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Religiosos se unem pela Amazônia

Os líderes máximos das Igrejas cristãs de todo o mundo uniram suas vozes ontem em defesa da proteção da Amazônia afirmando que ela é obra da criação divina e sua preservação precisa incorporar aos esforços de desenvolvimento sustentável a dimensão espiritual.

“Quebrar o círculo vicioso da degradação ambiental é uma escolha que nos cabe”, afirmou o Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, depois de denunciar a “economia do desperdício, que viola profundamente a natureza”. Ele falou na abertura de uma conferência internacional intitulada Amazônia – Fonte de Vida, a bordo do navio Iberostar, em Manaus.

O evento reunirá nos próximos seis dias mais de 150 líderes religiosos, cientistas, formuladores de políticas públicas e ecologistas de todo o mundo, além de líderes indígenas e de comunidades locais numa flotilha de dez embarcações que navegará a vários pontos dos rios Negro e Amazonas. Trata-se do sexto simpósio de uma série sobre religião, ciência e meio ambiente iniciado nos anos 90 pelo chefe da Igreja ortodoxa grega e papa dos cerca de 250 milhões de cristãos do Oriente.

O papa Bento XVI abençoou a iniciativa com uma mensagem especial, na qual disse esperar que o evento “chame mais uma vez a atenção das populações e dos governos para os problemas, as necessidades e as emergências de uma região cuja estabilidade ecológica está tão ameaçada”. O papa escalou dois cardeais para participar do simpósio – d. Gerardo Majella Agnelo, arcebispo de Salvador e presidente da CNBB, e d. Roger Etchegaray, presidente emérito da Comissão de Justiça e Paz da Santa Sé.

Fé e ciência

A ministra do Meio Ambiente Marina Silva deu o endosso oficial ao simpósio. Num discurso de improviso, Marina, evangélica da Assembléia de Deus e filha de seringueiros educada por freiras, disse que, na luta pela preservação da Amazônia, não se pode aceitar “a separação entre a fé e a ciência”. Às vezes, afirmou a ministra, “a gente sente que a ciência perdeu a alma e a fé perdeu a cabeça, mas estou aqui para dizer que a ciência tem alma e a fé tem cabeça”. Ela defendeu a combinação das duas dimensões na busca de respostas aos desafios da Amazônia.

Marina também aproveitou para lembrar que o desmatamento na Amazônia caiu 32% entre 2004 e 2005 graças a medidas tomadas pela administração Lula. Ela mencionou a prisão de 350 pessoas, a apreensão de 600 mil metros cúbicos de madeira ilegalmente cortada e a adoção do primeiro plano interministerial de zoneamento ecológico e desenvolvimento planejado da área ao longo de um trecho de 900 quilômetros da rodovia BR-163, que liga Santarém a Cuiabá.

Fonte: Estadão

Governo impõe obstáculos à construção de igrejas e templos

Onze anos após do fim da guerra civil na Bósnia-Herzegovina, as comunidades religiosas de todas as religiões enfrentam obstruções para construir novos templos, ou para refromar os que estão danificados ou destruídos.

Nas áreas da Federação controladas pelos bósnios (a maior das duas entidades que compõe o país), muitas mesquitas foram construídas, aparentemente sem controle do governo, mas igrejas católicas e protestantes sofrem anos de burocracia. Nas áreas croatas, os templos muçulmanos e protestantes não podem ser construídos legalmente. Na Republika Srpska, controlada pelos sérvios (a menor das duas entidades), as igrejas ortodoxas sérvias podem ser construídas, mas os templos de outras religiões enfrentam maiores obstruções.

A igreja católica recebeu permissão recentemente para construir uma igreja em Sarajevo, “depois de muitos anos lutando para receber a permissão”, o secretário da Conferência Católica de Bispos da Bósnia-Herzegovina, Ivo Tomasevic, disse à agência de notícias Forum 18. Segundo ele, essa é a primeira permissão que a igreja católica recebeu em Sarajevo desde a Segunda Guerra Mundial.

Na cidade de Mostar, controlada pelos croatas, as divisões religiosas e geográficas são claramente visíveis. As autoridades da cidade não permitiram que a comunidade muçulmana reconstruísse a mesquita destruída. Muharem Omerdic, diretor do serviço educacional da comunidade islâmico da Bósnia-Herzegovina, disse que em Banja Luka, na Republika Srpska, a reforma da mesquita Farhadija, construída no século 16 e destruída durante a guerra civil, ainda é um grande problema. “É um jogo político. A comunidade islâmica insiste que, em todos os lugares onde haja fieis e problemas reais, a reforma de templos deve ser permitida.”

