A pintura da fachada da igreja de Santo Antonio, templo centenário tombado em fevereiro deste ano por causa de seu valor histórico, se transformou em alvo de polêmica entre o cônego Celso Luís Biffi e o Comphara (Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Arquitetônico de Araraquara).

A pintura foi feita com recursos obtidos por meio de doações feitas por fiéis.

O padre pintou listras verticais nas cores salmão e rosa na fachada da igreja -as paredes externas do templo, que completou 100 anos neste ano, eram originalmente brancas, cor que sobreviveu nas laterais e na parte dos fundos. Segundo Oswaldo Romio Zaniollo, presidente do Comphara, a pintura foi feita sem autorização.

Para Biffi, a polêmica é um mal-entendido criado pelo Comphara, já que a igreja pediu orientações sobre a pintura. “Como não tive retorno, deixei expostas duas opções para que os fiéis escolhessem a cor.” Ele disse que deseja manter um bom relacionamento com o conselho, já que é um dos interessados na preservação da paróquia.

Segundo Zaniollo, o padre pediu informalmente orientações sobre a restauração da igreja, mas não mencionou a pintura. “Além de não informar, a escolha da cor é inadequada e tira a identidade histórica do local”, disse.

Segundo ele, o Comphara está elaborando um estudo para restaurar toda a igreja que inclui a pintura original. “Somente após a conclusão do estudo é que vamos poder autorizar ou não algum tipo de pintura”, disse Zaniollo.

Fonte: Folha de São Paulo

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