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Quadro de Cristo ‘sangra’ na Índia

Centenas de fiéis vêm fazendo fila diante de uma igreja na cidade de Mumbai, na Índia, desde que manchas apareceram num quadro de Jesus Cristo na última sexta-feira.

As supostas manchas de sangue surgiram pouco abaixo do coração de Cristo.

“Jesus está nos dizendo que é o Deus vivo e único e que nós temos que crer nele. Temos que rezar pela paz”, disse essa devota.

Embora muitos devotos estejam convencidos de que as manchas são de sangue, os padres da igreja não atestam o milagre.

Para eles, o fenômeno é simplesmente conseqüência da umidade no local.

Fonte: BBC Brasil

Pais irritados com a distribuição do Novo Testamento em escola

Uma organização hindu está criando problemas para uma escola cristã que permitiu a entrega de material cristão a estudantes. De acordo com as notícias publicadas pelo site www.hindujagruti.org, o incidente aconteceu em KwaZulu-Natal, uma província na África do Sul.

A organização social Vishwa Shakti (Poder Mundial) recebeu reclamações de pais hindus irritados e de estudantes da Escola Secundária Tongaat por causa da distribuição gratuita do Novo Testamento.

De acordo com a história publicada no website, a escola convidou um orador filiado a uma organização cristã para falar a estudantes sobre a importância dos valores. Depois da conferência, os estudantes foram convidados a levar cópias do Novo Testamento.

“O Ato de Escolas proíbe a promoção de doutrinamento religioso. Nós recebemos reclamações de alunos que ficaram chateados porque isso foi mais do que o programa acadêmico”, disse Kamal Maharaj, da organizacão Vishwa Shakti.

E ele ainda continuou: “Nós esperamos que seja feita alguma coisa para compensar formalmente as crianças. Essa é uma violação aos direitos humanos, é uma violência psicológica. Quando você tenta promover uma visão particular entre crianças que são impressionáveis, isso não é justo.”

O website também informou que um pai que se recusou a se identificar estava “furioso”. O pai disse: “Se uma criança tiver curiosidade de ler, pode ser influenciada.”

Outro pai teria dito: “Nós não temos nenhum problema com qualquer pessoa promovendo a religião deles, mas não se pode fazer isso com crianças que estão debaixo da proteção de adultos. Eu penso que a permissão dos pais é vital nesses casos.”

Diretor explica

O diretor da escola, Soobramoney Raman, se justificou: “Eu trago políticos e pessoas com habilidades de liderança para vir e motivar meus alunos para o bom caminho. Os alunos puderam escolher entre levar ou não levar uma Bíblia. Esses que não quiseram as Bíblias deixaram-nas para trás. Nada foi empurrado a eles.”

“Até mesmo as pessoas de organizações hindus estão livres para entregar material religioso. Eu não tenho nenhuma objeção”, disse o diretor. Segundo ele, não havia nenhuma questão doutrinária envolvida.

“Na realidade, tudo isso é educacional. Tudo foi feito de uma maneira transparente. Eu tenho aqui uma maioria cristã, mas há também os que não são. Não temos um ethos cristão. As minorias nunca foram marginalizadas aqui. Eu tenho as minhas dúvidas se eles teriam sido influenciados.”

Fonte: Portas Abertas

Prolongação da vida: uma decisão pessoal?

Grupo de 200 deputados alemães apresentou projeto de lei reafirmando o direito do paciente de decidir sobre a prolongação de sua vida em situação extrema. Igrejas temem colapso ético.

Dois terços dos alemães querem decidir por si mesmos se devem receber tratamento médico, e de que tipo, em situação potencialmente terminal. E boa parte de seus deputados vê a questão da mesma forma.

Nesta quinta-feira (26/06) o Bundestag (câmara baixa do Parlamento) debate uma proposta de lei sobre a regulamentação dos testamentos vitais. Iniciador do projeto é o social-democrata Joachim Stünker, juntamente com 200 deputados, tanto de seu partido quanto verdes, liberal-democratas e esquerdistas.

Desde o início de 1980, os alemães têm a possibilidade de formular um testamento vital. Através deste, determinam de antemão como desejam ser tratados, em caso de doença grave. Por exemplo, por quanto tempo devem receber alimentação e respiração artificial, se estão em coma.

