Sylverster Stallone ganhou nesta semana o seu primeiro Globo de Ouro e aumentou as próprias chances de, também pela primeira vez, ganhar a mais famosa premiação da indústria cinematográfica na categoria Ator Coadjuvante: o Óscar. O papel que lhe rendeu o Globo de Ouro, como não poderia deixar de ser, foi o de Rocky Balboa, o boxeador ítalo-americano que o lançou ao estrelato no final da década de 1970.

[img align=left width=300]https://aleteiaportuguese.files.wordpress.com/2016/01/stallone-golden-globe-2016-063_504406548-kevin-winter-getty-images-north-america-gyi.jpg[/img]Rocky “é uma história de fé, integridade e vitória. Jesus é a inspiração para qualquer pessoa que tem que percorrer uma distância. A coragem dele (de Rocky) poderia ser comparada com a de Davi”, declarou certa vez Stallone.

A história de Rocky Balboa é a clássica história de superação, do humilde que vence o gigante, do homem que, do nada, conquista tudo e, quando perde tudo, se ancora nos seus afetos.

Em uma entrevista para a Christian Broadcasting Network, em 2006, Stallone explicou que já na primeira cena do primeiro Rocky, do qual foi roteirista, é mostrada a imagem de Jesus Cristo imediatamente antes de uma luta amadora de Rocky, mostrando que “esse homem tinha uma missão a cumprir”.

“Mas como o boxe pode ser cristão?”, perguntaram naquela ocasião. Stallone respondeu: “Alguém que enfrenta o mal cara a cara é uma metáfora da vida. E isso, basicamente, é o Rocky”.

No âmbito pessoal, Stallone conta que foi criado na Igreja e, ao chegar a Hollywood, perdeu o “caminho”. “Mas cada vez que eu voltava ao Rocky era um novo renascer”.

“Eu não era escritor, não era um estudante exemplar. De repente, comecei a escrever Rocky, veio o Óscar… E não posso assumir que fiz isso sozinho, não posso acreditar nisso”, comentou, ao falar da confiança que sente ao se colocar nas mãos de Jesus.

Nos filmes de Rocky, ainda de acordo com essa entrevista, “há um chamado e eu acho que é uma perfeita mensagem para o que está acontecendo. Existe o mal (no mundo) não temos exemplos; e o Rocky é um homem humilde que acredita em se sacrificar pelos outros”.

Comentários posteriores de Stallone reforçam a sua espiritualidade cristã (embora nem sempre deixem tão clara a sua pertença à Igreja), ressaltando que a história de Rocky Balboa é traçada com base em valores elevados de esforço e até de perdão, com uma família apresentada como o baluarte inamovível do personagem.

Rocky enfrenta Apollo Creed no primeiro filme e perde, mas o que nasce ali é uma amizade que marcará toda a saga. Seu único pensamento naquele instante, porém, é o paradeiro do seu amor, Adrianne.

Rocky sofre com o mal e com a traição, chora, cai e se levanta uma vez e mais outra. É carinhoso com as crianças, respeitoso com as mulheres, afetuoso com os amigos, misericordioso com os adversários; olha para além dos conflitos mundanos e segue adiante apesar de perder tudo, inclusive os afetos.

“Quero agradecer ao meu amigo imaginário Rocky Balboa por ser o melhor amigo que eu tive”, afirmou Stallone ao receber o Globo de Ouro pela mais recente produção sobre o personagem, na qual o filho de Apollo procura Balboa para ser treinado.

Stallone não é Rocky, mas deve muito a ele: desde os reconhecimentos artísticos até, como ele próprio confessa, o vínculo com valores humanos que fazem bem tanto a ele quanto aos outros.

[b]Fonte: Aleteia[/b]

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