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Novas tecnologias de monitoramento ameaçam cristãos na Coreia do Norte

Bandeira da Coreia do Norte (Foto: Portas Abertas)
Bandeira da Coreia do Norte (Foto: Portas Abertas)

Muitas pessoas sabem que a Coreia do Norte tem um dos maiores exércitos do mundo, mas sabia que a nação também investe grande parte do seu orçamento em agências de segurança e na polícia?

Nos últimos anos, Kim Jong-un alargou as prisões e campos de trabalho forçado, fortificou ainda mais a fronteira com a China e enviou muitos espiões para lá. De acordo com uma fonte anônima que falou com a agência de notícias DailyNK, o líder norte-coreano também expandiu o Ministério da Segurança do Estado.

Após a diretiva do ditador da Coreia do Norte para a ampliação, o gabinete de contraespionagem internacional duplicou de tamanho, e a equipe de contraespionagem nacional aumentou em 50%. Para enfrentar as crescentes ameaças à rede de comunicações do país, foi criado um novo departamento de gestão da segurança das transmissões.

Cristãos ainda mais cercados

Esses esforços se baseiam na construção de um edifício de alta tecnologia que poderá custar cerca de 100 milhões de dólares. Esse contexto deixa o povo norte-coreano cada vez mais insatisfeito com o regime, e a estratégia busca distrai-los de influências internacionais, principalmente sul-coreanas com músicas K-pop e doramas.

Para sobreviverem, os norte-coreanos dependem muitas vezes do contrabando ou de outras atividades consideradas ilegais pelo governo. Com novas leis, tecnologias aprimoradas e mais poder humano, o regime tem buscado cada vez mais controlar a população.

Tal tendência aumenta os riscos para os cristãos na Coreia do Norte. O país atualmente é o mais perigoso para cristãos da Lista Mundial da Perseguição 2024. Um maior controle das atividades diárias significa que eles precisam ser ainda mais cuidadosos quando leem a Bíblia, oram ou cantam louvores em sussuros.

Para cristãos fora da Coreia do Norte, é difícil imaginar como é a vida dos nossos irmãos na fé no país fechado ao evangelho. Eles contam com suas orações para que resistam às novas medidas de segurança com fé em Cristo e para que a igreja continue a crescer na Coreia do Norte.

Fonte: Portas Abertas

Maioria dos evangélicos não se sente preparada para compartilhar o Evangelho, revela pesquisa

Jovem lendo a Bíblia para os amigos (Ilustração)
Jovem lendo a Bíblia para os amigos (Ilustração)

Embora a esmagadora maioria dos evangélicos acredite que tem o dever de compartilhar os ensinamentos da Bíblia, a maioria não se sente preparada para fazê-lo, de acordo com uma nova pesquisa.

O Instituto de Fé e Cultura divulgou na terça-feira os resultados de sua Pesquisa sobre Engajamento Cultural Cristão de 2024 (acesse aqui em inglês), conduzida em colaboração com a Lifeway Research.

Quando perguntados se os cristãos têm a responsabilidade de “compartilhar verdades da Palavra de Deus com pessoas que têm visões diferentes”, 92% concordaram, enquanto apenas 6% discordaram e 2% estavam inseguros. No entanto, apenas 35% dos evangélicos se consideraram “prontos para a maioria das oportunidades de compartilhar o que a Bíblia diz sobre questões culturais e polêmicas”.

Outros 18% disseram que estavam “prontos para qualquer oportunidade de compartilhar o que a Bíblia diz”, enquanto 32% sustentaram que estavam “prontos apenas para discutir algumas verdades” que conheciam bem. Nove por cento não achavam que estavam prontos para “a maioria das oportunidades de compartilhar o que a Bíblia diz”, enquanto 5% acreditavam que “não estavam prontos para compartilhar o que a Bíblia diz de forma alguma”.

Mesmo que muitos evangélicos permaneçam hesitantes em compartilhar os ensinamentos da Bíblia em alguns casos, 40% dos entrevistados “concordaram um pouco” que “sua igreja os prepara para ter conversas com pessoas cujas visões diferem da Bíblia”, e 38% “concordaram fortemente” que sua igreja os equipa para tais encontros. Apenas 10% “discordaram um pouco” que sua igreja os prepara adequadamente para falar com aqueles que têm uma visão de mundo diferente, e 3% “discordaram fortemente”.

No entanto, apenas 37% dos entrevistados “concordaram um pouco” que sua igreja “intencionalmente cria ambientes para discutir diferenças entre os valores da nossa cultura e os da Bíblia”, enquanto outros 22% “concordaram fortemente”. Parcelas significativas dos entrevistados “discordaram um pouco” (17%) ou “discordaram fortemente” (9%) dessa afirmação.

“Há diferenças notáveis ​​no grande número de evangélicos que se sentem responsáveis ​​por compartilhar as visões da Bíblia do que o número que está pronto para fazê-lo”, disse Scott McConnell, CEO da Lifeway Research. “As igrejas buscam ajudar os evangélicos a ter conversas com pessoas cujas visões diferem da Bíblia, mas menos igrejas discutem a Bíblia e os valores da cultura lado a lado.”

