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Nomeação de pastora lésbica gera protestos no Canadá

Sacerdotes canadenses se manifestaram contra a decisão do bispo anglicano Peter Coffin de nomear como pastora da diocese de Ottawa uma mulher que admitiu ser lésbica.

Sacerdotes canadenses se manifestaram contra a decisão do bispo anglicano Peter Coffin de nomear como pastora da diocese de Ottawa uma mulher que admitiu ser lésbica.

Em sinal de protesto, uma igreja de Ottawa se nega a receber ordens da diocese e vários pastores assinaram um documento contra a decisão do bispo Coffin.

Os sacerdotes dissidentes afirmam que “o bispo renegou o espírito da moratória nacional da Igreja anglicana sobre os casais do mesmo sexo”.

A pastora lésbica Linda Privitera, é membro do clero secular da Igreja de São João O Evangelista de Ottawa.

O bispo Coffin reagiu aos protestos: “Não considero a homossexualidade um pecado. Posso ser chamado de liberal e heterodoxo, mas creio firmemente que o semelhante deva ser tratado com respeito e dignidade”.

“Amar alguém com fidelidade até que a morte separe o casal, é uma verdadeira benção que extrapola a orientação sexual”, concluiu Coffin.

Fonte: ANSA

Violência doméstica está presente em todas as classes sociais

A violência doméstica é uma realidade que está presente em todas as classes sociais, independente de religião, disse a presidente da Casa de Isabel, em São Paulo, a pesquisadora Sonia Regina Maurelli.

Das três mil mulheres que, mensalmente, buscam ajuda na Casa de Isabel, no bairro Itaim Paulista, em São Paulo, 90% são evangélicas. A violência doméstica é uma realidade que está presente em todas as classes sociais, independente de religião, disse a presidente da Casa, pesquisadora Sonia Regina Maurelli.

“As mulheres evangélicas são mais tolerantes e pacientes e acreditam numa transformação profunda dos seus maridos”, apontou Maurelli. Elas só consideram o divórcio em última instância no caso de adultério, e “são orientadas a conviver com seus maridos para não viver em pecado”, disse a pesquisadora para a ALC, explicando as razões dessa maior freqüência de evangélicas na Casa de Isabel.

A pesquisadora atribui o alto percentual de violência à falta de perspectivas, ao desemprego, à utilização abusiva de bebidas alcoólicas e substâncias psicotrópicas, que desencadeiam um “desajuste comportamental no homem”. A falta de perspectivas e a violência social reprimidas manifestam-se no seio familiar.

Pesquisadora na área da violência, Maurelli afirmou que muitos pastores encaminham casos de agressão para tratamento psicoterapêutico na Casa de Isabel, embora ainda prevaleça a prerrogativa popular de que “em briga de marido e mulher não se mete a colher”.

As igrejas precisam promover espaços seguros para que as mulheres possam falar dos problemas de ordem privada, defendeu a pastora luterana Elaine Neuenfeldt, também professora de Teologia Feminista na Escola Superior de Teologia (EST), em São Leopoldo, ao tomar conhecimento da estatística divulgada pela ONG paulistana Casa de Isabel.

Na avaliação da pastora Neuenfeldt, a postura das igrejas em relação ao assunto da violência doméstica é muito tímida diante da grandeza da realidade das mulheres que sofrem. “Quando, nas igrejas, a oração incluiu as mulheres em situação de violência?” – indagou, após destacar que o silêncio é uma forma perigosa de se lidar com a questão.

“Se no âmbito jurídico a violência doméstica é chamada de crime, na linguagem do mundo das igrejas deveria ser denominada de pecado”, sublinhou a pastora da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB).

De acordo com dados apresentados na Conferência Nacional de Saúde On Line, os custos com a violência doméstica no Brasil representam uma perda de 10,5% do seu Produto Interno Bruto (PIB). Pesquisa da Sociedade Mundial de Vitimologia, da Holanda, realizado em 54 países e ouvindo 138 mil mulheres, indica que 23% das mulheres brasileiras estão sujeitas à violência doméstica.

