Taiwan pediu ao Vaticano que não sacrifique seus princípios de controlar a nomeação dos bispos e exigir “liberdade religiosa” para estabelecer laços com a China.

O porta-voz do Ministério de Exteriores de Taiwan, David C.E.

Wang, afirmou que a exigência chinesa de que o Vaticano rompa suas relações oficiais com Taiwan “é um sinal de que Pequim não é sincero sobre respeitar a liberdade religiosa de milhões de chineses para participar do culto”.

Wang concedeu uma entrevista coletiva em Taipé em reação ao anúncio da criação, no Vaticano, de um comitê de assuntos chineses.

Segundo o porta-voz, Taiwan compreende que a Santa Sé procure um acordo com a China “para melhorar a situação dos milhões de católicos nesse país”, mas também pede que os interesses taiuaneses não sejam sacrificados.

A exigência chinesa de controlar a nomeação de bispos e a falta de liberdade religiosa no país são os principais obstáculos para a aproximação entre Pequim e a Cidade do Vaticano.

No comunicado da Santa Sé sobre suas futuras relações com Pequim, divulgado no sábado, “é reafirmado o direito vaticano de nomear bispos e a exigência de liberdade religiosa”, apontou Wang.

Os 15 milhões de católicos chineses só podem participar de atos religiosos públicos da Igreja Patriótica, autorizada pelo Estado, e que faz a ordenação de seus próprios sacerdotes e bispos.

O Vaticano é um dos principais aliados diplomáticos de Taiwan, e a ruptura dos laços entre Taipé e a Cidade do Vaticano teria um efeito negativo nos laços da ilha com países católicos.

A maioria dos aliados taiuaneses está localizada na América Latina, na África e no Pacífico Sul.

Fonte: EFE

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