Quando perguntados se achavam que Deus “não se importava com a forma como votavam”, 12% disseram que “concordavam fortemente” com essa análise, enquanto outros 12% relataram que “concordavam um pouco” com ela. Quarenta e quatro por cento “discordaram fortemente”.

“Embora poucos evangélicos duvidem que Deus se importe com a forma como eles se envolvem com o mundo ao redor deles, mais de 1 em 5 não acha que isso se aplica à votação”, observou McConnell. “Essa discrepância pode levar a decisões diferentes entre essa minoria de evangélicos.”

Apenas uma pluralidade dos entrevistados (38%) reconheceu que às vezes “buscam oportunidades para promover a perspectiva da Bíblia sobre tópicos sabendo que eles não são populares”. Outros 20% admitiram buscar tais oportunidades “frequentemente”, enquanto 10% disseram que o fazem “sempre”. Vinte e dois por cento dos entrevistados “raramente” buscam trazer à tona posições bíblicas sobre assuntos se eles são impopulares, enquanto 7% nunca o fazem.

Da mesma forma, uma pluralidade (45%) dos entrevistados disse aos pesquisadores que às vezes “compartilham uma visão biblicamente informada quando alguém diz algo que não é bíblico”. Outros 23% “frequentemente” fornecem uma resposta bíblica a comentários não bíblicos de outros, enquanto 9% “sempre” o fazem, e 16% dos evangélicos disseram que “raramente” o fazem e 6% “nunca” o fazem.

Quarenta e sete por cento dos entrevistados “concordam um pouco” que “querem falar quando conversam com alguém que diz algo que não está de acordo com as Escrituras”, seguidos por 28% que “concordam fortemente” que possuem tal desejo, 14% que “discordam um pouco” e 6% que “discordam fortemente”.

Em contraste, 50% dos evangélicos indicaram que “concordam fortemente” que queriam “promover a verdade bíblica entre pessoas que conhecem”, enquanto outros 39% “concordam um pouco” que tinham tal desejo. Apenas 5% “discordam um pouco” que buscavam compartilhar os ensinamentos da Bíblia com pessoas que conhecem, enquanto apenas 3% “discordam fortemente”.

“Promover a verdade bíblica parece ser muito mais fácil para os evangélicos quando eles estão entre pessoas que concordam com eles”, disse McConnell. “Muito menos dizem que raramente dão uma resposta bíblica em cenários onde a posição da Bíblia não é popular.”

Os dados do relatório são baseados em respostas coletadas de 1.000 evangélicos entre 18 de julho e 2 de agosto. A pesquisa teve uma margem de erro de +/-3,3 pontos percentuais.

Folha Gospel com informações de The Christian Post

Ministério Público pede condenação do pastor Lucinho após dizer que beijou a boca da filha

Pastor Lucinho Barreto (Foto: Reprodução/YouTube prlucinho)
Pastor Lucinho Barreto (Foto: Reprodução/YouTube prlucinho)

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pediu a condenação do pastor Lúcio Barreto Júnior, conhecido como Lucinho, por incitação à violência de gênero. Ele é reverendo na Igreja Batista da Lagoinha e, durante uma conferência voltada para homens, em abril deste ano, afirmou ter beijado sua filha nos lábios. Se condenado, o MPMG pede também o pagamento de uma indenização por danos morais e uma retratação pública.

O vídeo do culto em que Lucinho fez a declaração foi publicado nas redes sociais no dia 15 de abril deste ano. Ele pregava, ao lado de seu filho, Davi Barreto, a passagem de Gênesis 22 e, em determinado momento, falou sobre a criação dos filhos. No trecho que foi divulgado no YouTube, o pastor declarou:

“Eu peguei minha filha um dia, dei beijo nela, falei que amava ela, ela passava e eu falava ‘nossa, que mulherão, ai se eu te pego!’ Aí ela falava assim, ‘credo, pai! Você já é da mamãe!’ Aí, dava beijo nela, um dia ela distraiu, eu dei um beijo na boca dela. Ela fez assim ‘que isso, pai!? E eu falei ‘quando eu encontrar seu namorado, eu vou falar assim: você é o segundo, eu já beijei’”.

Na época, essa fala viralizou nas redes sociais e recebeu muitas críticas. Pastor Lucinho publicou um vídeo em sua defesa no seu perfil no Instagram, no qual afirmou que a declaração dada na ocasião foi retirada de contexto e que o beijo dado na filha foi inocente, com a intenção de elevar a autoestima dela. “A única coisa que eu quis dizer é que nós, pais, temos que amar, que cuidar, e beijar e abraçar os nossos filhos e dizer o quanto eles são maravilhosos”, afirmou no vídeo, que teve quase 140 mil curtidas.