Fonte: ALC

CMI motiva igrejas do Brasil em meio à violência

Em carta dirigida às igrejas brasileiras, o Comitê Executivo do Conselho Mundial de Igrejas (CMI) manifestou preocupação com o aumento da violência no Brasil e instou-as a dar testemunho da esperança e significado às pessoas nesse período de medo e terror.

Em carta dirigida às igrejas brasileiras, o Comitê Executivo do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), reunido em Genebra nos dias 16 a 19 de maio, manifestou preocupação com o aumento da violência no Brasil e instou-as a dar testemunho da esperança e significado às pessoas nesse período de medo e terror.

“Enquanto ressoam os disparos de armas de fogo e a violência, esperamos que o chamado das igrejas e da sociedade civil pela paz e fim para a violência prevaleça”, diz a carta assinada pelo moderador do CMI, o pastor luterano Walter Altmann, do Brasil, e o secretário geral do organismo ecumênico, o pastor metodista Samuel Kobia, do Quênia.

A manifestação do CMI reporta-se à violência “sem precedentes” instaurada em São Paulo na sexta-feira, 12, por grupos criminosos, liderados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), e que resultou na morte de mais de uma centena de pessoas e destruição do patrimônio público.

“É pertinente que as igrejas não estejam somente chocadas pelas ações de uma organização criminal, mas também percebam a insuficiência do sistema legal e a superlotação das prisões. As reformas têm sido difíceis devido à corrupção, impunidade e falta de vontade política”, assinala a carta do CMI.

Balanço da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, divulgado ontem à noite, registra 293 ataques contra instituições públicas e privadas, a servidores públicos de corporações militares e civis, iniciadas às 20h da última sexta-feira. Nos confrontos morreram 107 pessoas, das quais 41 policiais e quatro civis.

O Comitê Executivo do CMI une-se às igrejas do Brasil oferecendo sinceras condolências aos familiares das vítimas dessas agressões. Lembra, também, que o foco da Década para a Superação da Violência em 2006 é a América Latina, evento que pode contribuir para “superar esse flagelo de violência que está destruindo nossas sociedades”.

Essa foi a primeira reunião do Comitê Executivo do CMI depois da realização da IX Assembléia do organismo ecumênico internacional, realizada em Porto Alegre, de 14 a 23 de fevereiro, e a primeira reunião presidida pelo novo moderador, Walter Altmann, escolhido na ocasião. O Comitê Executivo é constituído por 23 conselheiros eleitos para o Comitê Central do CMI, que tem, no seu todo, 152 integrantes.

O CMI define-se como uma fraternidade de igrejas que confessam Jesus Cristo como Senhor e Salvador. Ele reúne 348 igrejas protestantes, ortodoxas e anglicanas, que somam 590 milhões de cristãos em 110 países.

Fonte: ALC

Igrejas reafirmam liberdade religiosa e acordam código sobre conversões

O Vaticano e o Conselho Mundial de Igrejas (CMI) afirmaram que a liberdade religiosa é um direito humano “não negociável”, mas advertiram que é preciso superar a obsessão de querer converter os outros.

O Vaticano e o Conselho Mundial de Igrejas (CMI) afirmaram que a liberdade religiosa é um direito humano “não negociável”, mas advertiram que é preciso superar a obsessão de querer converter os outros.

“Liberdade religiosa é um direito fundamental, inviolável e não-negociável de todo o ser humano em cada país do mundo”, diz o relatório da reunião realizada em Velletri, a 40 km de Roma, dias 12 a 16 de maio. Na ocasião, foi acordada a formulação de um código comum sobre o controverso tema das conversões religiosas.

Os 27 participantes da reunião, entre eles representantes do budismo, cristianismo, hinduismo, islamismo, judaísmo e da religião africana yoruba, declararam que o direito à liberdade religiosa implica a responsabilidade de respeitar as outras crenças e “nunca denegri-las, vilipendiá-las ou tergiversá-las com o propósito de afirmar a superioridade da própria fé”.