Direito à autodeterminação

A declaração é relevante num caso em que o paciente não possa decidir pessoalmente, por encontrar-se inconsciente ou por outro motivo. Porém testamentos vitais nem sempre são acatados: em caso de incerteza por parte dos médicos, quem decide é a Justiça.

Atualmente, a política alemã debate quando e em que casos o testamento vital deve ser respeitado. Stünker e seus adeptos pleiteiam a validade máxima. “Quem leva a sério o direito à autodeterminação, tem que reconhecer o direito do paciente a estipular para si o início e interrupção das medidas para manutenção vital, em qualquer fase da doença”, declararam os deputados ao apresentar seu projeto de lei.

Para os adversários da proposta, contudo, ela é um “convite à arbitrariedade”. Entre estes encontra-se a chefe da bancada verde no Parlamento, Renate Künast. Segundo ela, não se pode equiparar um testamento vital redigido anteriormente à atual decisão do paciente. Este ponto de vista é ecoado tanto por outros deputados verdes quanto por democrata-cristãos.

Perigo de colapso ético?

Fora do Parlamento, a iniciativa sofre pressões tanto da Igreja católica quanto da luterana. Sua advertência: se qualquer pessoa puder recusar um tratamento, decidindo assim sobre a própria morte, a ameaça é de um colapso ético. Sua sugestão é que testamentos vitais só tenham validade total nos casos em que seja certo que a doença levará à morte. Até setembro próximo, as Igrejas pretendem apresentar um projeto de lei alternativo.

Gian Domenico Borasio é professor de Medicina Paliativa da Universidade de Munique, seu campo de pesquisa concentra-se em proteger o paciente da dor, mesmo em caso de grave moléstia. Ele vê falhas em ambas as propostas e critica o próprio debate sobre a validade dos testamentos vitais proposto por Künast.

“Devemos aconselhar as pessoas para que estabeleçam testamentos vitais que façam sentido tanto para elas próprias quanto para os médicos que as tratam.” Sua sugestão: quem queira fazer uso desta possibilidade deve primeiro fazer uma consulta de aconselhamento com um médico. Este explicaria as possibilidades de tratamento para as diversas doenças. Pois muitas pessoas têm simplesmente medo de uma imprevisível “medicina de máquinas”.

Política e morte

O advogado Bernd Kieser, por sua vez, critica o projeto de Stünker do ponto de vista jurídico, já que implicaria alterar o Código Civil alemão. “O ponto nevrálgico do testamento vital é que a Espada de Dâmocles do direito penal pende sobre a cabeça do médico. Na realidade, a questão deveria estar fixada no Código Penal. Aí o médico saberia que não incorre em pena, mesmo que, por exemplo, cancele uma medida para prorrogar a vida, a pedido do paciente.” Kieser faz parte da direção da Associação Alemã de Previdência e Direito Assistencial (dvvb).

Mas é possível que a idéia não resulte em nenhuma lei. Já em 2003 a Corte Federal de Justiça alertava para a necessidade de regulamentar os testamentos vitais por lei. Porém todas as iniciativas fracassaram no Parlamento, e nada aconteceu.

Também desta vez, são cada vez mais nítidas as vozes segundo as quais é melhor que a política se mantenha fora de tópicos sensíveis como a morte. Como resume Norbert Röttgen, da União Democrata Cristã: “Em se tratando de um tema assim, não se pode fazer uma cirurgia com um pé-de-cabra”.

Fonte: DW World

Efeitos ‘espirituais’ de cogumelo duram 1 ano, dizem cientistas

Os efeitos “espirituais” da psilocibina, uma substância contida nos chamados cogumelos sagrados, duram mais de um ano e podem oferecer uma forma de ajudar pacientes com doenças fatais ou dependentes, afirmaram pesquisadores norte-americanos na terça-feira.

Os cientistas disseram também que sua descoberta mostram haver formas seguras de testar drogas psicoativas em voluntários se algumas diretrizes forem seguidas.

Em 2006, Roland Griffiths, da Universidade Johns Hopkins em Baltimore (Maryland), e colegas dele deram psilocibina para 36 voluntários e pediram que contassem como se sentiram.

A maior parte deles relatou uma experiência “mística” ou “espiritual” que consideravam positiva. Mais de um ano depois, a maior parte ainda dizia que a experiência havia ampliado seu sentimento de bem-estar e de satisfação com a vida, escreveram Griffiths e seus colegas em um artigo da Journal of Psychopharmacology.

