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Polêmica sobre exposição em NY acusada de anti-semitismo

Um pequeno pônei rosa de plástico com uma suástica desenhada nas ancas, apresentado em Nova York como parte de uma exposição organizada pelo Instituto Cultural Romeno (ICR), foi motivo nesta quinta-feira de um debate apaixonado na Romênia.

“Todos têm direito de exercer a liberdade de expressão, mas quando se trata de usar o dinheiro do Estado, deve-se fazê-lo com responsabilidade”, afirmou o ex-presidente Ion Iliescu, citado pela imprensa, evocando objetos “com o mal cheiro fascista, anti-semita”.

A polêmica em torno da exposição Freedom for Lazy People foi aberta por um jornal da diáspora romena de Nova York, que qualificou os objetos expostos de “anti-semitas” e “pornográficos”.

“Trata-se de uma mistificação”, replicou o presidente do ICR, Horia Roman Patapievici, durante entrevista à imprensa.

Segundo ele, a suástica nas ancas do pônei é uma “representação irônica” não podendo ser considerada uma forma de propaganda nazista.

A exposição custou 8.000 euros e estará aberta até 15 de agosto.

Fonte: AFP

Polícia do Nepal detém 500 tibetanos que rezavam

Mais de 500 tibetanos foram detidos hoje em Katmandu durante a realização de uma oração coletiva, embora a Polícia tenha alegado que os retidos “fizeram outras coisas, como, por exemplo, se manifestar”.

“No total, 513 pessoas foram detidas”, disse à Agência Efe o superintendente de Polícia nepalês, Sarbendra Khanal.

As detenções foram feitas na véspera da abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim.

Enquanto ativistas tibetanos asseguraram que os agentes os espancaram com paus de bambu usados pelas forças de segurança no Sul da Ásia, Khanal destacou que os tibetanos “foram convidados” a se retirar do local.

Na congregação, dois mil pessoas usavam camisetas nas quais se lia “Longa Vida ao dalai lama”, assim como slogans que pediam que a religião budista do Tibete fosse protegida.

Ao início do encontro de fiéis, a Polícia rasgou uma fotografia do dalai lama e uma lista de pedidos dos ativistas, já que “isto é considerado antichinês”, ressaltou Khanal.

Embora a Polícia tenha detido centenas de tibetanos desde março, quando começaram os protestos contra a realização dos Jogos Olímpicos em Pequim, esta é a primeira vez que as detenções não ocorrem em uma manifestação perante a embaixada chinesa ou os escritórios da ONU, mas em uma concentração religiosa.

Khanal acrescentou que é possível que os detidos não sejam libertados ao longo do dia, apesar de as forças de segurança do Nepal terem liberado, durante estes meses, aos manifestantes horas após sua detenção.

O Nepal, que quer privilegiar as relações com a China, reprime todas as manifestações tibetanas no país.

Fonte: EFE

Feira de artigos religiosos tem vela eletrônica e auto-ajuda para padres

Os padres que costumam sair de carro depois da missa podem ficar tranqüilos. Para não serem pegos no teste do bafômetro, eles agora têm a opção de beber vinho sem álcool durante as celebrações.

O vinho canônico que não embriaga foi um dos produtos apresentados ontem na abertura da ExpoCatólica, uma feira de negócios que a cada dois anos reúne em São Paulo as principais novidades do mundo religioso.

Para provar que realmente não contém álcool, o distribuidor deixou um bafômetro à disposição dos padres e das freiras que visitam o evento. No folheto de divulgação, lê-se que o vinho tem um sabor “encorpado e rascante”.

Nessa feira, religiosos e fiéis encontram terços, medalhas, santinhos, cálices, bancos de igreja, sinos, vitrais, incensos e Bíblias de todos os tipos e preços.

Nas editoras, o destaque são os livros de auto-ajuda que ensinam os padres a perder o medo de falar em público e a desenvolver o espírito de liderança.

No estande de imagens sacras, uma senhora procurava um Cristo crucificado bem particular. “Ele é em tamanho natural? Tem os olhos abertos e o pé direito na frente do esquerdo?”, especificou.

