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Evangélicos discutem ações sociais em evento internacional em Bauru

O quarto congresso internacional que será realizado em Bauru pelo Conselho de Pastores Evangélicos tem como missão não apenas despertar os fiéis para atividades espirituais, mas também para o envolvimento com a sociedade. O assunto será discutido a partir de amanhã à noite, na Igreja Batista Bereana.

O evento contará com a presença do preletor Rony Chaves, da Costa Rica. “Ele é um dos mais requisitados do mundo inteiro. Já esteve em mais de 40 países. O que ele faz é chamar a atenção para a prática da igreja, que hoje tem relação com as transformações da sociedade”, comenta o presidente do conselho, Edson Valentim.

A idéia é mostrar aos 1.200 participantes do congresso que eles devem ser influentes não apenas entre a população carente, mas também junto a quem governa, acrescenta Valentim.

De acordo com ele, além de despertar o povo evangélico para uma ação mais direta e objetiva para a transformação da cidade para melhor, o congresso também tem como meta proporcionar maior unidade entre as igrejas evangélicas. Tem ainda como objetivo a adoração, mensagens e orações pela cidade e pela nação brasileira.

Para tanto, também estarão presentes ao evento os preletores Francisco Nicolau, Dawidh Alves e Hudson Medeiros, todos brasileiros. Os três se revezarão durante as pregações. O congresso começa amanhã às 19h30 e será encerrado apenas no domingo à noite. Como caravanas de diversas cidades do Estado de São Paulo participarão do evento, as inscrições são necessárias.

A Igreja Bereana comporta 1.200 pessoas. Mas os interessados podem inscrever-se até pouco antes do congresso, desde que haja vagas. Serão cobrados R$ 20,00 para custear as despesas com a vinda do preletor Rony Chaves.

Serviço

A Igreja Batista Bereana fica na rua Antonio Alves, 4-50, no Centro. Outras informações pelo telefone: (14) 3232-5159.

Fonte: Jornal da Cidade de Bauru

Cúpula Anglicana vai discutir homossexualidade na Igreja

O chefe da Igreja Anglicana, o arcebispo de Cantuária Rowan Williams (foto), anunciou que deverá ir aos Estados Unidos no segundo semestre para aplainar divergências sobre a forma como a instituição lida com a homossexualidade de seus pastores e fiéis – que atualmente motiva quase um cisma entre os anglicanos.

“As divergências sobre alguns temas, em particular a sexualidade, se tornaram profundas e ameaçam nos cindir” reconheceu o arcebispo nesta segunda-feira em visita ao Canadá, onde os anglicanos também discutem o reconhecimento da homossexualidade no seio da Igreja.

A opção por deixar a decisão a cada diocese se deve ou não celebrar uniões homossexuais também pode resultar em sanções.

O Sínodo anglicano já exigiu que a Igreja Episcopal pare de dar bênçãos a uniões homossexuais até 30 de setembro próximo, sob pena de expulsá-la da “comunhão internacional” anglicana.

A cúpula episcopal rejeitou o ultimato e solicitou um encontro com Williams.

O arcebispo afirmou que deve se encontrar com líderes da Igreja Episcopal, ramo americano da Igreja Anglicana, que vem celebrando casamentos entre pessoas do mesmo sexo e consagrou como bispo de New Hampshire o reverendo Gene Robinson, assumidamente homossexual.

Supremo americano aprova lei que proíbe o aborto tardio nos Estados Unidos

Os adversários do aborto conseguiram nesta quarta-feira uma vitória quando a Corte Suprema de Justiça dos Estados Unidos revalidou uma lei de 2003 que proíbe um método de aborto realizado em períodos avançados da gravidez.

O tribunal máximo de justiça do país manteve a lei que proíbe um procedimento de aborto – conhecido como “nascimento parcial” -, promulgada em 2003 pelo presidente George W. Bush.

“Alegra-me que a Corte Suprema tenha validado uma lei que proíbe esse procedimento”, disse Bush em uma declaração divulgada pela Casa Branca.

“A decisão judicial afirma que a Constituição não se opõe a que os representantes do povo aprovem leis que reflitam a compaixão e a humanidade dos EUA”, declarou.

O presidente americano destacou que “a decisão confirma o progresso feito nos últimos seis anos para proteger a dignidade humana e defender a santidade da vida”.

Com 5 votos a 4, os juízes do Supremo opinaram que a Lei de Proibição do Aborto por Nascimento Parcial não viola o direito constitucional de uma mulher fazer um aborto.