“Essa é uma descoberta realmente incrível”, afirmou o cientista em um comunicado. “É raro ver nas pesquisas com a mente relatos tão positivos e duradouros a respeito de um único evento ocorrido em laboratório.”

A pesquisa pode oferecer formas de ajudar a tratar pessoas extremamente ansiosas ou deprimidas, ou pessoas viciadas em algo, disse Griffiths, cujo trabalho foi patrocinado pelo Instituto Nacional de Dependência em Drogas, um órgão dos EUA.

“Isso dá crédito às alegações de que as experiências do tipo mística que pessoas têm durante o consumo de alucinógenos podem ajudar os pacientes atingidos por ansiedade ou depressão ligadas a casos de câncer e podem servir como um eficiente tratamento para os dependentes de narcóticos”, afirmou o cientista.

Apesar de a psilocibina ser ilegal, muitos Estados norte-americanos e alguns países fazem vista grossa para o fato de ser usada por indígenas em cerimônias religiosas.

A supervisão durante o uso da droga é algo fundamental, afirmaram os pesquisadores, acrescentando que os alucinógenos não devem ser fornecidos para pessoas predispostas à psicose ou a problemas mentais graves.

Segundo Griffiths, no entanto, mesmo os pacientes que disseram ter sentido medo após a ingestão da droga não relataram qualquer efeito negativo permanente um ano depois.

Dos 36 voluntários que consumiram a psilocibina, 22 tiveram uma experiência mística “completa”. “E mesmo depois de passados 14 meses, 58 por cento dos 36 voluntários continuavam vendo na experiência com a psilocibina uma das cinco mais pessoalmente significativas de suas vidas ao passo que 67 por cento a colocavam entre as cinco espiritualmente mais significativas de suas vidas”, disseram os cientistas.

Fonte: Reuters

Padre desiste de ser candidato a vice-prefeito em Sorriso

O padre Nelson Koch não é mais candidato a vice-prefeito de Sorriso na chapa com o empresário Chicão Bedin, do PMDB. Ele confirmou que desistiu oficialmente de participar das eleições, atendendo determinação do bispo diocesano de Sinop, Dom Gentil Delázari.

O Código de Direito Canônico proíbe a participação de padres e bispos nas eleições.

“Conversei ontem à noite com as lideranças partidárias e expliquei que não poderia deixar de lado meus 27 anos de trabalho sacerdotal, iniciados em Sinop e desenvolvidos em Sorriso e outras cidades. Minhas vontade pessoal era ser candidato, mas não posso desrespeitar as decisões superiores da igreja”, afirmou, ao Só Notícias.

“Pessoalmente fico frustrado com esta decisão, mas por outro lado o carinho do povo de Vera, Feliz Natal e Santa Carmem onde estou me deixa muito feliz e me incentiva a continuar meu trabalho sacerdotal”, acrescentou.

O bispo diocesano Dom Gentil Delazari disse, ao Só Notícias, que, caso padre Nelson insistisse em ser candidato poderia ser afastado de suas funções e transferido para outra cidade. Em 2004 ele havia sido candidato pelo PT e acabou levando gancho e transferido para Vera.

Agora, a coligação encabeçada por Chicão Bedin discute quem deve ser o candidato a vice.

Fonte: Só Notícias

Igreja quer impedir eleição de candidatos com ‘ficha suja’

A CNBB e a Caritas iniciaram um abaixo assinado para colher 1,3 milhão de assinaturas.

O Fórum das Pastorais Sócias com o apoio da Comissão Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e demais organizações sociais realizam o lançando da emenda do Projeto de Lei (PL), lei 9.840 que trata da vida pregressa dos candidatos. O lançamento aconteceu no auditório da Fetag, na manhã desta terça-feira.

Na oportunidade, os mobilizadores colheram assinaturas para levar o PL à Câmara Federal. A coleta será realizada nas praças João Luís, Pedro II, Saraiva e Rio Branco, em Teresina.

A meta é alcançar o mínimo de 1,3 milhão de assinaturas em todo o país, para que a PL vá ao Congresso, sem passar pela Câmara Federal. O objetivo também é que a Lei seja aprovada até final de agosto, para que comece a valer ainda nas eleições de outubro.

