
O Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP) protocolou uma representação no Ministério Público Federal contra o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD). No documento, a instituição alega tratamento desigual das religiões nas celebrações de fim de ano.
O texto destaca que a Prefeitura do Rio de Janeiro favoreceu as religiões evangélicas ao oferecer apoio financeiro. Além disso, montou um palco exclusivo para cantores gospel no Leme, zona sul da cidade, com participação de alguns artistas, como Midian Lima, Fernanda Brum e Thalles Roberto.
“Fica evidente a disparidade no tratamento das religiões pela Prefeitura do Rio de Janeiro. Enquanto os cantores gospel recebem apoio financeiro e um palco exclusivo no Leme, apenas um grupo de músicas de matriz africana se apresentou no palco de Realengo, entre mais de 74 apresentações nos 10 palcos espalhados pela cidade”, diz a representação.
A denúncia reforça que essa situação evidencia um tratamento desigual por parte da administração municipal, que privilegia algumas tradições em detrimento de outras. Em contrapartida, ao divulgar as apresentações gospel, o prefeito Eduardo Paes justificou a ação, afirmando que ela reflete a diversidade da cidade.
Ele argumentou que a presença de cantores e pastores seria uma forma de abençoar o novo ano. Paes ressaltou ainda que o Rio é uma cidade para todos e que a fé é uma questão pessoal.
Fonte: Comunhão