O vídeo recebeu muitos comentários, de críticas, mas também de apoio. Entre os apoiadores, estava o pastor Josué Gonçalves, que escreveu: “Você é um cristão de caráter íntegro. A sua vida fala mais alto do que a sua voz! Tamujunto irmão !”. O pastor André Valadão também comentou: “Deus te abençoe irmão. Tenha paz.” Ambos foram criticados por terem falado em defesa de Lucinho.

Família

A filha de Lucinho, Emily Barreto, também se manifestou em suas redes sociais. No Instagram, no dia 2 de maio, ela repetiu a fala do pai, de que o trecho da pregação foi retirado de contexto, e que ela nunca havia sido abusada por ele. “Ele sempre me ajudou, sempre me colocou lá em cima, falando que eu era linda, para eu não me importar com comentários negativos na escola. […] no máximo selinho de pai e mãe, ali, quando a gente é criança”, afirmou Emily Barreto.

Por sua vez, a esposa dele, Patrícia Barreto, publicou em sua rede social que ela e o marido já trabalham com jovens há 30 anos e sempre se posicionaram contra situações de abuso sexual. “Ele está sendo acusado de algo que sempre lutamos para combater. Por isso vim aqui em público falar o quanto meu marido é um homem íntegro, bom, de caráter e um pai maravilhoso para os meus filhos. Os frutos falam por si”, publicou a mulher de Lucinho.

Denúncia

Após a publicação do vídeo com o trecho da pregação, Sara Azevedo, que é candidata a vereadora pelo PSOL, em Belo Horizonte, registrou uma denúncia no Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), no dia 3 de maio. Agora, o órgão pede a condenação do pastor Lucinho e da Igreja Batista da Lagoinha, sujeitando ambos ao pagamento de indenização no valor de R$ 300 mil, destinada a um fundo público em defesa da igualdade de gênero.

Na Ação, o MPMG também solicita uma retratação pública, que deverá ser realizada na mesma igreja onde ocorreu o fato, sendo que o tempo e o público deverão ser os mesmos do culto em que a declaração foi feita. O Ministério Público pede, ainda, que a igreja publique o vídeo da retratação, ficando disponível por, no mínimo, um ano.

Fonte: Comunhão

150 cristãos expulsos no México voltam para casa após 5 meses

Cristãos sofrem perseguição no México (Foto: Portas Abertas)
Cristãos sofrem perseguição no México (Foto: Portas Abertas)

Mais de 150 cristãos protestantes que foram expulsos há cinco meses, retornaram para suas casas no estado de Hidalgo, no México, após uma resolução promovida por autoridades estaduais e municipais.

Segundo a organização Christian Solidarity Worldwide (CSW), sediada no Reino Unido, o acordo foi estabelecido entre a comunidade deslocada e as autoridades locais de Rancho Nuevo e Coamila, no município de Huejutla de Reyes.

O retorno dos cristãos, que inclui mais de 70 crianças e bebês, representa a conclusão de um conflito prolongado que envolveu sérias violações da liberdade religiosa.

No dia 26 de abril, o conflito se agravou quando líderes da aldeia, majoritariamente católicos romanos, interromperam o fornecimento de eletricidade, vandalizaram uma igreja e obstruíram o acesso às residências da minoria protestante.

Durante o deslocamento, o grupo enfrentou condições adversas, inicialmente vivendo em um prédio municipal e, posteriormente, em um complexo esportivo. Contaram com o apoio de igrejas locais para alimentação e utilizaram água do rio para higiene, o que resultou em doenças e infecções generalizadas.

Conforme o The Christian Post, o recém-eleito governo municipal tomou medidas para resolver a crise, com o Secretário de Estado de Hidalgo, Guillermo Olivares Reyna, e a Diretora de Assuntos Religiosos, Margarita Cabrera Román, desempenhando papéis cruciais na mediação do acordo.

O acordo

De acordo com os termos do acordo, o fornecimento de eletricidade e água foi restabelecido nas casas afetadas, e a comunidade protestante se comprometeu a retomar as contribuições para os fundos comunitários, que estavam suspensas desde 2015.

Além disso, o governo concordou em encerrar a investigação criminal contra os responsáveis pelo deslocamento, permitindo que as vítimas avaliassem suas propriedades e acessassem, se necessário, programas de assistência estatal.

Pablo Vargas, diretor nacional da instituição que faz parte da CSW “Impulso18”, elogiou a resolução:

“Ficamos satisfeitos em saber das notícias do acordo alcançado na semana passada que permitiu o retorno de mais de 30 famílias de minorias religiosas para Coamila e Rancho Nuevo, e reconhecemos os esforços do estado e dos novos governos municipais para chegar a uma solução que defenda a liberdade religiosa ou crença para todos”.

A chefe de advocacia da CSW, Anna Lee Stangl, disse: “O acordo intermediado pelos governos estaduais de Hidalgo e municipais de Huejutla, e acordado pelas autoridades de Coamila e Rancho Nuevo e pela comunidade de minorias religiosas deslocadas, serve como um exemplo do que pode ser alcançado em termos de proteção da liberdade religiosa ou crença e manutenção da lei mexicana, quando há vontade política e um investimento de tempo e outros recursos por parte do governo”.