O mufti Seid Smaikic, de Mostar, disse que a comunidade muçulmana já construiu várias mesquitas pequenas sem permissão. “Construir uma mesquita no leste de Mostar, em direção de cidades como Capljina e Stolac, conflita com o conceito de “etnicamente puro’ que alguns políticos têm”, disse ele ao Forum 18.

Ele disse que, quando se pede permissão para construir uma mesquita, a administração não dá nenhuma resposta. Sendo assim, eles construíram uma mesquita sem permissão. Seid disse que eles esperam uma autorização para construir uma mesquita maior em Mostar desde 2000.

Mas não são apenas os muçulmanos de Mostar que sofrem obstruções. Karmel Kresonja, presidente da Igreja Evangélica na área não-sérvia da Bósnia-Herzegovina, diz que há um “grande problema” em todas as áreas controlados pelos croatas. “Em Mostar estamos esperando uma autorização de planejamento por mais de seis anos. É basicamente impossível consegui-la, mesmo que a lei diga que temos o direito de construir uma igreja.”

Bernard Mikulic, de uma igreja evangélica em Capljina, região croata, afirmou ao Forum 18: “Nos disseram que, no planejamento urbano, não é possível construir uma igreja na área onde fica o nosso terreno. Não conseguimos receber a autorização”. A igreja planeja perguntar às autoridades onde elas podem ter um templo. “Mas, para ser honesto, não acho que poderemos ter uma permissão para uma igreja.”

Bernard disse ao Forum 18 que, apenas em Sarajevo, ele sabe de igrejas evangélicas que não têm problemas para construir. Em Capljina, ele recebeu a autorização de reformar uma casa na qual eles se reúnem para cantar e orar. Ele não podem, entretanto, realizar cultos públicos lá. A permissão se restringe à construção de uma casa pastoral com uma sala para cultos. A igreja pretende pedir permissão para construir um salão de conferências e um escritório.

Na Republika Srpska, a igreja ortodoxa é a única comunidade religiosa que não sofre obstruções para construir. O Forum 18 soube que, por causa disso, as igrejas protestantes geralmente compram uma casa e transformam-na em uma igreja.

Forum 18 sabe de comunidades religiosas com problemas para obter autorizações na Republika Srpska, as quais acham que discutir publicamente esse assunto acabará com sua chance de receber a autorização. Em um desses casos, a permissão de construção de uma igreja protestante foi revogada quando se tornou público que ela iria construir um templo protestante.

Outro problema que as comunidades religiosas enfrentam é a cobrança de imposto, que restringe o trabalho humanitário, projetos de construção e outras atividades. Desde janeiro de 2006, todas as comunidades religiosas da Bósnia-Herzegovina devem pagar 17% de taxa de valor agregado até em atividades de ajuda humanitária. “Esse é um fardo pesado”, disse Ivo Tomasevic, secretário da Conferência Católica de Bispos, “especialmente quando se sabe que país todo depende de ajuda humanitária”.

Fonte: Portas Abertas

Pesquisa: 16,7% das mulheres já fizeram aborto clandestino

O aborto provocado foi o desfecho da primeira gravidez de 16,7% das mulheres de 18 a 24 anos, de acordo com levantamento feito com 4.634 jovens moradoras de Salvador, Rio e Porto Alegre.

Além disso, a pesquisa mostrou como condição social e acesso à educação estão relacionados com a opção por interromper a gestação: em jovens com renda familiar superior a R$ 180, o número de abortos é quatro vezes maior do que entre as de menor renda e grau de escolaridade.

Já uma relação sexual precoce não apareceu associada a um maior número de abortos: em Porto Alegre, as jovens iniciam a vida sexual mais cedo (entre 16 e 17 anos), mas fazem menos abortos do que as de Salvador, que adiam mais os relacionamentos (a média é 18 anos), mas usam menos contraceptivos.

Os dados fazem parte do estudo “Aborto provocado na juventude: desigualdades sociais no desfecho da primeira gravidez”, feito pela médica Maria de Souza Greice Menezes a partir dos dados coletados em 2004 pela pesquisa Gravidez na Adolescência (Gravad), uma parceria da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Inédito até então, o material será divulgado em um livro que está sendo preparado pelos pesquisadores.