A cada ano acontecem mais de um milhão de abortos nos Estados Unidos, e quase 90% ocorre durante as primeiras 12 semanas de gestação.

A lei se refere ao procedimento médico conhecido como dilatação intacta e extração, que é feito em períodos mais avançados da gravidez.

Durante o procedimento o colo uterino é dilatado, mediante a inserção de dilatadores absorventes. Quando o colo do útero está suficientemente alargado, o feto é tirado pelos pés.

Em alguns casos é inserida uma agulha na base do crânio do feto para extrair fluidos, de modo que sua cabeça possa sair.

Os adversários do procedimento o chamam de “nascimento parcial” porque, argumentam, o feto ainda está vivo quando sai do útero.

O aborto em períodos mais avançados da gravidez é mais controvertido do que aquele realizado nas primeiras semanas, porque o feto está mais perto de seu pleno desenvolvimento e é mais viável que nos primeiros três meses da gestação.

O juiz Anthony Kennedy, que redigiu a decisão judicial da maioria dos magistrados, disse que quem se opõe à lei “não demonstra que ela seja inconstitucional em uma fração grande de casos relevantes”.

Os grupos que impugnaram a lei afirmam que o procedimento é às vezes o mais seguro para uma mulher.

Além disso, argumentaram que a lei poderia ser usada para proibir a maioria dos abortos depois da décima segunda semana de gravidez, embora os advogados do Governo tenham indicado que há outros procedimentos alternativos que continuam sendo legais.

Em 1973, a Corte Suprema de Justiça opinou que o Estado não tinha atribuições constitucionais para restringir o direito de uma mulher fazer um aborto.

A decisão de hoje marca a primeira vez desde então que o Supremo valida uma lei que proíbe um método específico de aborto.

O presidente do Conselho de Pesquisa da Família, Tony Perkins, assinalou que a decisão judicial “é uma vitória para uma medida de bom senso, apoiada por mais de 90% dos americanos que respaldam, cada vez mais, as proteções para as crianças não nascidas”.

Perkins descreveu o procedimento como “um ato violento e desumano que não é necessário do ponto de vista médico, segundo a Associação Médica dos Estados Unidos”.

No entanto, a resolução foi considerada como “um retrocesso para a saúde e a intimidade das mulheres” por Nancy Keenan, presidente da Pro-Choice America, uma organização que defende o direito de cada mulher decidir sobre sua gravidez.

“A porta ficou aberta para que políticos como George W. Bush interfiram ainda mais em nossas decisões médicas particulares”, indicou Keenan.

“O tribunal deu aos legisladores que se opõem à liberdade de opção o sinal verde para que lancem novos ataques contra o aborto legal e seguro, sem consideração alguma para a saúde das mulheres”, asseverou.

Fonte: EFE

John Travolta diz que sua crença na cientologia o mantém vivo

O ator John Travolta disse a um jornal irlandês que ele é uma estrela tão grande como foi Elvis Presley e Marilyn Monroe, mas diferentemente deles, ainda está vivo por causa da sua crença na cientologia.

“Tenho o mesmo nível de sucesso que uma Marilyn Monroe ou um Elvis, mas parte disso não foi por copiá-los, mas por seguir as minhas crenças. As pessoas fazem julgamentos sobre a cientologia, mas muitas não sabem sobre o que falam”, disse o ator, que ainda deu conselhos para quem pretende conhecer a religião.

“Eu aconselharia às pessoas que querem conhecer mais sobre essa crença a lerem primeiro sobre a religião. Nós, a igreja da cientologia, só estamos crescendo para poder ajudar cada vez mais as pessoas do mundo todo, principalmente as que passaram por desastres climáticos ou que tiveram problemas com drogas.”

Fonte: Rádio Grande FM

Padres e bombeiros são os profissionais mais felizes, segundo enquete

As profissões centradas em ajudar ao próximo trazem mais satisfação e felicidade, segundo uma nova pesquisa, que coloca os padres e os bombeiros como os trabalhadores mais satisfeitos dos Estados Unidos.

No total, 47% dos entrevistados (que totalizavam mais de 200 profissões) disseram se sentir “muito satisfeitos” com seu trabalho, enquanto 33% asseguraram sentir-se “muito felizes” a esse respeito, segundo o estudo do Centro de Pesquisa da Opinião Nacional da Universidade de Chicago.

