O direito ao aborto em Dakota do Sul, o uso medicinal da maconha em Michigan e as punições para as pessoas que contratarem imigrantes ilegais no Arizona foram algumas das questões decididas pelos eleitores na terça-feira, no mesmo dia em que escolhiam o futuro presidente dos Estados Unidos.

O sistema americano permite às legislaturas estaduais ou aos cidadãos, por meio da coleta de assinaturas, submeter a plebiscito propostas sobre diversos assuntos na cédula eleitoral, e na última terça-feira houve 153 consultas desse tipo em 36 estados.

O que chamou mais a atenção nacional foi a chamada “Proposta 8” na Califórnia, que perguntou aos eleitores se concordavam ou não com a proibição do casamento entre homossexuais, legalizado pela Corte Suprema do estado em maio.

No total, 52% dos eleitores respaldaram a proposta, e, apesar de ainda não terem sido contabilizados os votos por correio, o casamento gay foi proibido no estado.

O presidente eleito Barack Obama tinha expressado sua oposição à proibição e seu adversário na corrida presidencial, o republicano John McCain, a respaldava, mas ambos evitaram falar sobre o assunto durante a campanha eleitoral.

Os eleitores do Arizona e Flórida também se pronunciaram este ano sobre emendas a suas constituições estaduais que proíbem esse tipo de uniões. No total, 52% dos eleitores no Arizona e 62% dos da Flórida apoiaram essas iniciativas.

Em Califórnia, Colorado e Dakota do Sul se votou sobre o direito ao aborto, um tema que costuma aparecer em todo ciclo eleitoral.

No Colorado, 73% dos eleitores rejeitaram uma proposta que teria estabelecido que a vida humana começa no momento da concepção, e 55% dos cidadãos de Dakota do Sul rejeitaram uma proposta que imporia limites ao aborto.

Na Califórnia, 52% votaram contra uma restrição similar.

Já em Michigan, 63% dos eleitores apoiaram uma proposta para a legalização do uso da maconha com fins médicos. Em Washington, 59% dos eleitores respaldaram a descriminalização da assistência médica para o suicídio de pacientes terminais.

A imigração também teve seu lugar. No Arizona, 59% dos eleitores disseram não a uma proposta para aumentar as multas a empresas que contratem imigrantes ilegais.

Fonte: EFE

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