“Sempre que se fala em aborto levam-se em consideração dados do Sistema Único de Saúde (SUS) de mulheres que chegam com complicações em pronto-socorro e maternidades. Mas a pesquisa foi com a população geral e mostra que o aborto está presente em todas as faixas sociais. E que as jovens de maior renda, numericamente, engravidam menos precocemente, mas, quando engravidam, abortam mais”, explica Maria de Souza, pesquisadora do Programa de Estudos em Gênero e Saúde do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA.

É o caso da estudante universitária Janaina (nome fictício), de 24 anos, que aos 19 fez um aborto com o consentimento dos pais em uma clínica de um bairro nobre do Rio. “Tinha acabado de entrar na faculdade, estava cheia de planos, não era a hora para ter um filho”, conta.

Ela não esconde o sofrimento e a dificuldade da experiência, mas diz que não se arrepende. “Sofri muito e até hoje, quando penso nisso, sei que é uma marca que ficou na minha vida. Mas foi melhor do que ter um filho indesejado.”

Para a médica, um panorama desse tipo pode fornecer mais elementos para a discussão sobre o tema no País. “O debate sobre gravidez na adolescência é bastante hipócrita porque só discute pelo lado dos nascimentos e ignora as interrupções voluntárias. Então o estudo traz o debate sobre o aborto clandestino”, afirma a antropóloga Maria Luiza Heilborn, responsável pela pesquisa e coordenadora do Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos da UERJ.

Diferenças

O levantamento mostra que jovens classificadas como de mobilidade escolar ascendente, uma categoria que inclui garotas com nível médio ou superior e mãe com ensino fundamental, fazem mais aborto (29,5%) do que as de mobilidade descendente (19,3%) – que têm apenas o ensino fundamental e suas mães concluíram o ensino médio ou superior.

Uma explicação, segundo Maria Luiza, é o fato de a gravidez para jovens de baixa renda ser uma maneira de dar sentido para suas vidas, que costumam não ter perspectivas para o futuro.

O primeiro grupo também faz mais o aborto utilizando Cytotec, abortivo de venda permitida apenas para hospitais. As de menor escolaridade foram as que mais procuraram clínicas clandestinas.

Outra questão foram as diferenças regionais. Enquanto entre as entrevistadas de Porto Alegre apenas 8% disseram ter optado pelo aborto, no Rio, 17% deram a mesma resposta. Em Salvador, o índice foi de 19% – diferenças associadas a fatores culturais e socioeconômicos.

“A precocidade não está ligada ao aborto. O que tem ligação são relações desprotegidas”, diz Maria de Souza.

Fonte: Estadão

Coréia do Norte terá seu primeiro culto público

Foi permitida a realização histórica de um culto cristão público, o primeiro em meio século. Os organizadores fazem os planos apesar das sanções impostas pelos Estados Unidos depois dos recentes disparos de mísseis.

O pastor e renomado escritor Rick Warren irá a esse país comunista na próxima semana, para preparar o culto que acontecerá por ocasião do centésimo aniversario da Revolução de Pyongyang, no ano que vem.

“Sem levar em consideração a política, eu irei a qualquer lugar aonde for convidado para pregar o evangelho”, disse Rick Warren à agência de notícias Christian Post.

Rick Warren se reunirá com líderes de igrejas e de negócios no dia 17 de julho para preparar o culto, que acontecerá em março de 2007. Este será o primeiro culto cristão público a ser realizado na Coréia do Norte em 50 anos. Rick Warren poderá pregar a um grupo de 15 mil pessoas.

A agência de notícias Assist News Service diz que Rick Warren espera que essas visitas promovam a liberdade religiosa em um país que tem sido controlado rigidamente.

Ele, como escritor, ficou conhecido por seus livros “Uma vida com propósitos” e “Uma igreja com propósitos.” Ele é pastor na Califórnia, Estados Unidos.

O evangelista Billy Graham é um dos poucos cristãos que tiveram permissão para pregar na Coréia do Norte. Há 12 anos, o reverendo Graham falou aos estudantes na Grande Casa Popular de Estudos, em Pyongyang.

Fonte: Portas Abertas

Arcebispo africano Milingo volta a chocar Vaticano

Emmanuel Milingo, um arcebispo católico da África que também é curandeiro, chocou o Vaticano pela primeira vez em 2001, ao se casar na Igreja da Unificação, do reverendo sul-coreano Moon.

Emmanuel Milingo, um arcebispo católico da África que também é curandeiro, escandalizou o Vaticano — mais uma vez.