A intolerância religiosa nessas comunidades é moldada pela Lei de Usos e Costumes, que permite que as comunidades indígenas se governem de formas que, por vezes, entram em conflito com os padrões nacionais e internacionais de direitos humanos.

Intolerância religiosa

Apesar da Constituição mexicana assegurar a liberdade religiosa, sua aplicação tem sido fraca, resultando em conflitos religiosos recorrentes em áreas como Rancho Nuevo e Coamila.

Historicamente, autoridades locais têm pressionado a minoria protestante a participar de eventos e práticas católicas romanas, resultando em significativas violações dos direitos humanos.

A perseguição a cristãos no México também tem aumentado em meio à violência dos cartéis de drogas. Segundo a missão Portas Abertas, os incidentes de perseguição se tornaram mais frequentes, e o país subiu na classificação da Lista Mundial da Perseguição.

David Curry, presidente e CEO da Portas Abertas nos EUA, afirmou que católicos tradicionalistas frequentemente perseguem cristãos mexicanos.

Essa perseguição se assemelha à “violência de clã”, semelhante a pequenos grupos rurais praticando religiões populares antigas ao redor do mundo.

Fonte: Guia-me com informações de The Christian Post

Autor de ‘Café com Deus Pai’ fala sobre sucesso da obra: “As pessoas têm sede de Deus”

Junior Rostirola. (Foto: Reprodução/Instagram/Junior Rostirola)
Junior Rostirola. (Foto: Reprodução/Instagram/Junior Rostirola)

Após o sucesso do livro devocional “Café com Deus Pai”, o autor e pastor Junior Rostirola afirmou que a grande repercussão por trás de seu best-seller revela a “sede que as pessoas têm de Deus”.

Em uma entrevista recente à coluna Claudia Meireles, do portal de notícias Metrópoles, Junior compartilhou detalhes de como conquistou o posto de autor de uma das obras literárias mais vendidas do Brasil, em 2023 e 2024, com 5 milhões de cópias comercializadas.

“Jamais imaginei que tomaria tamanha repercussão e alcance. Em meio ao imenso mar do mercado editorial, onde diversos autores consagrados fazem um maremoto de sucesso, contra todas as expectativas, o Café com Deus Pai é um verdadeiro milagre, que não pode ser mensurado por fatores humanos”, disse Junior.

“Quando começou a esgotar as tiragens, eu esperava que o público leitor seria somente os membros da minha igreja, mas sem saber explicar, a procura pelo livro foi se multiplicando cada vez mais, e eu não consigo encontrar outro motivo, se não Deus”, acrescentou.

Nos anos 1990, igrejas brasileiras incentivaram a leitura de devocionais para fomentar uma rotina espiritual. Devido ao crescimento do número de evangélicos no Brasil, o interesse por essas leituras aumentou, levando as editoras a se adaptarem a essa demanda.

No entanto, para Junior, a procura pelo “Café com Deus Pai” é mais do que uma “febre”:

“Revela uma sede que as pessoas têm de estarem próximas de Deus, ouvindo o que Ele tem para lhes falar, como se, de fato, estivesse frente a frente com o Pai desfrutando de um tempo de qualidade com Ele, encontrando em Deus a resposta para todos os seus dilemas, e, também, recebendo estratégias e energia para enfrentá-los”.

‘Encontro com Deus’

“Café com Deus Pai” é um projeto que nasceu durante os momentos pessoais de devocional de Junior.

“É um livro atemporal, ou seja, pode ser lido em qualquer ano. Imagine ter a chance de parar por alguns instantes e desfrutar de um agradável momento com alguém que tenha a resposta para todas as nossas preocupações”, afirma a descrição do livro.

Os devocionais “Café com Deus Pai”. (Foto: Reprodução/Instagram/Junior Rostirola)

E continua: “Ao longo de devocionais diários, lhe convidamos para um encontro com Deus que, além de ensinar uma nova forma de apreciar uma xícara de café, mostrará como a vida também pode ser saboreada. Sim, o Pai deseja tomar café com você. E o sabor desse grão será incomparável a tudo o que já provou”.

Segundo Junior, a ideia de produzir o conteúdo surgiu diante de desafios que ele enfrentou na infância e em parte da adolescência.

“Em minha casa, nunca pudemos desfrutar de momentos de paz e harmonia ao redor da mesa”, contou ele.

“Então, Deus colocou esse projeto em meu coração, para ressignificar esses momentos, mostrando que, independente do cenário caótico ao nosso redor, Ele tem um momento especial para compartilhar conosco, e naquela pequena pausa para um café, Ele pode falar ao nosso coração”, acrescentou.

Novos projetos

Além de Café com Deus Pai — que também conta com uma versão infantil — o pastor escreveu “Encontrei um Pai”, que conta seu testemunho de superação após as rejeições da infância e adolescência.

