O deputado federal e pastor Marco Feliciano (PL-SP) reafirmou, em mensagem enviada à coluna da jornalista Mônica Bérgamo, da Folha de S. Paulo, que a comunidade evangélica tem “muito receio” de um eventual governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e que o partido do ex-presidente é a “expressão viva do mal” no Brasil.

“Existem muitas formas de se fechar uma Igreja. Uma delas é calando os pastores ou obrigando religiosos a terem condutas anti bíblicas. A igreja fisicamente estará aberta, mas na prática estará fechada”, diz ele.

O parlamentar respondeu ao questionamento feito pela coluna de que o PT estuda acioná-lo na Justiça por fake news.

Nesta segunda-feira (15), a presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, afirmou que as declarações sobre suposto fechamento de igrejas são mentirosas.

“Lula governou esse país por oito anos. Quando é que fechou uma igreja, perseguiu evangélicos, um pastor?”, disse Gleisi Hoffmann. Ela lembrou ainda que Lula sancionou a lei da liberdade religiosa e a que criou o Dia Nacional da Marcha para Jesus.

Feliciano, que também é pastor evangélico da Assembleia de Deus Ministério Catedral do Avivamento, afirmou no domingo (14) à rádio CBN que “alertou” os fiéis de que uma suposta “perseguição” do pré-candidato à Presidência pelo PT poderia “culminar no fechamento de igrejas”.

“Se o PT quer me processar por expressar minha opinião e crenças, que processe! Nunca tive medo deles e sou eleito pelo povo de Deus justamente para combater o mal”, diz o pastor, que é um dos parlamentares mais próximos de Jair Bolsonaro.

O deputado segue: “Se, no passado, o governo do PT tentou quebrar as igrejas com interpretações absurdas feitas pela Receita Federal, vai me dizer que agora, que somos a principal base de sustentação social de Bolsonaro, vão deixar barato? Se existem três grupos que têm que se cuidar no Brasil com os comunistas são evangélicos, militares e policiais. Se o PT ganhar a barra irá pesar!”.

O Partido dos Trabalhadores está lançando uma ofensiva para desmentir rumores de que Lula fechará igrejas evangélicas no país. Nela, o partido lembra que ele sancionou a lei da liberdade religiosa, em 2003.

O ex-presidente sancionou também a lei que criou o Dia da Marcha para Jesus, em 2009, proposta pelo bispo e então senador Marcelo Crivella, da Igreja Universal do Reino de Deus.

Leia a íntegra da mensagem de Feliciano enviada à coluna:

“Minha cara Mônica

Registro aqui meu espanto pela imprensa sumariamente enquadrar minha opinião como fake news. Isso só mostra que a máquina da grande imprensa está a serviço da volta do ex-presidiário ao Planalto! Isso dito, reitero firmemente que não apenas eu, como grande parte da comunidade evangélica brasileira, tem muito receio de um governo encabeçado por Lula. Afirmei à CBN e reafirmo aqui que existem muitas formas de se fechar uma Igreja. Uma delas é calando os pastores ou obrigando religiosos a terem condutas antibíblicas. A igreja fisicamente estará aberta, mas na prática estará fechada!

Se o PT quer me processar por expressar minha opinião e crenças que processe! Nunca tive medo deles e sou eleito pelo povo de Deus justamente para combater o mal! E o PT é a expressão viva do mal neste país, quer seja por ter saqueado a nação, quer seja por ter quebrado o Brasil com Dilma, quer seja por defender tudo o que não presta: aborto, legalização das drogas, relativização do furto, erotização da infância.

E vão me dizer que é essa gente, que defende essa pauta, que irá aliviar para a Igreja Evangélica, que é contra tudo o que eles pensam? Se no passado o governo do PT tentou quebrar as igrejas com interpretações absurdas feitas pela Receita Federal, vai me dizer que agora, que somos a principal base de sustentação social de Bolsonaro, vão deixar barato? Se existem três grupos que têm que se cuidar no Brasil com os comunistas são evangélicos, militares e policiais. Se o PT ganhar a barra irá pesar!”

Fonte: Folha de S. Paulo

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