O pastor Silas Malafaia abraçado com o presidente Jair Bolsonaro
O pastor Silas Malafaia abraçado com o presidente Jair Bolsonaro

O pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC), teve o seu nome citado na CPI da Covid na manhã desta quinta-feira (20).

O líder religioso será convocado para depor na CPI nos próximos dias. Quem sugeriu o nome do pastor foi o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos – RJ).

O nome de Malafaia surgiu após uma discussão envolvendo todos os membros da comissão.

A polêmica teve início durante a fala do senador Marcos Rogério (DEM-RO), que é um dos aliados do presidente Jair Bolsonaro, durante o depoimento do ex-ministro da saúde, Eduardo Pazuello.

O pastor Silas Malafaia foi citado por ser um dos principais conselheiros de Bolsonaro, segundo informou o próprio filho do presidente. Ele foi citado pelo senador Flávio Bolsonaro como conselheiro “quase diário” do pai, Jair Bolsonaro.

“Carlos Bolsonaro, a todo momento, o nome dele é trazido a esta CPI, como se houvesse um conjunto de pessoas que dão aconselhamento paralelo, algo obscuro, criminoso. Então, senador Marcos Rogério, eu quero dar um nome para o senhor aqui”, afirmou Flávio na comissão.

“Agora, vocês querem ouvir uma pessoa que dá conselho ao presidente da República? Vou dar o nome: chama o pastor Silas Malafaia aqui. Esse fala quase que diariamente com o presidente e o influencia.”

Após a sugestão de convocação do pastor, o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), acatou o pedido e disse que chamará o religioso.

Para a Folha de S. Paulo, Malafaia disse que “fala quase que diariamente” com Jair Bolsonaro, seu amigo, e ironizou a indagação dos senadores da oposição, na CPI, sobre a existência de um gabinete paralelo para formular diretrizes no enfrentamento à crise sanitária. “Esse é o argumento mais frágil, mais idiota, mais imbecil que podem usar. Nunca vi argumento tão medíocre quanto esse, e vou dizer lá”.

O líder religioso declarou que não tem medo de falar sobre assuntos como pandemia, lockdown, cloroquina, azitromicina.

“Será que eles vão ter coragem de me convocar? Será? Eu digo. Sem nenhum problema. Aprendi uma coisa, a verdade é soberana. Não precisa ter medo da verdade. Vou lá e digo minhas conversas sobre estes assuntos todos: sobre vacina, Coronavac, Pfizer. Vou lá e digo tudo, pode botar aí no jornal”, disse.

Perguntado sobre aconselhamento de Bolsonaro sobre a pandemia, Malafaia afirmou que não falaria nada para jornalista, porém, se convocado, falaria na CPI da Covid.

Fonte: Folha de S. Paulo, Fuxico Gospel e Diário do Estado

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