Questionado sobre novos livros, ele disse: “Existem muitos projetos plantados por Deus em meu coração, no qual tenho cuidadosamente cultivado. Alguns já estão em desenvolvimento, e outros sei que não está no momento certo, mas de fato, existem muito mais obras a serem lançadas”.

Na entrevista, ele contou que a versão de 2025 de “Café com Deus Pai” já está disponível, com novas mensagens e reflexões, para cada dia do ano.

“A cada ano, são 365 mensagens totalmente novas, seguindo a célebre máxima de Karl Barth de que a palavra de Deus é tão atual quanto o jornal de amanhã”, destacou Junior.

‘Multiplicadores do Evangelho’

Pastor sênior da Igreja Reviver em Itajaí, Santa Catarina, Junior também comanda um podcast com mensagens diárias.

“Eu creio que o podcast ampliou ainda mais o alcance, principalmente daquela pessoa que, por conta de uma rotina tão exaustiva e frenética, precisa correr contra o tempo, possibilitando que o devocional do dia possa ser ouvido enquanto dirige ou pega o ônibus para o trabalho, por exemplo”, relatou ele.

Ainda refletindo sobre o ambiente digital, o pastor afirmou que as redes sociais, se usadas com sabedoria, podem ser valiosas ferramentas de propagação da Palavra de Deus:

“Nesse contexto, entendo que os usuários das redes que têm o hábito de postarem suas rotinas diárias lendo devocionais estão sendo eficazes multiplicadores da boa nova do Evangelho, podendo alcançar pessoas que jamais alcançaríamos sem o seu testemunho diário”.

Compre as versões do livro Café com Deus Pai na Amazon:

  • Café com Deus Pai 2025: Porções Diárias de Transformação (compre aqui)
  • Café com Deus Pai: Porções Diárias de Renovação (compre aqui)
  • Café Com Deus Pai + Café com Deus Pai Kids (compre aqui)
  • Café com Deus Pai Kids – 2024: um Tempo de Descobertas (compre aqui)
  • Café com Deus Pai Teens – 2024: uma Aventura com Jesus (compre aqui)

Fonte: Guia-me

Pastor e padre acusados de homotransfobia podem pegar até 5 anos de prisão

Pastor pregando
Pastor pregando

As postagens de um pastor em rede social e a declaração de um padre durante a missa podem custar a liberdade desses líderes religiosos. O reverendo Jackson Jackes Junges, do Rio Grande do Sul, e o clérigo Antônio Carlos, da Diocese de Nova Friburgo (RJ), foram denunciados. Eles estão sendo acusados pelo Ministério Público de homotransfobia, um tipo penal equiparado ao crime de racismo, conforme foi instituído pela Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão nº 26 (ADO 26), do Supremo Tribunal Federal.

O pastor costumava realizar postagens em sua rede social em favor da família tradicional e da masculinidade bíblica, transmitindo a mensagem de que a homossexualidade é pecado, sob a ótica da fé cristã. Três de suas publicações foram consideradas discriminatórias. Em uma delas, Jackson postou uma figura com o desenho de uma família, formada por homem, mulher e dois filhos embaixo de um guarda-chuva, protegendo-a de uma “chuva” de cores, que fazem referência às da bandeira LGBTQI+. Essa ação do líder religioso foi classificada pelo Ministério Público do Rio Grande Sul como uma conduta homofóbica ou transfóbica e, por isso, ele pode pegar de dois a cinco anos de prisão, caso seja considerado culpado.

Já o padre declarou, durante a missa realizada na Capela do Colégio Nossa Senhora das Dores, em Nova Friburgo (RJ), em abril do ano passado, que “o demônio entrava na casa das pessoas de diversas formas para destruir as famílias, sendo uma delas representada pela união de pessoas do mesmo sexo, homem com homem, mulher com mulher”. O Ministério Público do Rio de Janeiro entendeu que se tratava de homotransfobia e, além da acusação criminal, também entrou com uma Ação Civil contra o clérigo, com a justificativa que o padre incitou o ódio em seu discurso. Esta ação prevê que Antônio Carlos deverá pagar uma indenização no valor de R$ 50 mil por danos morais coletivos à comunidade LGBTQI+ caso seja condenado. Assim como o pastor, caso seja condenado na ação penal, ele pode pegar de dois a cinco anos de prisão.

Liberdade religiosa

Para o presidente do Instituto Brasileiro de Direito e Religião (IBDR), Thiago Rafael Vieira, tanto o pastor quanto o padre agiram em prol da liberdade religiosa, um direito que é garantido pela Constituição. Segundo o jurista, as duas acusações beiram a ilegalidade e podem ser consideradas inconstitucionais. “Elas defendem exatamente a supressão dos direitos fundamentais a expressão religiosa, ensino, pregação e culto”, declarou.

O advogado, que atua na defesa de Junges, afirmou que existe uma diferença entre discurso religioso e homofóbico. Desse modo, os réus apenas utilizaram de sua liberdade religiosa e em momento algum teriam lançado mão de um discurso de ódio.

