Frequentada por metaleiros, uma igreja evangélica em São Paulo tem lutado contra o preconceito por não seguir os estereótipos que muitas pessoas esperam dos evangélicos, e também por não adotarem os comportamentos vistos como típicos da tribo urbana dos metaleiros.

O pastor Antônio Carlos Batista, de 46 anos, fundador da Crash Church (“Igreja de Impacto”, na tradução dos fundadores) conta que ele e os frequentadores da igreja sofrem preconceito “dos dois lados”. Como relatou em entrevista à Folha de S.Paulo, para os evangélicos eles cultuam Satanás; e por parte dos metaleiros são criticados pelo seu jeito bem comportado.

[img align=left width=300]http://noticias.gospelmais.com.br/files/2014/03/igreja-metaleiros-preconceito-200×187.jpg[/img]- Acolhemos quem não quer nem vestir terno nem cortar os cabelos para louvar o Senhor, nem ser violento ou negar Jesus Cristo só por causa do som que gosta de ouvir – afirma Batista, ao falar sobre como encara os estereótipos.

Segundo reportagem da Folha, a igreja fica em um prédio comercial, com as paredes pintadas de preto, localizado no Alto Ipiranga; e é frequentada por jovens cabeludos, tatuados, vestindo anéis, piercings, roupas rasgadas e longos coturnos. Nos cultos, a música é marcada por solos pesados de guitarra e por vocais típicos do rock pesado.

De acordo com o pastor Antônio Carlos Batista, que também é vocalista da banda AntiDemon, há uma conexão que ele percebe entre o heavy metal e a mensagem divina.

– Está escrito numa passagem que a voz de Deus é como um trovão. Outra indica que o barulho no céu é ensurdecedor. No rock é igual – explica o pastor.

Porém, ele ressalta que essa não é a visão da sociedade em geral, e por não se enquadrar nos padrões que a maioria das pessoas espera de um pastor evangélico, já foi até mesmo barrado quando, como pastor, fazia visitas a hospitais.

– Já fui barrado em hospital quando fui visitar um fiel que estava doente. Não usava uma gravata, então não acharam que eu era pastor. Puro preconceito. – relata batista.

Mas o pastor explica que, apesar do visual e da música diferentes, seguem rigidamente os preceitos cristãos, e mantém suas doutrinas e ensinamentos de acordo com a Bíblia, se pautando na mensagem do amor.

– Ninguém aqui transa antes do casamento. E nós não acreditamos em um terceiro sexo. Gays são bem-vindos porque precisam de amor e ajuda – explica o pastor;

Fonte: Gospel+

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