As três profissões mais satisfatórias são as de padre (87% disseram sentir-se muito satisfeitos); bombeiro (80%), e fisioterapeuta (78%).

Outros trabalhos nos quais 60% ou mais dos interrogados se declararam “muito satisfeitos” são administradores educativos; pintores e escultores; professores; escritores, psicólogos e professores de educação especial.

“Os trabalhos mais satisfatórios são os que incluem cuidar, ensinar ou proteger o próximo”, assinalou Tom W. Smith, diretor da pesquisa.

O estudo, que conta com o apoio da Fundação Nacional das Ciências é, segundo seus autores, o mais amplo já dedicado a explorar a satisfação no trabalho dos empregados americanos.

No fim da lista, se encontram as ocupações manuais e que requerem pouca qualificação, especialmente aquelas que incluem atendimento ao cliente e preparação de alimentos e bebidas.

Apenas uma de cada quatro pessoas que trabalham consertando telhados se sente satisfeita em seu trabalho. Outros empregos pouco satisfatórios são os de garçom; vendedor de lojas de roupa; açougueiro e vendedor de móveis.

Na pesquisa referente à felicidade, a lista novamente é encabeçada pelos padres, seguidos pelos bombeiros.

Outros empregados felizes são os arquitetos; professores de educação especial; atores e diretores; engenheiros industriais e pilotos.

Pesquisas anteriores já haviam demonstrado que o prestígio aumenta a satisfação no trabalho.

No entanto, trabalhadores cujas profissões são bem-vistas pela sociedade, como médicos e advogados, não se encontram no topo das listas de satisfação ou felicidade, algo que, segundo Smith, se explica pela enorme carga de responsabilidade e estresse acarretadas por estas ocupações.

Fonte: EFE

Homem que se dizia evangélico causa imprevisto em missa de Nair Bello

A missa de corpo presente da atriz Nair Bello, realizada por volta das 10h30 desta quarta-feira, pelo padre Antônio Maria, teve um imprevisto.
Um homem que se dizia da igreja Assembléia de Deus começou a cantar músicas religiosas e pregar a palavra de Deus com uma bíblia nas mãos.

O homem, chamado Orlando Torres, começou a se manifestar logo após o padre Antônio Maria encerrar a missa. José Bello, filho da atriz, falou educadamente com o homem e pediu que ele se retirasse. Orlando Torres, então, deixou o local.

Fonte: Terra

Garoto cristão escapa de seqüestradores muçulmanos na Nigéria

Victor Udo Usen, um garoto cristão de 13 anos – seqüestrado em novembro do ano passado por muçulmanos que pretendiam convertê-lo ao islamismo –, conseguiu fugir do cativeiro no dia 6 de março e voltou para junto de sua família.

Ele conseguiu chegar até a loja de sua mãe em Mabera, na região de Sokoto.

A mãe de Victor, Esther Udo Usen, que se mudou de sua cidade natal, Uyo, Estado de Akwa, ao sul da Nigéria, disse ao Compass por telefone que estava em sua loja quando o filho chegou. “Ele me disse que havia fugido e eu tive que contatar o pai imediatamente”, conta ela.

“Nós achamos que entrar em contato com o bispo de Sokoto, Kevin Aje, para avisar da fuga poderia atrasar a saída dele de Sokoto, então conseguimos levá-lo rapidamente para fora da cidade com a ajuda de um amigo da família”.

Esther disse que a fuga do filho foi um milagre. Ela conta que o adolescente estava recebendo aconselhamento pastoral em Uvo, aprendendo lições da Bíblia e que ela e o marido estudavam a “possibilidade de matriculá-lo em uma escola daqui”.

O pai de Victor, Udo Usen, está agradecido a Deus pela fuga. Segundo ele, os agentes de segurança locais não podiam ajudar a família no resgate. Ele conta que informou à polícia e aos agentes de segurança sobre o desaparecimento do garoto, mas diz que eles não se empenharam nas buscas, uma vez que o Estado é proeminentemente muçulmano.

Agradecimento pelas orações

“Fiquei muito feliz por meu filho ter voltado para casa”, disse Usen, que é membro de uma igreja cristã apostólica em Sokoto. “Tive que tirá-lo da cidade porque acreditamos que os muçulmanos tentarão capturá-lo novamente, assim como fizeram quando ele tentou de uma outra vez escapar deles”.

