Nações mais ricas do mundo quebram promessas feitas em 2005 e doarão menos dinheiro para países pobres. A principal afetada será a África, que só receberá 12 dos 25 bilhões de dólares previstos.

A quantia doada pelos países industrializados para o desenvolvimento dos mais pobres entre 2004 e será 21 bilhões de dólares inferior ao que fora prometido há cinco anos. Independente deste fato, a ajuda cresceu 35% no período em questão, atingindo níveis recordes.

As informações fazem parte de um estudo divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em Paris. Segundo esta, a Alemanha, França e Japão são algumas das potências mundiais que não cumpriram com os valores prometidos. A lista inclui a Áustria, a Grécia, Itália e Portugal.

A ajuda ao desenvolvimento deveria alcançar ao menos 0,51% do Produto Interno Bruto (PIB) de cada país, o que não foi respeitado. A Alemanha contribuiu apenas com 0,4% do seu PIB, a França com 0,46%, Portugal com 0,34%, e a Itália com apenas 0,2%. Por outro lado, a Suécia e Luxemburgo superaram as expectativas, apesar da crise financeira, doando 1,03% e 1% respectivamente.

Promessas quebradas: “um escândalo”

O total da ajuda pelo “Primeiro Mundo” deveria ter aumentado em 27 bilhões de dólares entre 2004 e 2010, porém existe “uma lacuna de 21 bilhões” em relação às promessas de 2005, aponta o estudo da OCDE. Somente o Japão vai deixar de doar 4 bilhões de dólares, limitando sua ajuda a 6 bilhões de dólares.

O continente africano será o principal afetado pelo não-cumprimento das metas apresentadas. “A África, em particular, só irá receber 12 bilhões de dólares dos 25 bilhões previstos”, lamenta a OCDE.
Segundo Max Lawson, assessor júnior da Associação de Caridade Internacional Oxfam, “estas promessas quebradas não passam de um escândalo”. Já para Angel Gurría, secretário geral da OCDE, “há um mundo que está ficando muito restrito em termos de alternativas”.

Fonte: DW World

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