Ao lado, no espaço das batinas, um padre passava os olhos pelos cabides. “Procuro algo no estilo clássico, mas que não seja de poliéster. De algodão ou seda é mais agradável”, explicou.

Para as procissões, a novidade é a vela eletrônica. Em vez de uma chama, ela tem uma lâmpada na ponta e funciona com pilhas. A mesma tecnologia está nos velários das igrejas, que são acionados pelas moedas dos fiéis.

Até a água benta entrou na era digital. Para molhar a mão, basta passá-la embaixo do sensor de uma máquina que libera duas gotinhas de cada vez. “É mais higiênico”, explica o divulgador.

Descalço e com a túnica típica dos franciscanos, o irmão Agostinho admirava um ostensório (peça usada para expor a hóstia) com detalhes em ouro. O preço: R$ 4.000. “Veja a beleza, o acabamento, a sacralidade. Maravilhoso!”, exclamou.

Ele, porém, queixou-se do espírito excessivamente comercial da feira. “Acho que as pessoas poderiam estar menos preocupadas com o negócio que vão fechar e mais com o coração de quem vai comprar. Poderiam falar mais de Jesus Cristo. Afinal de contas, é ele o dono disto tudo aqui.”

Montada no Expo Center Norte, a ExpoCatólica será restrita hoje aos profissionais do setor, mas estará aberta para o público em geral amanhã e no domingo. Para entrar, será preciso pagar R$ 5 ou levar 1 kg de alimento.

Fonte: Folha de São Paulo

Le Monde: A Conferência Internacional sobre a Aids insiste no papel primordial da prevenção

Redobrar os esforços em favor da prevenção e lutar contra as discriminações que vêm alimentando a epidemia. Estas metas despontam como as duas temáticas mais fortes da 17ª Conferência internacional sobre a Aids, que iniciou suas atividades no domingo (3) na Cidade do México.

No decorrer dos inúmeros discursos e apresentações que foram pronunciados por ocasião da cerimônia inaugural – que se revelou extensa demais -, este duplo objetivo foi abordado de maneira recorrente.

Os mais recentes números disponíveis a respeito da situação da pandemia provocada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), que foram publicados duas semanas atrás, e que mostram que a quantidade de novos casos de infecção e de óbitos em 2007 havia ligeiramente diminuído nestes dois planos, poderiam contribuir para tranqüilizar falsamente as populações. “O fim da Aids está muito longe de despontar no horizonte”, alertou Peter Piot, o diretor executivo do Unaids, o Programa Comum das Nações Unidas de Luta contra a Aids. “Todo dia, surgem mais e mais pessoas recém infectadas, e o seu número é cerca de três vezes superior ao dos pacientes que passam a contar com um tratamento antiretroviral”.

Daí a preocupação que foi manifestada pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon: “Em sua maioria, os países ainda têm um extenso caminho pela frente, se quiserem atingir o objetivo de médio prazo que eles mesmos definiram já faz dois anos, por ocasião da Assembléia Geral das Nações Unidas. Ou seja, o objetivo de se alcançar o acesso universal aos meios de prevenção, de tratamento, de atendimento médico e de apoio contra o HIV até 2010. Em conseqüência disso, eles enfrentarão grandes dificuldades para atingirem o objetivo do Milênio e para o desenvolvimento, que consiste em debelar e em reverter a propagação da Aids daqui até 2015”.

Os esforços de pesquisa ampliaram o número de medicamentos anti-HIV disponíveis. Mas, acima de tudo, foram os esforços empenhados no sentido de se alterar as condições e as chances de acesso aos tratamentos dos doentes nos países pobres que permitiram alcançar, ainda que com dois anos de atraso, a meta de 3 milhões de pessoas beneficiando de tratamentos antiretrovirais nesses países.

Chamando a atenção para a importância de se desenvolver uma “prevenção combinada”, Peter Piot sublinhou que esta meta “requer os mesmos níveis de paixão e de militância do que as motivações que haviam resultado no sucesso do movimento em favor do acesso aos tratamentos”. Num contexto marcado pelos recentes fracassos dos testes de uma vacina preventiva, assim como dos nove testes que foram conduzidos com microbicidas, esta prevenção combinada visa a associar diferentes modalidades (uso de preservativos, redução do número de parceiros, circuncisão…).