No dia 20 de fevereiro, Esther soube por uma jovem cristã que Victor havia sido localizado na casa de um vizinho muçulmano. Ela disse ao Compas que correu até o local e o encontrou. O menino chegou até a pegar nas mãos da mãe e lutou bastante com os seqüestradores antes de ser arrancado de perto dela.

Ela ouviu gritos de “Allahu Akbar” (Deus é o maior) e imediatamente uma multidão de muçulmanos agarrou o adolescente à força e o levou para longe da mãe. Eles disseram que agora o garoto era um novo muçulmano e que ela e o marido não eram mais seus pais.

Este seqüestro e a conversão forçada do garoto é apenas um caso dentre tantos outros que estão ocorrendo no Estado de Sokoto, segundo os clérigos que trabalham na região (leia mais).

“Agradeço a todos os irmãos e irmãs que estiveram em oração por minha família enquanto meu filho esteve com esses muçulmanos”, disse Udo Usen, pai de Victor.

Fonte: Portas Abertas

“Só Deus sabe sobre meu futuro”, diz Kaká

O meio-campista do Milan, o evangélico Kaká, voltou a falar sobre o interesse do Real Madrid em contratá-lo. No entanto, desta vez, o brasileiro não negou a possível transferência e disse que “só Deus sabe o futuro”, segundo informações do diário Marca.

“Só Deus sabe sobre meu futuro. Não gosto de falar sobre essas coisas e prefiro estar focado no Milan, mas quando me perguntam sobre meu futuro gosto de dizer que só Deus pode avaliar isso”, disse o jogador.

No entanto, o jogador voltou a afirmar que gosta do Milan e que está feliz no clube italiano.

“Só sei que posso dizer que estou muito feliz aqui no Milan”, completou Kaká.

Fonte: Terra

Comunidade cristã recebe ameaça de grupo extremista no Iraque

“Deixem a cruz ou queimaremos as suas igrejas”. A ameaça foi feita contra as igrejas caldéias de São Pedro e São Paulo, localizadas em um bairro antigo cristão de Bagdá, de nome Dora.

Fontes locais disseram que as ameaças vêm de um grupo islâmico desconhecido que está disseminando o terrorismo na capital. Os websites árabes Ankawa.com e Aina informam sobre uma campanha de perseguição na região. Até em Mosul, fortaleza sunita, a presença cristã está sob ameaça.

Shlemon Warduni, bispo auxiliar caldeu de Bagdá, disse ao Asia News que “nos últimos dois meses muitas igrejas têm sido forçadas a retirar a cruz de suas cúpulas”. No caso da igreja assíria de São Jorge, muçulmanos extremistas fizeram o serviço com as próprias mãos. Eles escalaram o telhado e destruíram a cruz. Na igreja caldéia de São João, em Dora, que está sem pastor há meses, os próprios membros decidiram retirar a cruz em caso de segurança para evitar que ações extremas como esta se repitam.

As mesmas ameaças chegaram a igrejas mais distantes como a de São Pedro e a de São Paulo, que ainda resistem à intimidação. A cruz não foi retirada e as ameaças prosseguem. “O povo iraquiano está cansado. Nós estamos sofrendo à distância e a situação está se tornando insustentável, orem para que Deus nos dê paz”, disse o bispo Shlemon. Os cristãos, assim como os muçulmanos, desejam reconstruir o Iraque, mas não querem ser forçados a deixar a região onde nasceram “e onde estão as suas vidas”.

Um grupo de ativistas islâmicos em Dora deu um ultimato à comunidade cristã: “Convertam-se ao islã ou morram.” Além disso, relatos dão conta de que eles emitiram uma fatwa (pronunciamento legal) proibindo que os cristãos usem roupas com a imagem da cruz e que façam gestos religiosos. Eles também autorizaram o confisco de mercadorias e propriedades que pertençam a famílias cristãs que se sentem forçadas a deixar as suas casas no curto prazo por uma questão de segurança.

As preocupações da comunidade cristã de Bagdá aumentaram ainda mais diante da decisão do exército norte-americano de ocupar o Instituto de Ensino Superior de Babel, de propriedade da igreja caldéia, onde há a única faculdade de teologia do país. Sua antiga biblioteca está repleta de manuscritos raros. Por causa da insegurança crescente e do rapto de religiosos, a faculdade foi transferida em janeiro para Ankawa, no Curdistão e o prédio acabou vazio. O exército americano está usando o prédio como posto de observação por causa de sua localização estratégica, no interior de um enclave sunita e na frente de um distrito xiita. Líderes da igreja local discutem o caso com autoridades militares e aparentemente receberam a promessa de que o prédio será desocupado pelo exército nas próximas semanas.

