhado com honradez absoluta”.

Cinema e ópera

Gianfranco Corsi (nascido em Florença em 1923 e conhecido no mundo da arte pelo pseudônimo Franco Zeffirelli), graças ao seu trabalho como diretor de cinema e de ópera, se tornou um italiano conhecido mundialmente. Sua mais nova produção, uma versão da Tosca, de Giacomo Puccini estreará em 14 de janeiro em Roma. Trata-se do primeiro italiano a ser sagrado cavaleiro do império britânico pela rainha Elizabeth 2ª.

Por mais que isso pareça contraditório, Zeffirelli é um homossexual homófobo. Concorda com a igreja católica em sua oposição radical ao casamento gay e, com isso, também rejeita a possibilidade de adoção por casais homossexuais. Solteiro, adotou muitos anos atrás dois meninos que hoje já passaram dos 40 anos. Afirma em sua autobiografia que “sou homossexual mas não gay, palavra que odeio e considero como ofensiva e obscena”.

Sobre seu relacionamento com o cineasta Luchino Visconti, afirma que foi “um amor atormentado, dilacerado, mas nunca extinto”. Também fala de seu amor por Maria Callas, a única mulher que desejou. Zeffirelli também conta que sua mãe, casada, engravidou de outro homem. Em meio ao escândalo, o marido dela morreu. Quando o menino nasceu, ela o registrou com um sobrenome tomado de empréstimo a “Idomeneo”, uma ópera de Mozart, mas o funcionário do cartório grafou o sobrenome como “Zeffirelli” e não Zeffiretti. Mais tarde, o garoto seria reconhecido por seu pai biológico – Ottorino Corsi – , mas preferiu fazer carreira com o nome de batismo.

Fonte: La Vanguardia

Entre 83 países, Brasil é o terceiro com maior número de mortes violentas

A violência continua sendo o maior fator de risco para os jovens brasileiros. De cada 100 mil jovens, 49,6 são assassinados a cada ano. Outros 22 morrem por acidentes de trânsito.

A violência leva Estados como o do Rio, com renda alta e boa escolaridade, a se tornar um dos piores lugares do País para um jovem viver.

Entre 83 países que apresentam dados comparáveis, o Brasil só perde em violência para Colômbia e Venezuela. Mesmo assim, o número de assassinatos no País vem caindo. Chegaram a ser 55 por 100 mil em 2003.

Essa queda, no entanto, está sendo compensada para o lado ruim pelo crescimento nos acidentes de trânsito. “Há dez anos, logo depois do lançamento do Código Brasileiro de Trânsito, houve queda, mas voltou a subir”, explicou o pesquisador Julio Jacobo Waiselfisz. “Tivemos pela primeira vez queda na violência por anos consecutivos, mas estamos perdendo esses avanços pelas mortes em acidentes.”

De acordo com Waiselfisz, a morte violenta é uma característica específica da juventude, especialmente no Brasil. Entre os jovens, 72% morrem por causas externas e apenas 27% pelas chamadas causas naturais (doenças). Na população em geral, as mortes violentas são menos de 10%.

As mortes por doenças se concentram nas regiões mais pobres. Acre, Pará e Piauí têm os piores índices nesse quesito. Dados do Ministério da Saúde usados pelo Índice de Desenvolvimento Juvenil (IDJ) mostram que 92% das doenças que matam os jovens são evitáveis por prevenção.

Fonte: Estadão

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