Durante a sessão plenária que foi realizada na segunda-feira, o antigo ministro mexicano da saúde, Jaime Sepulveda, que trabalha atualmente a serviço da Fundação Bill e Melinda Gates, insistiu na importância de se desenvolver novos estudos científicos destinados a uma melhor avaliação dos diferentes tipos de prevenção: “Nós temos uma idéia bastante consolidada a respeito dos tipos de tratamento que são necessários, e em relação a quais pacientes eles se destinam. Mas este não é o caso no que diz respeito à prevenção”.

A luta contra a discriminação é o corolário da prevenção. Conforme explicou Ban Ki-moon, “nos países onde não existem leis para proteger as prostitutas, os usuários de drogas e os homens que se dedicam a práticas homossexuais, apenas uma pequena parcela da população tem acesso à prevenção”, ao contrário dos países que oferecem a essas minorias uma proteção legal. O secretário-geral das Nações Unidas acrescentou: “O fato de não proteger esses grupos não é apenas contrário à ética, como isso tampouco faz sentido de um ponto de vista sanitário”.

O presidente mexicano, Felipe Calderón, mostrou estar em sintonia com essas concepções, lembrando que é preciso “enfrentar não apenas o vírus responsável por esta terrível doença, como também os mitos, a homofobia, os preconceitos, a discriminação, todos os quais provocam tantos prejuízos sociais quanto o próprio vírus”.

Daqui até o encerramento da conferência, na sexta-feira (8) os congressistas vão ouvir comunicações dedicadas tanto aos estudos sobre os medicamentos, as vacinas ou ao gel microbicida, quanto às pesquisas sobre o vírus e os mecanismos da infecção.

Números

Prevalência – O Unaids estimou em 33 milhões o número de pessoas que conviveram com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) no mundo em 2007, das quais 67% vivem na África subsaariana.

Novos casos de infecção – De 3 milhões em 2001, o número de pessoas que contraíram o HIV no decorrer de um mesmo ano passou para 2,7 milhões em 2007.

Óbitos – O Unaids recenseou 2,2 milhões de casos de morte em decorrência da Aids em 2007, dos quais 72% foram registrados na África subsaariana.

Tratamentos – Em 2007, 1 milhão de doentes da Aids que vivem nos países nos países de renda reduzida ou de nível econômico intermediário, tiveram acesso a medicamentos anti-HIV. Isso aumentou para 3 milhões o número total de pessoas desses países que recebem tratamentos antiretrovirais.

Fonte: Le Monde

Magno Malta denuncia ameaça de seqüestro. Senado solicitará ao Ministério da Justiça providências quanto às ameaças

O senador Magno Malta (PR-ES) denunciou nesta terça-feira (5) ameaças de seqüestro feitas contra ele supostamente pelo traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, atualmente preso na superintendência da Polícia Federal em Campo Grande (MS).

Em entrevista coletiva, o senador apresentou à imprensa um informante – encapuzado – que detalhou as denúncias.

Magno
Malta explicou que se trata do mesmo informante que auxiliou os trabalhos da CPI do Narcotráfico, que ele presidiu na Câmara dos Deputados em 1999 e 2000. De acordo com o senador, todas as informações por ele repassadas à época foram confirmadas.

O informante relatou que a ameaça de seqüestro partiu da irmã de Fernandinho Beira-Mar, Alessandra. Pretendendo enviar um recado a um deputado que tentava localizar uma moça paraibana que viveria com um dos traficantes da quadrilha de Beira-Mar, ela teria revelado a existência de um plano para o seqüestro de deputados, senadores, juízes ou familiares dessas autoridades para facilitar a fuga de Beira-Mar da prisão. Um dos alvos seria o senador Magno Malta ou uma de suas filhas.

– Ela disse que ele está aparecendo muito na televisão, já apareceu muito na época da CPI do Narcotráfico. ‘Ele sabe que ele deve pra gente. Então, a gente quer a cabeça ou dele ou da filha dele’ – relatou o informante, referindo-se ao que teria dito a irmã de Beira-Mar.

O traficante Fernandinho Beira-Mar e outros presidiários como o colombiano Juan Carlos Abadía foram transferidos das instituições em que estavam presos na segunda-feira (4) pela Polícia Federal depois que o plano foi descoberto.