Milingo chocou o Vaticano pela primeira vez em 2001, ao se casar na Igreja da Unificação, do reverendo sul-coreano Moon, para depois se arrepender e voltar à Igreja Católica. Agora, o novo escândalo foi provocado pelo desaparecimento de Milingo de um convento do sul de Roma.

O arcebispo desapareceu no mês passado. Ele viveu no convento italiano em regime de quase reclusão pelos últimos quatro anos. Milingo só reapareceu na quarta-feira, em Washington.

Colocando-se mais uma vez na posição de renegado da Igreja Católica, Milingo concedeu uma inesperada entrevista coletiva anunciando que sua nova missão era convencer o Vaticano a permitir o casamento de padres.

A Igreja insiste na necessidade do celibato e descartou a possibilidade de permitir que seus clérigos se casem para solucionar o problema da falta de padres em muitas partes do mundo.

Um integrante do Vaticano afirmou que autoridades da Igreja tinham ficado “chocadas” com o novo rompante de Milingo e que medidas disciplinares seriam tomadas em breve. Entre as possíveis sanções, a mais grave seria a excomunhão, que significa um rompimento total com a Igreja.

Em 2001, Milingo, ex-arcebispo de Lusaka, na Zâmbia, surpreendeu o Vaticano ao desaparecer e depois ressurgir em Nova York, onde se casou com Maria Sung, uma coreana de 43 anos escolhida para se unir a ele pelo polêmico líder evangelista Moon. Milingo participou de um casamento comunitário realizado em um hotel de Nova York, vestindo fraque. Ele beijou a mulher, toda de branco, diante das câmeras.

O católico e Sung depois regressaram à Itália separadamente. Milingo afirmou que desejava voltar à Igreja. A mulher deu início a uma greve de fome, concedeu entrevistas deitada em uma cama de hotel e acusou o Vaticano de sequestrar seu marido.

A Igreja Católica, que nunca reconheceu o casamento, ameaçou excomungar Milingo. O papa João Paulo 2o., morto em 2005, mostrou-se clemente e mandou seus assessores tentarem convencê-lo a voltar ao seio da Igreja.

Milingo deixou Sung, regressou ao Vaticano e viajou para a América do Sul, onde ficou recluso durante um ano, para reabilitar-se. Mais tarde, retornou à Itália e passou a morar em um convento localizado perto de Roma.

Um integrante do Vaticano afirmou não esperar que o papa Bento 16 seja tão condescendente com Milingo quanto seu antecessor.

Em um livro publicado quatro anos atrás e chamado “Fished out of the Mud” (tirado da lama), Milingo disse que a igreja de Moon havia realizado uma lavagem cerebral nele. O religioso sempre se negou a revelar se havia consumado seu casamento.

Não está claro se Milingo pretende agora reencontrar Sung nos EUA.

Fonte: Reuters

UE exige libertação dos Bispos presos na China

A União Européia (UE) espera que a China liberte imediatamente os Bispos e os cristãos que estão presos por causa das suas “convicções religiosas”.

O pedido é apresentado num relatório votado ontem, por larga maioria, na comissão responsável pelas relações externas entre a UE e Pequim.

O documento recorda o “destino de muitos Bispos presos” e pede às autoridades “a libertação imediata de todos os membros das Igrejas cristãs chinesas que estão injustamente presos ou que são perseguidos”.

Embora o Partido Comunista Chinês se declare oficialmente ateu, a Constituição chinesa permite a existência de cinco Igrejas oficiais (Associações Patrióticas), entre elas a Católica, que tem 5,2 milhões de fiéis. Segundo fontes do Vaticano, a Igreja Católica “clandestina” conta mais de 8 milhões de fiéis.

A agência do Pontifício Instituto das Missões Estrangeiras, AsiaNews, assegura que há, neste momento, “dezenas de Bispos da Igreja clandestina sob prisão domiciliária ou impedidos de exercer o seu ministério”. Três Bispos fiéis ao Vaticano estão desaparecidos há vários anos, sem que nenhuma justificação seja dada por parte de Pequim.

O presidente do Parlamento Europeu, Josep Borrel, revelou hoje na capital chinesa que o PE vai aprovar em Setembro uma resolução sobre os direitos humanos na China.

Fonte: Agência Ecclesia

Ministério de Segurança Interna da Malásia proíbe livros religiosos

Mais uma vez, o Ministério de Segurança Interna da Malásia usou o Ato de Gráficas e Publicações de 1984 para proibir livros religiosos. Os livros banidos criticam o islamismo e ajudam os cristãos a testemunharem aos muçulmanos.