Com o Projeto de Lei, ficam inelegíveis os que forem condenados em primeira ou única instância ou tiverem contra si denúncia recebida por órgão judicial colegiado em razão de crimes graves, além de parlamentares que renunciarem ao mandato para fugir de cassação.

O Projeto de Lei defende ainda que haja uma condenação criminal por improbidade administrativa para que ocorra a inelegibilidade. No caso dos políticos que detém foro privilegiado, a proposta é que a inelegibilidade decorra tão-somente do recebimento da denúncia, já que, segundo a Constituição, muitos desses processos podem até ser suspensos por decisão do Parlamento.

Além disso, as denúncias criminais, nesses casos, terão que ser recebidas por um tribunal formado por diversas pessoas, o que dá maior garantia de que o processo será iniciado com base em alegações fundamentadas e embasadas em provas.
Na programação do evento, os organizadores estarão fazendo um histórico da lei, explicando a emenda, os últimos acontecimentos sobre as mobilizações e encaminharão os trabalhos após a recolhida das assinaturas e processo de monitoramento da Lei.

De acordo coordenadora pedagógica da Cáritas Regional do Piauí, Hortência Mendes, uma das organizadoras do evento, o objetivo maior dessa mobilização é orientar a sociedade e dar continuidade às fiscalizações de combate à corrupção eleitoral.

“A nossa preocupação é orientar a população. É necessário que as pessoas conheçam a lei e saibam quem são os corruptos que querem se dar bem nessas eleições. Ao mesmo tempo, se a lei for aprovada estaremos fiscalizando seu cumprimento, suscitando que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) investigue os partidos porque essa emenda é um avanço de que vamos decidir se pessoas corruptas, assassinas, criminosas e que tiverem problemas sérios com a lei, serão punidas”, enfatiza.

Estão envolvidos nessa mobilização a Cáritas Brasileira, CPT, Pastoral do Migrante, OAB, ABI, Fetag, Fórum de Convivência com o semi-árido, Cerac, Colping, pastorais e diversas instituições de mobilização social.

Fonte: Cidade verde

Empresas na Espanha lucram com judeus e muçulmanos

Empresas têm um pé no campo sociológico na Espanha. Hoje, a área de vendas de uma grande multinacional no país precisa saber mais do que ocorre no território que qualquer sociólogo.

Quando outras religiões entram no país, predominantemente católico até a pouco, mesmo que governos descubram o fenômeno e se metam em uma polêmica infinita, empresas espanholas estão fabricando para esses religiosos tantos produtos quanto podem. As informações são do jornal El País.

Algumas delas o fazem há anos e outras acabam de se juntar a elas. Se trata de um público fiel e disposto a pagar um valor extra pelo que consideram um valor agregado. Algumas o vendem para – por exemplo – 1,5 milhão de muçulmanos que vivem na Espanha, ou para aproximadamente 40 mil judeus abrigados no país. Porém, muitas outras exportam para todo o mundo.

Um exemplo é Lluís Pich, que, quando o dia começa no abatedouro, sacrifica frangos tanto pelo ritual muçulmano como pelo judeu. Ao menos uma vez por semana, o rabino vai a Avitec, em Tarragona, para matar frangos cumprindo a tradição alimentar que marca a Torá ou o ensino judeu (são 300 aves com certificado casher ou aptas na semana).

Do ritual islâmico se encarregam matadores muçulmanos que matam frangos olhando para Meca e em nome de Alá. Alla hu Akbar, Alla hu Akbar…os matadores o dizem tantas vezes como sacrificam aves: em um ano são mais de 1,5 milhão halal, ou seja, que cumprem os preceitos da sharía.

Hoje, um terço da produção do abatedouro já é dirigida ao público muçulmano ou judeu. Pich diz que são bons clientes e estão dispostos a pagar mais pelo que, para eles é, sem dúvida, um valor agregado.

O galo casher, pro exemplo, é muito mais caro que o halal, e mais do que os trabalhadores chamam comumente de “galo cristão”, no abatedouro de Avitec. De quase quatro euros o galo dos judeus, a 2,5 o halal e menos de dois euros o convencional.

