Cristãos na Nigéria (Foto: Portas Abertas)
Cristãos na Nigéria (Foto: Portas Abertas)

A Portas Abertas, organização cristã que monitora a perseguição no mundo, está pedindo ao presidente americano Joe Biden que coloque a Nigéria de volta na lista de “Países de Particular Preocupação (PCC)”.

Desde que o país foi retirado da lista há seis meses, a perseguição religiosa contra cristãos aumentou em 60%, em relação a 2021. O crescimento representa uma média de dez seguidores de Jesus mortos por dia.

Neste mês, o assassinato brutal da estudante cristã Deborah Samuel na Nigéria, chocou o mundo. A jovem de 25 anos foi espancada e queimada até a morte por seus colegas muçulmanos, sob a acusação de blasfemar contra Maomé.

Uma simples mensagem de Whatsapp, dizendo “Jesus Cristo é o maior. Ele me ajudou a passar nos exames” a levou à morte.

“Fiquei perplexo no outono passado quando o Departamento de Estado dos EUA removeu a designação da Nigéria como PCC. Uma decisão ainda mais confusa agora, após a notícia de mais um assassinato por motivação religiosa”, disse David Curry, CEO da Portas Abertas.

E ressaltou: “A situação na Nigéria continua a se deteriorar. O fracasso total do governo nigeriano em reinar no extremismo criou um ambiente em que os extremistas se sentem justificados para atacar os cristãos”.

Na Lista Mundial da Perseguição de 2022 da Portas Abertas, dos países onde é mais difícil ser cristão, a Nigéria saltou para o 7º lugar, sua classificação mais alta de todos os tempos.

Além disso, foi a nação onde mais cristãos morreram por sua fé em 2021, registrando 4.650 mortes, segundo o relatório da Portas Abertas. O número de cristãos sequestrados também foi maior na Nigéria, com mais de 2.500.

Lista de Países de Particular Preocupação

Conforme a Lei Internacional de Liberdade Religiosa (IRFA), o presidente americano é obrigado a revisar anualmente o status de liberdade religiosa de todos os países e atualizar a lista dos violadores dos direitos religiosos.

Segundo a lei, violações graves são definidas como “violações sistemáticas, contínuas e flagrantes da liberdade religiosa”, como: (1) tortura; (2) detenção prolongada sem acusações; (3) desaparecimento forçado; ou (4) outra negação flagrante da vida, liberdade ou segurança das pessoas.

Atualmente, as nações que estão listadas como PCC são: Birmânia, China, Eritreia, Irã, Coreia do Norte, Paquistão, Rússia, Arábia Saudita, Tadjiquistão e Turcomenistão.

Para o ex-embaixador geral da Liberdade Religiosa Internacional e do Portas Abertas dos EUA, Sam Brownback, a remoção da Nigéria da Lista de Países de Particular Preocupação foi um erro grave do Departamento de Estado dos EUA.

“A liberdade religiosa na Nigéria continua a enfrentar desafios significativos, destacados pelo terrível assassinato de Deborah Samuel. Esse tipo de violência não pode ser permitido e o governo nigeriano precisa enviar uma mensagem de que essas ações não ficarão impunes”, avaliou.

Fonte: Guia-me com informações de Religion New Service

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