Presente durante a entrevista, o senador Romeu Tuma (PTB-SP), vice-presidente da CPI da Pedofilia, explicou que os seqüestros das autoridades serviriam para desviar a atenção da polícia enquanto a fuga ocorria, ou para o uso dos reféns como moeda de troca.

Magno
Malta disse ainda que as ameaças contra ele e sua família já vêm sendo investigadas há quase um mês, pois outro informante, um presidiário, teria feito chegar a ele a informação de que seria seqüestrada a filha de uma “figura do Senado”. Inicialmente supôs-se tratar-se da filha de seu chefe de gabinete, mas depois verificou-se que a ameaça era diretamente contra o senador.

Para Magno Malta, tais ameaças são uma tentativa de impedir as investigações da CPI. Ele disse que há indícios de ligações entre as redes de narcotráfico e as redes de pedofilia. Levar a denúncia a público, com a presença do próprio denunciante, visa, segundo ele, “melar” o plano dos criminosos.

– Isso não vai intimidar a CPI. Nós vamos continuar, não vamos nos calar. Pelo contrário, nós vamos fundo. Temo pelas minhas filhas, mas sei que quem guarda minha família é Deus. A causa é justa – sustentou o parlamentar.

O presidente da comissão informou que ele e sua família já estão sob proteção da Polícia Federal.

Senado solicitará ao Ministério da Justiça providências quanto às ameaças feitas a Magno Malta

O presidente do Senado, Garibaldi Alves, afirmou em Plenário que solicitará ao Ministério da Justiça providências com relação às denúncias levadas a público pelo senador Magno Malta (PR-ES) de que ele e sua família estariam sendo ameaçados de seqüestro pelo presidiário Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar. A intervenção do Ministério da Justiça foi uma sugestão do senador Tião Viana (PT-AC).

Pouco antes, o senador Magno Malta havia informado ao Plenário que a Polícia Militar do Espírito Santo já está dando proteção à sua família.

Na terça-feira (5), o senador apresentou à imprensa informante – com o rosto oculto por um capuz – que confirmou a denúncia, dizendo que a informação teria partido da própria irmã de Beira-Mar.

Fonte: Agência Senado

Igreja e Justiça Eleitoral lançam nova cartilha de educação política

Nesta terça-feira, a Arquidiocese de Maceió lançou a quinta edição da “cartilha de educação política”, com o apoio do Tribunal Regional Eleitoral (TER-AL).

A campanha educativa tem como objetivo combater a compra de votos e outras formas de corrupção eleitoral, através da conscientização dos eleitores sobre o tema.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Associação de Magistrados e outras entidades representativas da sociedade civil organizada também participam da mobilização.

Fonte: Último Segundo

Mortos sob tortura mais que duplicaram no Egito em 2007, diz ONG

Quatorze pessoas morreram sob tortura no Egito em 2007 enquanto estavam sob custódia policial – mais do que o dobro do número verificado em 2006, quando seis pessoas teriam morrido nessas condições, segundo a mais importante organização de defesa dos direitos humanos no país.

Em seu relatório anual, publicado nesta quarta-feira, a Egyptian Organization for Human Rights (EOHR) afirma ter monitorado 40 casos de tortura ocorridos em delegacias do país no ano passado, dez incidências a mais do que em 2006.

“Os números mostram que a tortura é um método comum e sistemático nas prisões egípcias”, afirmou à BBC Brasil Hafez Abu Seada, secretário-geral da EOHR.

“E o mais alarmante é que as vítimas do abuso são gente simples, do povo, que formam a maior fatia da população”, afirmou.

“Os casos de morte sob tortura aconteceram por crimes pequenos, corriqueiros, que não foram politicamente motivados, e as vítimas não são parte de alguma minoria perseguida.”

“Os três métodos mais comuns de tortura no país são choques elétricos, espancamentos e afogamentos. Obviamente alguns têm condições físicas melhores e podem agüentar sessões de tortura. Outros não.”

Procurados pela reportagem da BBC Brasil, vários integrantes do governo egípcio preferiram não comentar o assunto, alguns alegando não terem tido ainda examinado o relatório.

