A Igreja Católica anunciou ontem o afastamento do padre Telmo José Amaral Figueiredo por supostamente revelar segredos ditos por fiéis no confessionário da Paróquia do Divino Espírito Santo, em São José do Rio Preto (SP). O anúncio foi feito pelo bispo de Rio Preto, d. Paulo Mendes Peixoto.

Padre Telmo atuava havia seis anos na paróquia, no bairro Solo Sagrado, o mais populoso de Rio Preto. Em 2004, fiéis denunciaram que ele teria revelado segredos feitos em confissão. O caso foi para o Tribunal Eclesiástico e depois para a Congregação para a Doutrina da Fé, no Vaticano, onde foi aberto processo. Ele foi condenado em primeira instância e afastado. Recorreu e evitou o afastamento.

Anteontem, o processo foi para a segunda instância, mas, mesmo assim, o padre foi afastado por d. Paulo Peixoto. ‘Para o bem do povo de Deus e para preservar a figura do sacerdote, o bispo pediu que ele ficasse afastado de suas funções até a conclusão do processo’, diz a Igreja, por meio de uma nota.

Procurado pelo Estado, a informação era que o padre Telmo havia viajado para o Vaticano. Ao jornal Diário da Região, ele negou as acusações. Moradores disseram que há mais de seis meses ele não reza missas.

‘Não é a primeira vez que isso ocorre, mas é raríssimo’, explica Juarez Pedro de Castro, da Arquidiocese de São Paulo.

É um dos delitos mais graves para a Igreja. Comprovada a violação do sigilo, o padre é excomungado e só o papa pode retirar a excomunhão.

Fonte: Estadão

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