Televisão e um controle remoto
Televisão e um controle remoto

O Projeto de Lei de Mídia do governo do Reino Unido, publicado no fim de março, tem sido motivo de preocupação para os ingleses, já que pode limitar de forma considerável o conteúdo especificamente cristão.

As redes de TV definidas como “emissoras de serviço público”, entre elas a BBC, que forneciam uma programação bem diversificada — incluindo educação, esportes, questões sociais e religião — poderá ser substituídas por “uma quantidade suficiente de conteúdo audiovisual”.

Esse conteúdo que será estipulado pelo governo vai se limitar a “temas que reflitam as vidas e as preocupações de diferentes comunidades e interesses culturais e tradições dentro do Reino Unido”.

O Projeto de Lei é resultante do “Livro Branco Sobre o Próximo: A visão do Governo para o setor de radiodifusão”, que legisla sobre como o mandato do serviço público deve ser cumprido para atender às necessidades e satisfazer os interesses do maior número possível de públicos.

Conforme a Church Times, o conteúdo deverá “ser apropriado para facilitar a compreensão cívica e o debate justo e bem informado sobre notícias e assuntos atuais nas diferentes partes do Reino Unido e de todo o mundo”.

‘Programação religiosa não será protegida’

“Isso significa que o público pode acessar e aproveitar mais facilmente o conteúdo de origem britânica de alta qualidade e permitir que esse conteúdo projete os valores britânicos globalmente”, defendeu o Livro Branco.

O Sandford St Martin Trust, que concede prêmios anuais para os melhores programas sobre religião e ética e espiritualidade desde 1978, acolheu movimentos para modernizar a atual legislação de radiodifusão. Mas alertou que o projeto de lei “não protegeria ou garantiria o futuro do conteúdo básico das emissoras de serviço público como programação religiosa e ética”.

Para os críticos, esse é um claro sinal de que “ventos contrários enfrentados por nossas emissoras de rádio e televisão estão se intensificando”. A competição está aumentando, os hábitos do público e a tecnologia estão mudando constantemente e os gigantes globais estão fazendo sua presença ser sentida.

“Quem fará a avaliação e quais medidas eles usarão para garantir que o público receba o conteúdo que merece?, questionou Tony Stoller, escritor que defende o direito à liberdade de expressão e religião.

E o Sandford St Martin Trust disse que “ignorar a religião é deixar um buraco no coração do serviço público de radiodifusão”.

Fonte: Guia-me com informações de Church Times

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