No entanto, no passado, autoridades egípcias negaram que a tortura seja uma prática comum no país e disseram que ocorrências são investigadas e os culpados, processados.

Liberdade de expressão

Além dos casos de tortura, o relatório do EOHR aponta violações contra vozes críticas ao governo na imprensa.

“Sentimos que existe um movimento do governo para silenciar a oposição, a liberdade de expressão e a imprensa como um todo, mesmo contra blogs e ativistas na internet”, diz ele.

Seada cita os casos de quatro editores-chefes de jornais que foram sentenciados a um ano de prisão cada por terem escrito artigos contrários ao presidente Hosni Mubarak.

“Todos eles criticaram o governo em artigos, falaram de corrupção, violação dos direitos humanos e reformas constitucionais. O governo se recusa a ouvir essas vozes e os coloca na cadeia”, disse.

Embora não disponha de estatísticas consolidadas referentes ao ano de 2008, Saeda diz acreditar que o relatório que deve ser publicado no ano que vem mostrará uma realidade bastante pior do que a de 2007.

“Em 2008, aconteceram vários protestos e greves motivadas por condições econômicas, e a forma como a polícia lidou com eles foi muito violenta. Eles usaram bastões, bombas de gás e realizaram prisões em massa. Até hoje ativistas da greve do dia 6 de abril estão na cadeia”, afirma ele.

Fonte: BBC Brasil

George Bush pede à China que respeite a liberdade religiosa

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, manifestou nesta quinta-feira “profunda preocupação” com o respeito aos direitos humanos e à liberdade religiosa na China, em discurso na Tailândia, horas antes de viajar para a capital chinesa, Pequim, para a abertura dos Jogos Olímpicos

“Os Estados Unidos acreditam que o povo da China merece a liberdade fundamental que é o direito natural de todos os seres humanos”, disse Bush em Bangcoc, em discurso sobre a política americana para a Ásia.

O Chefe de Estado americano elogiou a economia chinesa, mas disse que só o respeito aos direitos humanos pode permitir ao país atingir seu potencial.
“Os Estados Unidos se mantém em firme oposição à detenção de dissidentes políticos, defensores dos direitos humanos e ativistas religiosos na China”, afirmou.

“Nós falamos sobre uma imprensa livre, liberdade de reunião e direitos trabalhistas não para antagonizar os líderes da China mas porque dar ao seu povo maior liberdade é a única forma de a China desenvolver totalmente seu potencial.”

Bush ressalvou que o apelo por abertura e justiça não tem o objetivo de impor as crenças americanas, mas “permitir que o povo chinês expresse as suas”.

Os Estados Unidos, disse Bush, reconheceram que o crescimento gerado pelas reformas de livre mercado da China foi “bom para o povo chinês” e o poder de aquisição do país foi “bom para o mundo”.

Birmânia (ou Mianmar)

O presidente americano apelou ainda pelo “fim da tirania na Birmânia (ou Mianmar)”.

“Juntos, nós buscamos um fim para a tirania na Birmânia. A nobre causa tem muitos defensores dedicados, e acontece de eu ser casado com um deles. Hoje, Laura (Bush) está viajando para a fronteira taliandesa-birmanesa, onde ela está visitando um acampamento de reassentamento e uma clínica médica.”

“Os Estados Unidos reiteram nosso pedido para que a junta militar da Birmânia liberte (a líder pró-democracia) Aung San Suu Kyi e todos os prisioneiros políticos. E nós vamos continuar a trabalhar até que o povo da Birmânia tenha a liberdade que merece.”

Coréia do Norte

Sobre política externa, o presidente americano cumprimentou a China pelo “papel crítico de liderança” nas negociações para pôr fim ao programa de armas nucleares da Coréia do Norte, e as “relações construtivas” entre Pequim e Washington sobre a questão de Taiwan (que mantém sua autonomia mas é considerada uma província pela China).

Sem entrar em detalhes, Bush acrescentou que a China, como “um líder econômico global”, tem o dever de “agir responsavelmente em questões que vão de energia a meio ambiente e ao desenvolvimento na África”.

