O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que poderá realizar o que nenhum presidente conseguiu antes: estabelecer um tratado de paz entre palestinos e israelenses.

“Como um negociador, eu gostaria de fechar um negócio que não poderia ser fechado, e fazer isso por causa da humanidade”, disse Trump em entrevista ao Wall Street Journal, na sexta-feira (11).

[img align=left width=300]https://thumbor.guiame.com.br/unsafe/840×500/top/smart/media.guiame.com.br/archives/2015/07/28/1099728788-donald-trump.jpg[/img]O comentário é o mais recente de uma linha de discursos sobre os acordos que rondam Israel e que têm sido, muitas vezes, inconsistentes.

Em outro momento, Trump disse que permaneceria “neutro” nas negociações entre Israel e Palestina, pois tomar partido poderia matar os acordos antes mesmo que fossem concretizados. Ao ser questionado pelo senador Ted Cruz, Trump esclareceu o comentário se definiu como “pró-Israel”.

Trump também tomou uma posição dura durante o Comitê de Assuntos Públicos Americano-Israelense. O presidente eleito afirmou que nunca faria um negócio que não beneficiasse Israel. Ele ainda acrescentou que qualquer acordo entre os dois lados não poderia ser imposto por terceiros, como as Nações Unidas. Caso contrário, o terror palestino seria recompensado.

“Não são as Nações Unidas que irão impor uma solução. As partes devem negociar uma resolução si mesmas. Os Estados Unidos podem ser úteis como um facilitador das negociações, mas ninguém deve dizer a Israel que deve obedecer um acordo feito por outros que estão a milhares de quilômetros de distância e nem sequer sabem realmente o que está acontecendo”, disse Trump em março.

Autor do best-seller “A Arte da Negociação”, Trump ressaltou em sua campanha as suas habilidades de negociação. Ele tem dito repetidamente que conseguirá levar os israelenses e palestinos fecharem um acordo.

Recentemente, analistas de política externa expressaram temores de que o atual presidente Barack Obama abandonasse a posição pró-Israel da América em favor da busca pela paz imposta pela ONU. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reiterou novamente neste domingo (13) que espera que os Estados Unidos mantenham seu compromisso com as negociações entre palestinos e israelenses.

Muitos israelenses encararam a eleição de Trump como um sinal de que o sonho da construção de um Estado Palestino tenha terminado.

De acordo com o jornal Washington Post, o presidente do Comitê Consultivo de Israel da campanha Trump disse que o presidente eleito não acredita que os assentamentos israelenses na Cisjordânia devem ser condenados, porque ele “não é um obstáculo para a paz”.

[b]Fonte: Guia-me[/b]

Comentários