Fonte: Portas Abertas

Em dois anos, Bento 16 deixa marca como ‘doutrinador e individualista’

Um pontificado centrado na palavra, na doutrinação, com importantes doses de conservadorismo. É assim que vaticanistas ouvidos pela BBC Brasil classificam os dois anos que o papa Bento 16 completa hoje à frente do comando da Igreja Católica.

“Diferentemente de João Paulo 2º, o papa Bento 16 não está interessado em grandes anúncios, gestos ou fatos”, disse o especialista em assuntos do Vaticano Sandro Magíster.

“É um papa que não faz praticamente nada além de ensinar e celebrar. Sua preocupação está focalizada nas grandes mensagens, na liturgia, nas homilias, na celebração das missas.”

Magíster observa, no entanto, um forte sinal de continuidade com relação ao papado anterior, encerrado com a morte de João Paulo 2º, no início de abril de 2005 – Bento 16 completa dois anos de papado nesta quinta-feira, dia 19.

Na comparação com uma obra literária, de acordo com ele, “João Paulo 2º definiu os títulos. Agora, com seu estilo, o teólogo Joseph Ratzinger está escrevendo o texto”.

Individualismo e Conservadorismo

Bruno Bartoloni, especialista em religião do jornal “Corriere della Sera”, concorda. Mas diz que Bento 16 adotou uma linha mais individualista em comparação a seu antecessor.

“Ele é um intelectual que trabalha e toma muitas decisões sozinho. Ao contrário de João Paulo 2º, nem sempre escuta seus colaboradores, o que poderia evitar incidentes, como o ocorrido no ano passado quando ele foi acusado de ofender os muçulmanos”, afirma Bartoloni.

“Decisões como a de recuperar o latim como língua sagrada do catolicismo e a missa tridentina de Pio 5º (em que os padres ficam virados para o altar e de costas para os fiéis) são um pouco constrangedoras. Assim como estão sendo anunciadas, sem maiores especificações, João Paulo 2º não faria”.

Com a punição, no mês passado, do líder da Teologia da Libertação Jon Sobrino, e a divulgação da Exortação Apostólica sobre Eucaristia, muitos disseram que Bento 16 estaria trazendo de volta o conservadorismo conhecido do período em que era prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o antigo Santo Ofício.

Por conta da sua defesa da família tradicional e do celibato para os padres, de ter chamado o segundo casamento de praga e por condenar a eutanásia, o aborto, o uso da camisinha e a união entre homossexuais, o jornal italiano “Il Manifesto” disse que “Bento 16 estava apagando meio século de história”.

O papa foi criticado por caminhar contra a modernidade e o avanço da sociedade.

“Às vezes, tenho a impressão de que o papa é um chefe quase sem tropa”, disse o escritor católico Vittorio Mesori em uma entrevista ao jornal “La Stampa”, numa referência aos católicos que, em privado, não obedecem às normas morais da igreja. “Até vão à missa, mas não seguem as diretivas sobre ética sexual”.

Estilo de Bento 16

Ignazio Ingrao, vaticanista da revista “Panorama”, diz que o pontificado de Bento 16 ainda está em construção, um governo que, lentamente, vai mostrando sua cara.

“Estava errado quem afirmou que Ratzinger comandava a Igreja Católica nos anos que antecederam a morte de João Paulo 2º”, afirma Ingrao.

“O papa polonês tinha seu grupo com funções muito determinadas. Ratzinger era mais um. Prova disto é que, em dois anos, ele mudou o governo do Vaticano, afastando todos os colaboradores mais fiéis de seu antecessor.”

Segundo Magíster, o papa inovou na nomeação da Cúria romana ao deixar de promover quem já trabalhava no Vaticano.

“Este é um indicativo do estilo que ele quer governar a igreja, com a colaboração de algumas personalidades do episcopado mundial.

Entre eles, destaque para os cardeais dom Cláudio Hummes, prefeito da Congregação para o Clero, e Ivan Diaz, prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, que participaram do conclave como papáveis e são figuras de primeira linha no mundo da igreja”, assinala.

“Classificá-los como progressistas ou conservadores não seria correto. Foram escolhidos devido ao trabalho que desempenharam em questões importantes e verdadeiras para o catolicismo.”

Fonte: BBC Brasil

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