Nos últimos anos, a mídia tem dado maior atenção aos confrontos religiosos existentes em várias partes do mundo. O Ocidente passou a entender que a fé não é motivo de guerra apenas entre Israel e Palestina ou entre as irlandas do sul e do norte. A verdade é que em vários outros países da Ásia, Africa e até mesmo Europa e América do Sul, a intolerância é real e atual.

O fato passou a ser evidenciado com mais freqüência após o atentado de 11 de setembro nos Estados Unidos, que resultou nas guerras do Afeganistão e Iraque, e na atual tensão com o Irã.

Em países onde a religião oficial é o Islamismo, a perseguição aos cristãos chega a ser severa, com casos de assassinatos, pelo simples fato do indivíduo declarar o amor em Cristo. De acordo com a organização Missão Portas Abertas – que possui sede em 18 nações, incluindo o Brasil – o ranking com os países mais intolerantes aos cristianismo é liderado pela Coréia do Norte, seguido pela Arábia Saudita, Irã e Somália.

Só para se ter uma idéia, em 1972, o governo da Somália tomou todas as propriedades das igrejas, o que resultou na saída de muitos cristãos do país. Além disso, os muçulmanos proíbem qualquer tipo de ajuda humanitária de organizações cristãs no país, por temerem que os programas sociais possuam alguma forma de evangelização. A mídia local costuma fazer coro com o governo, o que também incentiva ataques públicos à igrejas em vários pontos do país. Além disso, os partidos políticos muçulmanos têm publicado relatórios que detalham os programas evangelísticos e advertem severamente o povo a sempre manter distância.

A perseguição sempre existiu

Segundo pastor Carlos Alfredo, consultou interno da organização Missão Portas Abertos no Brasil, os ataques a cristãos em vários países sempre ocorreu. O que acontece hoje é uma maior preocupação com esta situação. “Não é que a perseguição vem crescendo, ela só ficou mais evidente, na realidade o que mais se evidencia é a intolerância religiosa no mundo. O mundo muçulmano passou a fazer parte do noticiários e discussões na impressa e isso trouxe para a pauta da sociedade uma população ou uma cultura que até então, no Ocidente, era quase desconhecida”, afirma.

De fato, ultimamente surgiram várias ações que incentivam a ajudo ao trabalho missionário em diversos pontos do mundo. É o caso do último CD da cantora e pastora Fernanda Brum, lançado pela MK Music este ano. O trabalho obteve tanto sucesso que já chegou a CD de Ouro e rendeu a gravação do DVD no último dia 17/10, em São Gonçalo, RJ.

Contudo, o pastor Carlos Alfredo ressalta que os cristãos realmente passaram a ser mais perseguidos nos países muçulmano, após a campanha militar norte-americana no Oriente Médio. “Os cristãos que vivem em países de maioria muçulmana passaram a ser mais hostilizados devido a associação que há entre cristianismo e Ocidente, leia-se, EUA. O irmão André, fundador da Portas Abertas, afirmou em 2003, em sua visita ao Brasil, que a invasão do Iraque atrasou em 1.000 anos a evangelização dos povos muçulmanos”, lamenta.

O pastor lembra ainda que, nesta exato momento, são mais de 200 milhões de cristãos que enfrentam intensa perseguição, e outros 250 milhões sofrem alguma forma de discriminação. Ele destaca os países de regime comunista e islâmicos como os principais responsáveis por esta situação. Além disso, ele destaca que nos cinco países com maior perseguição não é possível nem mesmo ter uma idéia exata do que ocorre. “São regiões extremamente fechadas e é praticamente impossível desenvolver um trabalho missionário. O que sabemos é que há cristãos nestes países tentando sobreviver em meio a uma sociedade que não os tolera e que, em alguns casos, só o fato de se declarar cristão, significa a morte”, revela.

Carlos Alfredo aproveitou a entrevista para convidar quem estiver interessado em ajudar com o Missão Portas Abertas, através do site www.portasabertas.or.br

Fonte: Elnet

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