O relatório recomenda que seja superada a obsessão de converter os outros e destaca que nesse campo falharam crentes de todas as religiões que cometeram erros e injustiças. O texto sugere que todas as comunidades religiosas façam um exame autocrítico de seus antecedentes históricos e de sus bases doutrinais.

Como resultado da autocrítica e arrependimento, deveriam ser realizadas reformas visando uma aproximação saudável no tema da conversão. Algumas propostas concretas incluem desalentar e rechaçar meios anti-éticos, evitar aproveitar-se de pessoas vulneráveis, como crianças e portadoras de deficiência, e fazer trabalho humanitário sem intenções subalternas.

Os participantes acolheram a idéia de um código de conduta sobre a conversão, desenvolvido conjuntamente pelo Conselho Pontifício para a Unidade dos Cristãos do Vaticano e o CMI, e sugeriram que o diálogo inter-religioso sobre essa questão continue em diferentes níveis.

A Igreja Católica conta com cerca de 1.2 bilhão de fiéis no mundo, enquanto o CMI agrupa 347 igrejas protestantes, anglicanas e ortodoxas em mais de 120 países, com uma membresia estimada em mais de 450 milhões de crentes.

Fonte: ALC

Câmara britânica estuda lei autorizando eutanásia

A Câmara dos Lordes começou a debater um projeto de lei que permitirá que médicos ajudem pessoas com doenças terminais a morrer, uma medida que enfrenta forte oposição na opinião pública e não conta com o apoio do governo.

A Câmara dos Lordes começou a debater um projeto de lei que permitirá que médicos ajudem pessoas com doenças terminais a morrer, uma medida que enfrenta forte oposição na opinião pública e não conta com o apoio do governo.

A discussão envolve desde questões espirituais às práticas, incluindo teologia cristã e o preço do serviço de saúde. Mais de 90 nobres se inscreveram para tratar do assunto, incluindo uma falange de bispos, liderados pelo arcebispo de Canterbury, Rowan Williams.

“Como uma sociedade com compaixão, não podemos ficar sentados e permitir, de forma complacente, que pacientes com doenças terminais, sofrendo de modo insuportável, continuem a sofrer para o bem da sociedade”, disse Lorde Joel Joffe, em apoio à medida. “Devemos encontrar uma solução para o sofrimento insuportável de pacientes cujas necessidades não podem ser atendidas pelo tratamento paliativo”.

Tanto a eutanásia quanto o suicídio assistido são proibidos no Reino Unido. A Lei da Morte Assistida para Doentes Terminais permitiria que médicos receitassem medicamentos que a pessoa doente poderia tomar para acabar com a vida.

O arcebispo Williams disse que, apesar de muitos na comunidade religiosa se oporem à lei, o combate não se deve apenas a questões religiosas. “Sabemos que nosso Serviço Nacional de Saúde está sob grave pressão financeira, e embora o padrão de atendimento paliativo britânico seja um dos melhores do mundo, sua distribuição é injusta”, disse ele. “Que incentivo haverá para melhorar e ampliar o padrão, se houver um modo mais simples e barato de resolver essas pressões?”

Junto ao cardeal Cormac Murphy-O’Connor, líder da Igreja Católica Romana na Inglaterra e país de Gales, e Sir Jonathan Sacks, rabino das Congregações Hebréias Unidas da Comunidade Britânica, Williams assina uma carta publicada no “The Times” pedindo a rejeição da lei.

Fonte: Último Segundo

Comunistas se aliam com evangélicos nas campanhas

Foi-se o tempo em que os comunistas eram ateus. Hoje, eles fazem o sinal da cruz quando passam em frente às igrejas e muitos não dispensam um “aleluia” entusiasmado nos cultos evangélicos.