O motivo para essa diferença é que o ritual judeu é maior e mais trabalhoso que os outros e sacrifica menos aves por hora (600 ante 3 mil): o galo não pode passar pela máquina de abate (algo em que se parece com El halal) e morrem de uma cisão feita pelo rabino no que seria a veia jugular, sem sofrimento. A seguir, é mergulhado em três recipientes diferentes de água.

Agora, explica Pich, é mais fácil para a comunidade judaica encontrar produtos casher na Espanha. Dessa forma, Madrid já conta com uma notável oferta de restaurante com comida casher e em Torremolinos existe um hotel batizado com esse termo e é dirigido ao público judeu.

Fora da Espanha, existem inclusive agências que organizam viagens casher, “mas elas são dirigidas, sobretudo ao público mais ortodoxo, que quer garantir de que tudo aquilo que seja consumido durante a viagem foi supervisionado por rabinos”, opina Saban.

David Liberson, um rabino radicado em Barcelona, trabalha para empresas certificadoras de produtos casher, que são fabricados por 500 empresas espanholas, como as lanchonetes Capçanes, a fábrica de marmeladas Bebé, no povoado navarro de Dan Adrián; ou a fábrica de balas de goma Haribo de Cornellà del Terri, em Girona.

Liberson é o encarregado de gerenciar a elaboração do vinho nas adegas catalãs de Capçanes, um povo de Tarragona católico, apostólico e romano que produz e exporta o primeiro vinho espanhol para judeus, Flor de Primavera, desde 1995. O processo casher começa quando Liberson descarrega a uva na adega.

Os empregados da loja não precisam ser judeus, mas a partir da adega até o engarrafamento, a equipe habitual da empresa não pode ter nenhum contato com o vinho até que ele seja envasado.

Assim se produzem umas 25 mil garrafas anuais que exportam para mais de 30 países, sobretudo Estados Unidos e Israel. “A cooperativa entrou em contato com a comunidade judaica de Barcelona em uma feira gastronômica na França, porque procuravam uma adega na Espanha que queria elaborar o casher, e fomos os primeiros”, explica a empresa.

A Espanha conta com centenas de companhias que comercializam produtos específicos para determinada religião. De uma adega que elabora vinho casher em Tarragona – cumpre os preceitos da Torá e é manuseado apenas por judeus, sem nenhum derivado de porco – até uma fábrica de chapéus em Sevilla, ou todo tipo de empresas de alimentação.

Também existem empresas para produtos islâmicos, fábricas de conservas, de leite, de comprimidos vitamínicos, e pode nascer inclusive um banco islâmico através da Bancorreos, a entidade da Deutsche Bank e Correios.

Fonte: Terra

The New York Times: Arquidiocese resolve casos de abuso sexual com acordo de US$ 5,5 milhões

A Arquidiocese Católica de Denver anunciou nesta terça-feira, 1° de julho, um acordo de US$ 5,5 milhões para resolver 18 casos de abuso sexual cometidos por três padres contra jovens paroquianos entre 1954 e 1981.

Entre os casos, 17 envolviam os padres falecidos Harold Robert White e Leonard Abercrombie. Uma queixa era contra o monsenhor Lawrence St. Peter, também falecido.

O arcebispo de Denver, Charles Chaput, disse que a provação das vítimas é terrível e “imensamente mortificante” para a Igreja.

“Nós não podemos desfazer os pecados e fracassos do passado, ou o sofrimento que causaram”, disse Chaput em uma coletiva de imprensa. “Eu gostaria de expressar a tristeza de todos nós da Igreja pelo fato disto ter acontecido.”

Desde agosto de 2005, a arquidiocese resolveu por meio de acordos 36 processos e sete outras alegações contra White, Abercrombie e St. Peter, totalizando cerca de US$ 8,3 milhões, disse a porta-voz da arquidiocese, Jeanette DeMelo.

Restam apenas mais dois casos de abuso sexual contra menores contra a arquidiocese, disseram as autoridades. Estes casos pendentes envolvem Abercrombie e outro padre falecido, Thomas Barry.

Um advogado de 14 das vítimas, Jeff Anderson, de Saint Paul, Minnesota, disse que White abusou de 12 de seus clientes. White era um criminoso em série que não conseguia se controlar, disse Anderson, e as autoridades da arquidiocese que poderiam tê-lo detido, denunciando as queixas contra ele à polícia, não tiveram coragem de fazê-lo por décadas.