Muitos livros são best-sellers internacionais e estão circulando há muitos anos, inclusive dentro da Malásia. O Ministério de Segurança Interna os proibiu, alegando que os livros eram prejudiciais à ordem pública. Mas, na realidade, as únicas pessoas capazes de serem provocadas por esses livros são os estudiosos islâmicos, que dependem dessa repressão, pois eles são ameaçados pelo debate público e pelo acesso a outras alternativas religiosas. O fato de o governo atender aos desejos deles, desta forma, é bastante preocupante.

No começo de abril de 2003 o Ministério Interno da Malásia proibiu 35 livros, considerados prejudiciais à paz pública. Doze desses eram livros cristãos, 11 dos quais estavam no idioma nacional, o bahasa malaio. O outro era uma tradução da Bíblia em iban, a língua do povo iban, do Estado de Sarawak. Depois de muita oração, manifestações de defesa e uma reunião entre líderes malaios e o primeiro ministro, a proibição da Bíblia em iban foi suspensa.

Então, em abril de 2005, o governo malaio proibiu outros 11 títulos relacionados a assuntos religiosos, alegando de novo que eles eram “prejudiciais à ordem pública”.

Entre os livros estavam: “As grandes religiões do mundo ” (publicado pela National Geographic e em circulação por mais de 30 anos); “A palavra do islamismo” (editado por John Alden Williams), “A história de Deus” e “Maomé: uma biografia do profeta” (ambos de Karen Armstrong), “A cruz e o crescente” (de Phil Parshall), e “Mulheres e o islamismo” (de Fátima Mernissi, uma feminista marroquina).

O partido Aliança Democrática da Malásia foi chamado para dar explicações. Ele disse: “Simplesmente afirmar que as publicações são prejudiciais à ordem pública, sem justificar como elas o são, é inaceitável. A decisão do Ministério, de banir esses livros é retrógrada e não se ajusta à aspiração do governo de criar uma sociedade baseada no conhecimento, em especial na atual era da informação tecnológica, na qual as pessoas têm liberdade de acessar as informações; não só aquelas que as autoridades do governo julgam apropriadas”.

No começo de junho de 2006, mais 18 livros de assuntos religiosos foram banidos sob as mesmas acusações anteriores. Segundo o Ato de Gráficas e Publicações, todas as formas de reprodução ou distribuição desses livros são proibidas. Seis dos títulos estão em malaio, o restante está em inglês.

No dia 4 de julho, a Aliança de Imprensa do Sudeste Asiático (SEAPA, sigla em inglês) relatou que o grupo de direitos humanos Irmãs do Islamismo protesta contra a decisão do Ministério: “Estamos preocupadas com o número cada vez maior de livros sobre o islamismo e sobre religião que são banidos”. Para o grupo, o espaço de diálogo está se estreitando e os leitores malaios estão sendo privados de idéias e debates apresentadas por estudiosos e escritores renomados.

Fonte: PortasAbertas

Especialista afirma que pastores não podem diagnosticar depressão

Nem as igrejas e nem os pastores estão preparados para diagnosticar a depressão, declarou o pastor Jorge A. León, ao questionar artigo publicado no domingo, no diário La Nación.

O artigo sustenta que capacitar religiosos, que muitas vezes são os primeiros a serem procurados por pessoas deprimidas, seria uma forma eficaz de combatê-la.

Autor de “Psicologia Pastoral para todos os cristãos” e outros 15 livros sobre o tema, León afirmou que a depressão não é um estado espiritual, mas uma doença causada por diversos fatores e que se apresenta de diferentes maneiras. Muitas vezes nem os médicos animam-se a diagnosticá-la, preferindo apoiar-se num trabalho em equipe, afirmou.

“A onipotência de alguns religiosos, ao diagnosticar, como se fossem médicos, põe em evidência sua impotência de serem capazes de interpretar as Sagradas Escrituras corretamente, ter um adequado nível de saúde mental e uma adequada formação teológica”, disse León.

Na opinião do pastor cubano, mas que reside há décadas na Argentina, o aumento de casos de depressão no mundo deve-se à situação de tensão que a humanidade vive atualmente. Ele alertou, contudo, que os fatores que contribuem para o aumento da depressão variam de um país para outro.

O especialista admitiu que a fé “pode ajudar a diminuir o nível de depressão em muitos casos”, mas a fé não é uma panacéia, assegurou. “Toda tentativa de substituir a ciência pela religião é uma tola pretensão de trasladar a história para a etapa medieval”, argumentou.