Foi-se o tempo em que os comunistas eram ateus. Hoje, eles fazem o sinal da cruz quando passam em frente às igrejas e muitos não dispensam um “aleluia” entusiasmado nos cultos evangélicos. Essa mudança de comportamento tem rendido alianças importantes ao pequeno PCdoB, hoje com aproximadamente 200 mil filiados no país.

No Distrito Federal, por exemplo, o pré-candidato a governador Agnelo Queiroz, ex-ministro do Esporte, recebeu grupo de 15 pastores quando se apresentou para concorrer ao GDF. No Rio de Janeiro, o senador Marcelo Crivella (PRB), integrante da Igreja Universal do Reino de Deus, trabalha aliança com a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ). “Essa história de preconceitos acabou”, comenta o presidente do PCdoB, Renildo Calheiros.

Renildo conta que, no Rio, as conversas estão adiantadas. “Temos conversado com Crivella, que gostaria de ter a deputada Jandira como senadora em seu palanque”, diz. Ele não descarta a aliança, mas afirma que o projeto prioritário é com o PT e, como há a verticalização, talvez não seja possível o PCdoB se coligar ao PRB de Crivella. Mas, no que se refere a diferenças religiosas, nada impediria a coligação. “Não existe referência à religião ou até mesmo ao ateísmo no estatuto do partido”, diz Renildo.

A relação dos comunistas com os evangélicos vai desde os movimentos sociais e se prolonga no Parlamento. Foi assim, por exemplo, que se deu a aproximação de setores da Assembléia de Deus no Distrito Federal com Agnelo. “Nossa relação aqui é política, sem preconceitos religiosos. São militantes e pastores ligados a partidos políticos que, assim como no passado, apoiaram Cristovam Buarque e hoje estão com Agnelo”, comenta o vice-presidente do PCdoB no Distrito Federal, Messias José de Souza, que coordena a pré-campanha do partido ao GDF.

A receptividade é recíproca. O coordenador da frente parlamentar evangélica no Congresso, deputado Adelor Vieira (PMDB-SC), por exemplo, lembra empolgado que os comunistas “também são cristãos” ao ressaltar o sucesso das parcerias cada vez mais constantes com os seguidores da cartilha Marxista. Apesar de destacar que os políticos-pastores não têm partido constituído, Vieira aposta na comunhão entre os dois blocos em boa parte dos estados nas eleições deste ano. “Essas alianças entre nós e os comunistas são feitas em nome de interesses políticos comuns. O PCdoB é um dos partidos que, nos últimos anos, mais se aproximaram de nós. Na hora de defender melhorias e brigar por ideais que beneficiem o país, as divergências religiosas são deixadas de lado”, comenta.

Não é de hoje que os evangélicos se convertem em aliados de primeira hora do PCdoB. Algumas afinidades chegaram a entrar para o folclore político. Além de se juntar a um grupo de orações à época da disputa pela presidência da Câmara, o então candidato Aldo Rebelo (PCdoB-SP) — apelidado pelos colegas de “comunista do Senhor” — chegou a pedir “pelo amor de Deus” a dois colegas que parassem uma briga no plenário da Casa. “Aldo Rebelo é nosso irmão. E até nos pediu uma bíblia”, elogia Vieira.

Fonte: DE BRASÍLIA.COM

Religião faz bem para a pressão arterial, diz estudo

Culto
Culto

Participar de atividades religiosas tem um efeito positivo sobre a pressão sangüínea, de acordo com estudo apresentado em reunião da Sociedade Americana de Hipertensão, em Nova Iorque.

Participar de atividades religiosas tem um efeito positivo sobre a pressão sangüínea, de acordo com estudo apresentado em reunião da Sociedade Americana de Hipertensão, em Nova Iorque.

Ao término de um estudo feito entre mais de 5.300 pessoas de raça negra nos EUA, pesquisadores do Centro Médico da Universidade de Mississippi encontraram os efeitos positivos.

“Nossas conclusões mostram que a integração da religião e da espiritualidade – freqüentar a igreja e rezar – podem proteger indivíduos do stress e evitar os efeitos destrutivos da hipertensão”, diz Sharon Wyatt, uma das autoras do trabalho.

