Já de olho na Copa do Mundo de futebol de 2010, que será hospedada pela África do Sul, igrejas do país preparam campanha de conscientização alertando o povo para o tráfico humano.

“Até há pouco tempo, líderes de igrejas e bispos não foram proativos em relação ao tráfico humano”, declarou o bispo Johannes Ramashapa, da Igreja Evangélica Luterana da África do Sul (ELKSA), em entrevista à repórter Julia Heyde, do Serviço de Imprensa da Federação Luterana Mundial.

Ramashapa participa na Cidade do México da Conferência AIDS 2008. O povo sul-africano tem expectativas de que a Copa do Mundo vai melhorar a situação econômica do continente. Uma mãe poderá pedir aos filhos quais as oportunidades comerciais que podem existir nessa situação, para que a família obtenha algum ganho e as crianças caírem, nessa busca, nas mãos de traficantes e aportarem, assim, na prostituição infantil, exemplificou o bispo.

“Essa mãe estaria implicada, de forma passiva, no tráfico humano. Com essa situação temos que nos ater. Queremos alertar as pessoas: ‘A pobreza poderá levar vocês a essa situação. Fiquem atentas!’”

Igrejas sul-africanas estão tratando dessa questão em conjunto e com parceiros inter-religiosos, preparando-se para o grande evento futebolístico de 2010. Elas pretendem desenvolver um programa de alerta contra o tráfico de pessoas.

“A nossa dor na África do Sul deve ser a dor de todos os luteranos e as luteranas, assim como a nossa alegria com a Copa de 2010”, disse Ramashapa, dirigindo-se à comunidade luterana internacional. “Nós precisamos de apoio material e humano”, completou.

Fonte: ALC

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