“Elas acobertaram e permitiram a ele ser o que era”, disse Tom Koldeway, 47 anos, um dos três irmãos Koldeway que sofreram abusos por White em Minturn, a cidade nas montanhas do Colorado para a qual foi nomeado. “Acusações já tinham sido feitas contra ele antes mesmo de eu ter nascido. Eles sabiam.”

Koldeway disse que o aspecto mais satisfatório do acordo é a revelação da cumplicidade da arquidiocese nos crimes de White.

O pai dos Koldeway, Art, disse que a agonia de seus filhos “partiu a família ao meio”.

As vítimas dos padres tinham idades entre 8 e 14 anos quando sofreram os abusos, disse Anderson.

White era sempre transferido para outras paróquias, hospitais e escolas em Denver, Sterling, Minturn, Colorado Springs, Aspen, Loveland e Wheat Ridge.

“Diante do que sabemos hoje sobre abuso sexual, muitas das decisões tomadas pela liderança da arquidiocese durante os anos 1961 a 1981, em relação a Robert White, agora seriam muito diferentes”, disse Chaput.

Brandon Trask, 52 anos, foi o primeiro deste grupo de querelantes a acusar White de estupro.

“Procurar a arquidiocese foi extremamente assustador”, disse Trask. “Eu perguntei a eles o que sabiam, quando souberam e o que fizeram a respeito. A resposta foi: ‘Não podemos dizer, não podemos dizer, não podemos dizer’.”

A vítima de abuso Randy Becker, 47 anos, disse que não conseguia dizer a verdade até o fantasma de seu pai falecido ter aparecido a ele.

“Eu ainda tenho fé em Jesus Cristo, mas perdi totalmente minha fé na Igreja Católica”, disse Becker, enquanto seu neto de 7 anos soluçava discretamente atrás dele.

Chaput disse que os acordos eram vitais para as vítimas e também grandes o suficiente para esgotar significativamente os recursos da Igreja para educação e outros serviços. Mas a arquidiocese, que atende 525 mil católicos no norte do Colorado, não foi forçada a vender propriedades para pagar as vítimas, diferentemente da Arquidiocese de Los Angeles, que vendeu imóveis para pagar os acordos no valor de US$ 660 milhões em 2007.

O arcebispo disse que a Arquidiocese de Denver busca há 20 anos um melhor entendimento da natureza do abuso sexual e como preveni-lo. Ele disse que seu antecessor, o arcebispo Francis Stafford, atualmente um cardeal que serve ao papa em Roma, estabeleceu políticas abrangentes para má conduta sexual em 1991, que incluem a denúncia imediata de qualquer alegação de abuso sexual de menor às autoridades legais.

Devido ao estatuto de limitações do Colorado, muitos clérigos que cometeram abusos nunca enfrentarão acusações criminais, disse Anderson.

Um processo civil também costuma ser limitado a um período de seis anos após a vítima completar a idade de 18 anos.

Chaput disse que a arquidiocese adotará mediação – não litígio – com as vítimas independentemente do período de tempo.

Fonte: The New York Times

Pastores e homossexuais estão em ‘guerra’

Um projeto polêmico promete movimentar o Senado nos próximos dias. De um lado um projeto de lei complementar que proíbe e coíbe a homofobia (termo utilizado para identificar o ódio, aversão ou a discriminação de uma pessoa contra homossexuais ou homossexualidade) transformado-a em crime e do outro lado pastores que são totalmente contrários à lei.

O assunto é tão polêmico, que mais de mil pastores foram ao Congresso para reivindicar o direito de criticar o homossexualismo.

Segundo representantes da Frente Nacional Evangélica que foram ao Congresso, o projeto “fere a liberdade de manifestação religiosa e o direito à livre manifestação do pensamento”. Isso porque criminalizaria ‘toda e qualquer manifestação contrária ao homossexualismo e às suas práticas, ferindo o direito constitucional que cada cidadão tem de, livremente, manifestar-se, expressar-se e opinar sobre qualquer tipo de conduta moral ou tema social’.

Em Dourados, o presidente do Conselho dos Pastores Evangélicos de Dourados – Conped, Geder Martimiano, se disse totalmente solidário e disse apoiar a iniciativa nacional dos pastores. “Somos totalmente favoráveis às reivindicações nacionais e unânimes em defender nossos direitos”, disse ele. (Veja aqui o site do Conped).