Fonte: Estadão

Procura pela cientologia cresce 30% nas sedes de SP

Cientologia é uma seita acusada de abortos, assédio moral e até abuso sexual
Cientologia é uma seita acusada de abortos, assédio moral e até abuso sexual

Trazida ao Brasil em 91 pelo venezuelano Randolph Sambo, 45, e sua mulher, a brasileira Lucia Whinter, 43, a igreja da cientologia tem hoje duas sedes em SP e um grupo em Jundiaí

O astro Tom Cruise faz a festa dos tablóides desde que resolveu aproveitar os holofotes para divulgar a cientologia, conhecida como Igreja de Hollywood. Tanta exposição da vida pessoal e da crença polêmica, na avaliação de críticos de cinema, prejudicou a estréia de “Missão: Impossível 3” nos EUA, no último final de semana. O filme, considerado o melhor da série, arrecadou US$ 48 milhões nos três primeiros dias, 20% abaixo da expectativa dos distribuidores.

A bilheteria teria sido afetada pela imagem do ator, supostamente arranhada por declarações controversas, como quando criticou Brooke Shields (“A Lagoa Azul”) por tomar remédio contra a depressão pós-parto (em entrevista, na semana passada, a atriz o provocou: “Ouvi gente que disse ser possível tratar de depressão com religião. Respeito, mas é um problema clínico, não espiritual.”). Se o cinema de Tom Cruise pode ter sofrido abalo com sua pregação religiosa, a cientologia, por outro lado, “bombou”.

Fundada em 1954 pelo escritor norte-americano Ron Hubbard (autor de ficção científica, entre outros temas), a religião pega carona nas figuras hollywoodianas (John Travolta é outro “fiel-grife”). Sua sede internacional, aliás, um prédio oponente, fica em Los Angeles, a terra do cinema.

Basicamente, a cientologia defende que o homem pode melhorar sua vida através de estudos e exercícios _disponíveis em seus livros, DVDs, palestras etc. Na internet, há um sem-fim de debates entre defensores e críticos. Pessoas que dizem ter salvado a vida por meio da religião e outras que relatam ter pensado em suicídio depois de se submeterem à “lavagem cerebral caça-níquel”.

Cruise, 43, é membro da igreja há 20 anos, mas assumiu o papel de seu garoto-propaganda recentemente. Quando filmava “Guerra dos Mundos” (2005), de Steven Spielberg, uma tenda com atendentes cientologistas foi montada. Além de divulgar a igreja nas entrevistas, o ator propaga aos quatro ventos a felicidade que teria obtido através dela –um bom exemplo é a cena na qual pulou em cima do sofá do famoso programa de Oprah Winfrey (EUA), para se declarar a Katie, 27.

“Efeito Tom Cruise”

Trazida ao Brasil em 91 pelo venezuelano Randolph Sambo, 45, e sua mulher, a brasileira Lucia Whinter, 43, a igreja da cientologia tem hoje duas sedes em SP (Vila Mariana e Carrão) e um grupo em Jundiaí (60 km da capital).

Segundo Sambo, com o “efeito Tom Cruise”, a procura pelos templos paulistanos aumentou de 20% a 30%. Desde que o ator começou o romance com Katie, estrela do seriado “Dawson’s Creek”, e não saiu mais da mídia, as sedes de São Paulo têm recebido, por semana, cerca de 140 pessoas em busca de informações.

Animados, os cientologistas do Brasil têm planos de ampliação. Uma tenda semelhante à montada ao lado do set de “Guerra dos Mundos” esteve neste mês em Salvador, onde será inaugurada uma sede. Sambo afirma estar negociando com a Prefeitura de SP para montar a tenda num parque, de preferência no Ibirapuera.

Na barraca são vendidos livros, CDs, DVDs e realizados testes de personalidade –porta de entrada dos fiéis, que aponta pontos fracos e um curso para melhorá-los.