Ao se dizer “otimista sobre o futuro da China”, Bush acrescentou: “Jovens que crescem com liberdade para comercializar bens vão acabar exigindo liberdade para trocar idéias, especialmente em uma internet sem restrições.”

Esta foi uma aparente referência às restrições chinesas a determinados websites de notícias e sobre direitos humanos.

Recentemente, Pequim pareceu relaxar seu controle sobre acesso à rede internacional depois que jornalistas estrangeiros que cobrem os Jogos Olímpicos no país queixaram-se das limitações.

Esta deve ser a última viagem de Bush à Ásia como presidente. Seu mandato termina em janeiro.

Fonte: BBC Brasil

Especialistas pedem que Congresso dos EUA aprove lei sobre pena de morte

O Congresso dos Estados Unidos deve aprovar o mais rápido possível a chamada Lei Avena sobre a revisão das penas de morte para evitar a deterioração das relações com outros países, advertiram especialistas em direito internacional.

Consultados pela Agência Efe, vários especialistas reagiram assim à execução por injeção letal em Huntsville (Texas) do mexicano José Medellín, condenado à morte em 1994 por violentar e assassinar duas adolescentes.

A Ata para a Aplicação do Caso Avena de 2008, apresentada pelos democratas Howard Berman e Zoe Lofgren, foi enviada ao Comitê Judicial da Câmara de Representantes em 14 de julho.

Não se sabe se, em um ano eleitoral e com uma reduzida agenda legislativa, o Congresso poderá atuar sobre a medida quando retomar suas sessões, em setembro.

A medida exige que os tribunais federais escutem as exigências de detidos estrangeiros que não foram informados do direito à assessoria consular, consagrado na Convenção de Viena de 1963.

Esse foi o caso de Medellín e de outros 50 mexicanos que não tiveram acesso a serviços consulares quando foram detidos.

A iniciativa, que tem caráter retroativo, assinala que qualquer pessoa cujos direitos tenham sido violados pode, mediante uma ação civil, “obter um remédio apropriado”, que poderia incluir a redução ou anulação da sentença.

Sandra Babcock, diretora do Centro de Direitos Humanos Internacionais da Faculdade de Leis de Northwestern University e membro da equipe de defesa de Medellín, considerou que, com essa violação, coloca-se em risco a segurança dos americanos no exterior.

Sarah Cleveland, professora de Direitos Humanos e Constitucionais da Faculdade de Leis da Universidade de Colúmbia, disse que o caso terá um impacto nas relações exteriores e comerciais dos EUA, apesar de ser difícil prever seu alcance.

Fonte: EFE

ONU lamenta que vacina contra Aids ainda esteja distante

A vacina contra a Aids não está próxima, lamentou o responsável pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids), Peter Piot, durante a conferência internacional sobre a doença realizada na Cidade do México.

“É preciso planejar um futuro com e sem vacina”, disse Piot durante uma sessão sobre como a pandemia e os planos para combatê-la evoluirão até 2031.

Piot reiterou que é preciso buscar novas vias para a prevenção e o acesso aos métodos para isso, em vez de confiar em uma solução médica para a doença.

Sobre assunto, o diretor do Instituto de Alergias e Doenças Infecciosas (Niaid, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, Anthony Fauci, assinalou que o perfil genético de cada indivíduo será determinante para a efetividade de uma vacina.

Segundo o pesquisador, a defesa natural do sistema imunológico e a neutralização de anticorpos são caminhos que deveriam ser seguidos para encontrar uma forma de controlar a doença.

Sobre uma cura que erradique o mal, ele afirmou que o mais provável é que seja necessário um agressivo regime de remédios e se arriscou a dizer que poderia ter resultados positivos até 2031.

“Uma cura requereria provavelmente um diagnóstico e tratamento muito cedo”, disse Fauci.

O especialista destacou a eficácia dos remédios para controlar o vírus e afirmou que enquanto em 2002 só 200 mil pessoas recebiam tratamento, hoje este número é de 3,5 milhões.

De acordo com ele, nos Estados Unidos, os remédios contra o HIV e a aids salvaram três milhões de vidas entre 1996 e 2005.

Para Piot, alguns países com renda média “poderiam ajudar mais, e essa é uma decisão política”.

Fonte: EFE

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