O PLC 122/06, já foi aprovado na Câmara dos Deputados, encontra-se em análise na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) e na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado.A bancada evangélica dos senadores já se mostrou contrária à idéia. A proposta considera crime o preconceito de gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero. Entre as sanções previstas para a homofobia, está a pena de cinco anos de prisão.

Em Brasília, durante os protestos, um dos pastores que puxou as orações, Jabes de Alencar, da Assembléia de Deus, apelou: “Senhor, sabemos que há uma maquinação para que este País seja transformado numa Sodoma e Gomorra (cidades que, pela Bíblia, foi arrasada por Deus pela prática da luxúria). Um projeto desses vai abrir as portas do inferno’. Quando começaram a se dirigir para o interior do Congresso, os protestantes gritavam melodias como ‘Caia, Babilônia, caia, Babilônia”.

Por outro lado

A mesma constituição que garante a liberdade de manifestação religiosa e o direito à livre manifestação do pensamento, também proíbe “qualquer tipo de discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais”.

A coordenadora do Centro de Referência em Direitos Humanos e Combate à Homofobia – CRDH e presidente Associação de Gays, Lésbicas e Transgêneros de Dourados – AGLTD, Cláudia Assumpção, disse que vê a lei como sendo muito positiva e importante. “Na última conferência que estive em Brasília esta lei já era debatida e por isso será uma vitória para todo o movimento a aprovação definitiva. Agora tem que ter meios para fazê-la cumprir, porque não vai adiantar nada se a lei só existir no papel”, disse Cláudia.

Quanto aos protestos dos pastores, ela disse que isso já era de se esperar, “pois todos são homofóbicos mesmo”. “Eles podem reclamar, mas nós jamais vamos desistir”, enfatizou a coordenadora.

Em Dourados…

Cláudia reclamou que a mesma luta nacional também é travada em Dourados. “Estamos tentando reconhecer a AGLTD como sendo de utilidade pública, desde o ano passado, porém a bancada evangélica da Câmara Municipal de Vereadores não deixa o projeto andar. O mesmo preconceito que sofremos nos grandes centros, sofremos aqui também”, disse a presidente.

Fonte: Dourados News

Seita poligâmica do Texas lança moda infantil nos EUA

Roupas simples e austeras de algodão, longos aventais e cuecas largas são a nova moda entre as crianças americanas, lançada pelas mulheres da seita poligâmica do Texas que ficou conhecida em abril passado, quando a polícia retirou 468 crianças da guarda de seus pais.

O “boom” começou por acaso, quando os serviços sociais tentaram mudar a roupa das crianças sob sua guarda, sem sucesso, o que gerou um pedido para que as mulheres da seita produzissem mais vestimentas.

Em seguida, as mulheres da seita decidiram produzir mais roupas, que foram anunciadas no site fldsdress.com, dando origem à nova moda.

A coleção é destinada especialmente às crianças, com roupa toda abotoada, mangas amplas e calças dobradas no tornozelo, mas adultos interessados também podem realizar pedidos.

No final de maio, a Suprema Corte do Texas considerou “infundada” a retirada das 468 crianças da fazenda da seita, uma corrente da Igreja dos Santos dos Últimos Dias (FLDS, sigla em inglês), dissidentes dos mórmons.

Seita

O rancho da seita, em Eldorado, foi descoberto depois da denúncia de uma jovem de 16 anos que teria sido forçada a se casar com um homem mais velho.

Na ligação à polícia, a jovem contou que havia sido obrigada a se casar com Dale Barlow, um homem de 49 anos, e que era vítima de violência. De acordo com a jovem, ela seria a sétima mulher de seu marido, já havia tido uma criança e acreditava estar grávida de novo.

Um total de 168 mães e 69 pais das crianças foram identificados por meio de testes de DNA.

Os membros do FLDS negam a existência de abusos físicos e sexuais no local, e dizem que são perseguidos devido às suas crenças religiosas.

O líder da seita, Warren Jeffs, está preso no Estado de Utah, acusado de cumplicidade com um crime de estupro, em conexão com um casamento que ele celebrou em 2001. Ele também enfrenta acusações por manter relações com uma adolescente e por incesto.

Fonte: Folha Online

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