“O discurso religioso homofóbico é aquele que defende objetivamente a violência contra o grupo LGBTQI+ ou defende a supressão de seus direitos fundamentais ou escravização em razão dessa condição. Nenhum discurso religioso baseado em ética sexual cristã e pecado tem qualquer relação com discurso de ódio, pois não se enquadra em defesa de violência ou de supressão de direitos fundamentais”, explicou Vieira.

O jurista informou que a defesa do pastor protocolou uma Reclamação Constitucional contra o ato de recebimento da denúncia criminal e instauração do processo pelo juiz da 7ª Vara Criminal de Porto Alegre. Isto porque entende que essa ação viola a autoridade do STF da ADO 26, que, ao estabelecer o crime de homotransfobia, traz como exceção os casos em que é empregada a liberdade religiosa, a pregação e o ensino. “Essa Reclamação Constitucional está no STF sob o nº 71.627 e qualquer entidade pode entrar no processo na qualidade de amicus curiae para apoiar a liberdade religiosa no Brasil”, salientou Vieira.

Andamento

Os dois processos criminais estão em fases iniciais. O caso do pastor Jackson Jackes Junges já foi recebido pelo juízo e está em instrução processual, que é o momento em que são produzidas as provas. De acordo com a defesa de Antônio Carlos, uma contestação está sendo preparada para ser apresentada contra a Ação Civil Pública, enquando, na ação penal, a denúncia ainda não foi recebida pelo juiz.

Fonte: Comunhão

Cid Moreira, o mais conhecido locutor da Bíblia em áudio, morre aos 97 anos

Jornalista Cid Moreira (Foto: César Abreu/Divulgação)
Jornalista Cid Moreira (Foto: César Abreu/Divulgação)

O jornalista e apresentador Cid Moreira morreu na manhã de quinta-feira (3), aos 97 anos. Um dos rostos – e vozes – mais conhecidos da televisão brasileira também se destacou na narração das Escrituras em áudio. Ele estava internado no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio. A causa da morte foi falência múltipla de órgãos após quadro de pneumonia

O jornalista enfrentava problemas nos rins, e já fazia diálise com frequência, segundo Fátima Sampaio, viúva de Cid Moreira. Em entrevista nesta manhã ao programa Encontro, de Patrícia Poeta, na TV Globo, ela contou sobre os últimos dias com o marido: “Mudamos para perto do hospital quando ele começou a fazer a diálise. Não contei para ninguém para ter o direito como ser humano de privacidade”.

Fátima explicou também que Cid Moreira pediu para que seu corpo fosse enterrado em Taubaté (SP), onde nasceu. “Ele quer ficar perto da primeira esposa e do filho que se foi. Ele ama Petrópolis, então vamos fazer uma despedida em Petrópolis, e outra no Rio”, disse. Além da esposa, o jornalista deixa dois filhos: Roger e Rodrigo.

Cid Moreira sempre foi um destaque na narração, tendo passado pela rádio Mayrink Veiga e pela TV Excelsior. Em 1969, ele alcançou um dos marcos mais importantes de sua carreira ao se tornar apresentador-âncora do Jornal Nacional, da Rede Globo, cargo que ocupou até 1996.

Com sua voz inconfundível, Cid também se destacou na locução da Bíblia em áudio. Mais tarde, ele lançou um canal no YouTube com uma proposta semelhante, dedicando-se a ler passagens bíblicas.

Cid aceitou realmente a Jesus aos 72 anos, quando ele teve sua maior experiência com Deus. “Já estava me preparando para dormir. Saudável, com conforto material, desejado pela mulheres de todo canto do país. Enfim, famoso! Tudo que alguém pode desejar. E… Me sentindo completamente só e vazio”, afirmou ele, em postagem no Instagram de 2019.

O jornalista compartilhou em sua rede social que sentiu uma dor intensa que dominou seu corpo. “Comecei a chorar e a clamar a Deus. Chorava tanto que tremia! Buscava um sentido para a vida e sentia uma profunda solidão.”

Após reconhecer sua necessidade de Deus, Cid se ajoelhou e orou no tapete do escritório. “Pedi a Ele uma companheira e disse que, se ainda houvesse tempo, gostaria de fazer algo em Sua honra. Acabei adormecendo”, relatou, acrescentando que duas semanas depois conheceu Fátima, sua esposa até o fim da vida.

Anunciando Boas Notícias

Em uma entrevista exclusiva ao site cristão Guiame em 2016, Moreira contou como surgiu sua paixão por anunciar o Evangelho através de narrações da Bíblia. 

“Isso começou há uns 25 anos, quando eu dei uma entrevista a um jornal no Rio de Janeiro, dizendo que gostava de gravar mensagens cristãs. Esse jornal foi publicado no suplemento do domingo e, na segunda-feira, eu recebi um telefonema sendo convidado para gravar Salmos”, disse ele, durante o lançamento da Nova Versão Transformadora, pela Editora Mundo Cristão.

Depois de fazer parte do primeiro projeto de narração da Bíblia, seu envolvimento com as mensagens cristãs não pararam mais. “Na sequência, depois que eu fui contratado por outra gravadora, a Warner Continental, eu gravei ‘O Sermão da Montanha’”, contou.

