O Papa Bento XVI lembrou nesta sexta-feira sua disponibilidade para um “diálogo construtivo” com as autoridades da China, um país com o qual o Vaticano não tem relações diplomáticas há mais de 50 anos.

“Eu apontei para a disponibilidade da Santa Sé ter um diálogo sereno e construtivo com as autoridades civis e, assim, encontrar uma solução aos diversos problemas que dizem respeito à comunidade católica” na China, declarou o Papa diante dos membros da Cúria romana por ocasião das felicitações de Natal, lembrando a carta enviada aos fiéis chineses em junho passado.

“Com esta carta, quero manifestar tanto minha profunda amizade espiritual com todos os católicos na China como minha cordial estima pelo povo chinês”, garantiu Bento XVI.

As autoridades de Pequim romperam suas relações diplomáticas em 1951 com o Vaticano, depois de a Santa Sé ter reconhecido Taiwan. A ruptura se tornou definitiva em julho de 1957, com a criação de uma Igreja controlada pelo regime comunista chinês.

Segundo o Vaticano, há entre oito e 12 milhões de católicos que continuam sendo fiéis à Santa Sé e fazem parte da Igreja “clandestina”.

Em várias ocasiões Pequim desafiou a Vaticano, designando os bispos da Igreja oficial, apesar da nomeação destes clérigos ser uma prerrogativa papal.

Fonte: AFP

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