Um polêmico movimento religioso americano conhecido como a “igreja do ódio” deve comparecer no sábado no Canadá ao funeral de Tim McLean, o jovem decapitado em um ônibus por um companheiro de viagem, e aplaudir seu assassinato como um “ato de Deus”.

O planejado protesto da Igreja Batista Westboro, também conhecida como a “igreja do ódio”, parece estar relacionado com o fato de que os casamentos homossexuais são legais no Canadá.

No site, o grupo adverte de sua presença no Canadá e explica: “Não leu como Deus enviou entre vocês um estranho monstro, como Jason de ‘Sexta-feira 13’, para cortar e decapitar os vizinhos?”.

E acrescenta, em seguida: “Vocês, hipócritas do ‘Oh, Canada’ (o hino nacional), a terra dos malditos sodomitas!”.

O movimento ganhou notoriedade nos últimos anos pelos protestos que efetuou durante os enterros de soldados americanos mortos no Iraque.

Os integrantes, cerca de cem pessoas na maior parte ligadas por laços familiares, consideram que a morte dos soldados é obra de Deus em castigo pela permissividade dos Estados Unidos para com os homossexuais.

O grupo utiliza como slogan a frase “Deus odeia os bichas”.

Em entrevista à televisão canadense “CTV”, a filha do fundador da Igreja Batista Westboro, Shirley Phelps-Roper, justificou que o grupo tenha planejado protestar durante o funeral de McLean ao dizer que o jovem mantinha “um estilo de vida asqueroso”.

“Deus nos mandou um presente” com a brutal morte do jovem canadense, disse Phelps-Roper, que acrescentou que McLean merecia seu destino.

A televisão se negou a revelar muitos dos termos que Phelps-Roper usou contra o jovem.

A ativista religiosa reconheceu que nunca tinha tido notícias de McLean antes de sua morte, mas especificou que não precisa saber mais nada.

A morte de McLean ganhou notoriedade internacional pelos brutais detalhes de seu assassinato.

McLean, de 22 anos e qualificado por amigos e parentes como um jovem modelo, retornava em 30 de julho em um ônibus da companhia Greyhound para sua casa em Winnipeg quando foi supostamente atacado por Vince Weiguang Li, de 40 anos.

Os outros passageiros do ônibus declararam que Weiguang, de repente, atacou McLean enquanto este dormia em seu assento com uma faca.

Depois que o motorista do ônibus parou e os passageiros deixassem apavorados o veículo, Weiguang permaneceu no interior despedaçando a vítima.

O juiz encarregado do caso ordenou o exame psicológico de Weiguang para saber se está em condições de ser processado.

O protesto da Igreja Batista Westboro não é a única polêmica envolvendo o assassinato de McLean.

O grupo americano em favor dos direitos dos animais PETA colocou no site um anúncio no qual comparava de forma gráfica o assassinato de McLean com o que sofrem os animais sacrificados para consumo humano.

O PETA tinha pensado em publicar o anúncio no jornal de uma cidade situada a 20 quilômetros de onde o jovem foi assassinado.

Fonte: EFE

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