Quando completou 25 anos apresentando o Jornal Nacional, Cid se tornou mais do que um homem de notícias — um homem a serviço de Deus. Ao todo, seus CD’s com as passagens bíblicas já venderam mais de 30 milhões de cópias por todo o Brasil, um sucesso de vendas incontestável.

“Na capa do LP [da Bíblia] eu escrevi que passei 25 anos gravando notícias nem sempre boas aos lares do país, mas a partir daquele momento, eu queria levar o Evangelho, que são notícias de Deus, até o último dia de minha vida. Eu simplesmente estou cumprindo aquilo que eu prometi”, afirmou.

“Eu invisto em mim levando a palavra de Deus sempre que eu posso. É uma missão que vou cumprir até o último dia da minha vida“, acrescentou ele.

Fonte: Comunhão com informações Agência Estado

Evangelista é espancado por vizinhos e preso em Bangladesh

Cristãos em Bangladesh
Cristãos em Bangladesh

A recente crise política e insegurança social em Bangladesh, desde a renúncia da primeira-ministra, causaram ataques e perseguições de extremistas contra minorias religiosas. Os cristãos de origem muçulmana estão em uma situação ainda pior, vivendo em estado de medo e pânico, incertos sobre quando será o próximo ataque.

A maioria das atividades da igreja não podem ser realizadas como antes por causa dos ataques. Até mesmo evangelistas e pastores estão com medo, especialmente aqueles que vivem e servem em áreas rurais.

Mizanur, um evangelista cristão de origem muçulmana é exemplo dessa realidade. Ele e outro evangelista foram entregues à polícia local no Norte de Bangladesh após serem atacados e espancados pelos vizinhos. No dia 5 de setembro, os dois evangelistas foram a uma das igrejas domésticas locais para ter comunhão com outros cristãos e se encorajarem mutuamente.

Ataque em meio ao culto

No meio do culto, um grupo de muçulmanos invadiu a casa e começou a atacar os presentes. Os agressores apreenderam os dois evangelistas e começaram a espancá-los com a intenção de feri-los gravemente. Em seguida, o cristão foi interrogado por eles. Perguntaram se ele já foi muçulmano, pois Mizanur é um nome muçulmano.

Sem forças para responder, um membro da multidão pegou o telefone de Mizanur e ligou para sua esposa, que confirmou que Mizanur é de fato cristão. Isso irritou a multidão, que imediatamente o levou com o outro evangelista para a delegacia. Isso aconteceu após muita humilhação e espancamentos. Os evangelistas foram detidos a noite toda sem tratamento ou cuidado para seus ferimentos.

Ao ouvir o que aconteceu com os evangelistas, outros membros da igreja ficaram preocupados e a família de Mizanur ficou aterrorizada com a possibilidade de ele ser preso. “Eles podem estar detidos, mas não estão seguros”, disse um membro da igreja a um parceiro local.

Eles explicaram que recentemente houve um jovem hindu que foi severamente espancado e levado para a delegacia e, enquanto estava detido, uma multidão de homens muçulmanos o arrancou da cela apenas para espancá-lo novamente sob acusação de blasfêmia, mesmo sem provas.

Parceiros locais da Portas Abertas estão em contato com o pastor local desta igreja para acompanhar a situação de Mizanur. “Estamos analisando a situação e tentando encontrar maneiras de ajudar as vítimas. Nossos contatos locais estão nos enviando atualizações regularmente. No momento, eles precisam de nossas orações e apoio emocional.”

Fonte: Portas Abertas

Cristão é preso por vender Bíblias na China

China: pessoas com Bíblias
China: pessoas com Bíblias

Ruojie* está perto de completar 30 anos e atua como professor de Escola Bíblica Dominical (EBD) na China há oito anos. Além de servir na igreja, ele vendia Bíblias e outras literaturas cristãs desde o início de 2023, mas foi preso por isso e acusado de “operações comerciais ilegais”.

O cristão tem esperança de que será liberto até o fim deste ano. Recentemente, Li, um parceiro local, visitou Chen, a mãe de Ruojie, e descobriu que ele havia sido preso. Ruojie nasceu em um lar cristão e é o mais velho de dois irmãos. O caçula da família ainda está no Ensino Médio.

“Meu filho vende livros por todo o país de maneira discreta, em diversas províncias”, conta a mãe do professor de EBD. Mas ele foi descoberto pelas autoridades quando estava a caminho de uma das entregas. “Mais de dez mil livros foram encontrados na casa de Ruojie e outros dez mil exemplares em um depósito”, conta o parceiro Li.

Na China, possuir uma Bíblia ou outras literaturas cristãs não é ilegal. Mas comprar esse tipo de material se torna cada vez mais complicado, e as regras estão ainda mais estritas do que em anos anteriores. Em 2018, quando novas regulamentações religiosas foram implementadas, vender e comprar Bíblias online se tornou proibido.