A publicação de La Nación assinala que pastores e religiosos estariam em condições de diagnosticar a depressão de seus fiéis, caso fossem previamente treinados através de programa de extensão comunitária que lhes permitissem identificá-los.

O projeto desenvolvido por equipe de psiquiatras do Centro de Educação Médica e Pesquisas Clínicas (CEMIC) busca oferecer ferramentas aos religiosos que trabalham em comunidades para que identifiquem as pessoas que possam estar deprimidas e as encaminhem para instituições adequadas de tratamento, disse ao jornal o chefe de Psiquiatria do Centro, doutor Pablo Rozic.

Rozic informou que, em meados de setembro, cerca de 40 religiosos católicos, judeus, muçulmanos e evangélicos participarão do primeiro desses programas de educação desenvolvidos pela Organização Panamericana da Saúde (OPS).

“As pessoas consultam, muitas vezes, antes o religioso do que o médico. Uma característica peculiar é que essa aproximação não é estigmatizada, diferentemente do que significa para muitas pessoas ir ao psiquiatra; ao contrário, ela tem um alto valor social”, explicou Rozic.

Fonte: ALC

Presidente da LBV lança “Evangelho do Sexo” neste sábado

O presidente da LBV (Legião da Boa Vontade), José Simões de Paiva Netto, 65, vai lançar neste dia 15 (sábado) o livro “Evangelho do Sexo” (192 pág., editora Elevação, R$ 19,90).

A obra será lançada no ginásio da Portuguesa (zona norte de São Paulo). O escritor tem mais de 3 milhões de exemplares vendidos, segundo sua assessoria.

“Evangelho do Sexo” é um ensaio que aborda “tabus e preconceitos” que rondam o tema. Netto afirma que se fundamentou no Evangelho e Apocalipse de Jesus para tratar questões como sexualidade e o casamento.

“Acho que o assunto não deve ser nenhum tabu, como o sexo também não deve servir de motivo de qualquer tipo de discriminação. Meu livro é dirigido aos heteros, aos bissexuais, aos homossexuais. Não me importa a forma de amar das pessoas, o que me importa é a sua dignidade e a dignidade como conduzem suas vidas”, diz Netto.

O livro fala sobre virgindade, anatomia e doença venérea com a pretensão de “conduzir a uma reflexão séria sobre a natureza do sexo, que não se restringe apenas à transa”.

“Evangelho do Sexo” também faz referências a estudos e artigos, publicados em revistas e jornais do país e do exterior, além de palestras de improviso do autor.

Fonte: Folha Online

Papa Bento XVI quer colocar a liturgia em ordem

O Papa Bento XVI colocará um fim nos “abusos na celebração da missa e nos enfrentamentos com os partidários da missa em latim”, declarou nesta quinta-feira um responsável do Vaticano à agência I-Media, especializada em informações sobre o Vaticano

Segundo o bispo cingalês Albert Malcom Ranjith Patabendige Don, novo secretário da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, o Papa tomará medidas, já que a liturgia da Igreja Católica é, em várias ocasiões, um “escândalo”.

O religioso, nomeado por Bento XVI, denunciou certos “abusos” na aplicação das reformas da liturgia adotadas depois do Concílio Vaticano II, há 40 anos. Estas reformas, entre elas o abandono da chamada missa “tridentina” (celebrada em latim e na qual sacerdote dá as costas aos fiéis), “não deu os resultados esperados”, segundo Monsenhor Ranjith.

As reformas não foram aceitas em momento algum pela corrente católica tradicionalista organizada em torno do bispo francês Marcel Lefebvre, já falecido.

O Papa Bento XVI, que recebeu no verão passado o líder dos lefebvristas, Monsenhor Bernard Fellay, colocou como objetivo fazê-los retornar ao seio da Igreja Católica.

Segundo Monseñor Ranjith, Bento XVI “tomará medidas para nos indicar a seriedade com a qual devemos celebrar a missa”.

O bispo cingalês declarou que o Vaticano recebe “todos os dias (…) inúmeras cartas, nas quais as pessoas lamentam os numerosos abusos: sacerdotes que fazem o que querem, bispos que se desentendem ou que justificam o que fazem os sacerdotes em nome da ‘renovação’ (…) ao final, a pessoas vão à missa tridentina e nossas igrejas se esvaziam”.

No entanto, “a missa tridentina não pertence aos Lefebvristas”, destacou Monsenhor Ranjith, acrescentando que já está na hora de “acabar com os conflitos”.

Fonte: AFP

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