O papa Bento 16 defendeu hoje a “desnuclearização da península coreana”, que abrange a Coréia do Norte e a do Sul, e pediu que o Japão mantenha os esforços de paz na região.

Ao receber hoje o embaixador japonês no Vaticano, o pontífice falou também sobre como resolver a crise na Ásia oriental –região que engloba China, Japão, Coréias do Norte e Sul e Taiwan–, através de “negociações bilaterais ou multilaterais”, informou uma nota à imprensa.

As soluções nessa região “devem ser buscadas através de meios pacíficos, respeitando os compromissos assumidos por todas as partes”, disse Bento 16 ao novo embaixador do Japão.

O papa enfatizou também o papel da nação japonesa, que pode ajudar na pacificação da região.

Foi a primeira vez que Bento 16 falou sobre atividades nucleares após o teste realizado pela Coréia do Norte em 9 de outubro.

“Mais do que nunca, a busca pela paz entre as nações deve ser uma prioridade das relações internacionais. As crises que ocorrem no mundo não podem ser solucionadas definitivamente com a violência”, concluiu o papa.

Negociações

Nesta segunda-feira, o embaixador da Rússia em Tóquio afirmou que as negociações multipartidárias sobre a crise nuclear norte-coreana podem ser retomadas em dezembro.

“Segundo os diferentes intercâmbios de correspondência diplomática, há uma possibilidade que as negociações sejam organizadas no começo de dezembro”, disse Alexandre Lossiukov.

As negociações sobre a crise estão estagnadas há um ano devido ao boicote da Coréia do Norte, que exige, para seu retorno à negociação, a suspensão de uma série de sanções que os Estados Unidos impuseram a entidades financeiras vinculadas ao país em setembro de 2005.

Depois de a Coréia do Norte ter realizado, em outubro, seu primeiro teste nuclear, o regime comunista chegou a um acordo com os EUA e a China para retornar “em breve” ao diálogo multilateral. Até agora, no entanto, não foram fixadas datas para a retomada.

Fonte: Folha Online

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