Apenas as igrejas com o registro do governo – Concílio Cristão da China (CCC, da sigla em inglês) e Igreja Movimento das Três Autonomias (TSPM, sigla em inglês) – e livrarias afiliadas ao sistema de controle do governo podem vender literatura cristã. As transações fora desse contexto são consideradas ilegais.

Casamento cancelado

A aplicação da lei varia de província para província, mas ainda assim impacta e torna ainda mais difícil para os cristãos chineses adquirirem Bíblias e livros cristãos. Por isso, Roujie foi considerado um criminoso. “Durante algum tempo, as autoridades locais não nos deixaram visitá-lo na prisão. Elas também inspecionaram a casa do meu filho diversas vezes e entraram em contato com pessoas próximas a ele em busca de mais evidências”, conta Chen, a mãe do professor cristão.

Mas há pouco tempo, Chen e o irmão de Ruojie conseguiram autorização para visitar o cristão. Chen pede orações pelo filho, não apenas para que saia da prisão, mas por outros desafios que ele tem enfrentado. “Ruojie estava noivo e planejava se casar este ano. Mas, quando foi preso, a noiva decidiu romper o compromisso. Ela foi visitá-lo na prisão apenas para terminar com ele. Ruojie ficou surpreso e não estava preparado para essa notícia, não sabia o que fazer”, conta Chen.

A noiva de Chen servia com ele na EBD. “Chen está preocupada com o filho porque é difícil para ele encontrar a esposa certa, especialmente por ser de uma família de origem humilde”, acrescenta o parceiro Li. Na cultura chinesa, o casamento não é apenas a união de duas pessoas, mas das duas famílias. Como a família de Chen não tem carros nem casas, o que muitos consideram o básico para um casamento na região, ela sofre pelo filho.

Apesar dos momentos difíceis, Li conta que quando conhece pessoas com desafios como os de Chen e Ruojie, ele se lembra que há cristãos do mundo todo orando por eles e isso o anima a prosseguir no trabalho. “Muitas vezes me sinto desamparado, sem saber o que fazer, como ajudar de maneira prática. Mas o que podemos fazer é levar conforto para eles, visitá-los e orar com eles no momento que outras pessoas viraram as costas para eles ao invés de ajudá-los”, conclui Li.

*Nomes alterados por segurança.

Fonte: Portas Abertas

Eleições 2024: Urnas terão menos títulos religiosos como ‘pastor’ e ‘irmão’

Urna eletrônica
Urna eletrônica

Um levantamento feito pelo Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) identificou 7.940 candidaturas municipais em todo o Brasil que incorporaram em seus nomes como candidatos posições como pastor/pastora, irmão/irmã e padre nas eleições de 2024..

O número representa queda de 21,5% em relação ao pleito municipal de 2020, quando 10.117 aspirantes a prefeito, vice-prefeito ou vereador tiveram títulos religiosos em seus nomes de urna.

Até então, o fenômeno crescia a cada pleito. Em 2000, atingiu 0,61% do total de candidatos. Duas décadas depois, era 1,81%. Caiu para 1,73% nas eleições 2024.

O Cebrap, por meio do seu Observatório da Religião e Interseccionalidades, considerou 74 termos associados a líderes de crenças diversas para mapear o ecossistema religioso nesta eleição. Aí entram babalorixás, gurus, rabinos e afins.

Entre os títulos inseridos nas urnas desde 2000, o de pastor é o mais popular, com 41,3% desse universo. Na sequência, estão os irmãos (28,8%) e irmãs (11,8%) que disputaram os últimos sete ciclos municipais.

A pesquisa não abrange todos os candidatos que se valem da fé na corrida eleitoral, já que nem todos declaram o sacerdócio ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Outros que dispensam o recurso: Marcello Crivella (Republicanos), ex-senador, ex-prefeito do Rio de Janeiro e hoje deputado federal, que é sobrinho do bispo Edir Macedo e ele próprio bispo licenciado da Igreja Universal, além do deputado federal Paulo Freire Costa (PL-SP), da estadual Marta Costa (PSD-SP) e a vereadora Rute Costa (PL-SP), todos filhos do pastor José Wellington Bezerra da Costa, à frente do poderoso Ministério Belém da Assembleia de Deus.

O cientista político Vinicius do Valle, do Observatório Evangélico, lembra que a adoção dos cargos eclesiásticos no nome de guerra eleitoral “fica um pouco desnecessária se é um candidato que já é promovido dentro das igrejas”. Quem reforça a pertença religiosa nas urnas, em geral, “é para suprir a falta de engajamento da sua instituição”, diz. Isso explicaria em parte a retração neste ano.

Diretor-executivo adjunto do Instituto de Estudos da Religião, o sociólogo e pastor Clemir Fernandes atenta que, com a dilatação de grupos cristãos na política, sobretudo de 2018 para cá, expor o título religioso não é tão relevante mais. Até porque, diz, “toda a gramática e estética das candidaturas já seria fortemente evangélica ou católica”.

Fonte: Folha de S. Paulo

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