Na igreja da Vila Mariana o local nada lembra igrejas ou templos. Parece um conjunto de escritórios ou escola de inglês, com mesas, lousas e divisórias.

Na porta, um cartaz avisa: “teste de personalidade gratuito”. O questionário tem 200 perguntas, com três alternativas para resposta –sim, talvez e não.

Sambo afirma ter cadastrado 20 mil nomes no país. Não significa que sejam todos convertidos à religião, já que há os que fazem o teste de personalidade e não voltam.

Sambo e a mulher abriram em 2001 a editora Ponte, que lançou em português cerca de 60 títulos sobre o tema. O principal deles, de Dianética (técnica para se livrar de traumas), já vendeu 7.000 cópias, um bom resultado no país.

Formado em direito, Sambo conheceu Lúcia, ex-veterinária, num curso da religião nos Estados Unidos. Casaram-se e decidiram implantar a religião ao Brasil.

Para Sambo, as histórias da abstinência sexual de Tom Cruise e de que ele teria comido a placenta do filho e não passam de lenda, ele diz não haver dogmas na cientologia. Já o parto em silêncio é fato. E vem aí muito mais, já que os fiéis hollywoodianos vão se casar em breve. Na igreja da cientologia, claro.

Fonte: Folha Online

Seleção terá pastor como guia espiritual

Carlos Alberto Parreira será o responsável pela preparação técnica. Moraci Sant’Anna cuida da parte física. Pastor Anselmo encarrega-se da preparação espiritual. Preparação espiritual? Exatamente.

Carlos Alberto Parreira será o responsável pela preparação técnica. Moraci Sant’Anna cuida da parte física. Pastor Anselmo encarrega-se da preparação espiritual. Preparação espiritual? Exatamente. Mas, alto lá. Não foi criado um novo cargo dentro da comissão que acompanhará a seleção brasileira na Copa do Mundo da Alemanha. Porém, a condição de “treinador da fé” existe, só que informalmente, e será exercida pelo paranaense Anselmo José Richardt Alves, convocado para o Mundial pelo grupo de Atletas de Cristo da seleção.

Nascido em Rio Negro, pastor da 1.ª Igreja Batista de Curitiba e ex-jogador de futebol, Anselmo realizou o mesmo trabalho na Copa da Coréia e do Japão, em 2002. Esteve ao lado de Alex Dias Ribeiro, ex-piloto de Fórmula 1 e diretor executivo da missão Atletas de Cristo, que nas Copas dos Estados Unidos (1994) e da França (1998) já havia orientado espiritualmente o Brasil. A parceria segue na Europa.

“Jesus é o treinador dos treinadores, nos ensina a sermos campeões no jogo da vida”, declara o Pastor Anselmo, 47 anos, sobre a importância do trabalho. Quanto à influência da pregação sobre a prática do futebol – em especial as faltas, às vezes violentas – ele esclarece: “O importante é não ser maldoso. Falta não é pecado, tem de jogar firme”.

Nas Copas América e das Confederações, assim como nas Eliminatórias, o pastor também marcou presença, sempre à convite do zagueiro Lúcio, o responsável pela organização das reuniões. Além do jogador do Bayern de Munique, farão parte do grupo neste ano Gilberto, Kaká, Zé Roberto, Cicinho, Edmílson, Cris, Luisão e Fred.

“É um trabalho autorizado pelo Parreira. Conversamos geralmente após os jogos, sobre tudo, oramos e lemos a Bíblia”, revela Anselmo, que baseia-se em exemplos bíblicos para motivar os atletas no gramado. “São passagens como a de Davi e Golias, que mostra a importância do preparo, de não confiar apenas no potencial”, relata, revelando uma mensagem que passará aos atletas para impedir que o favoritismo prejudique a equipe.

Como na campanha do penta, o religioso viajará por conta da Associação Missionária de Capelania e Discipulado a Esportistas (Amcades), mantida por Lúcio. E embora nunca tenha pedido ingressos para as partidas, deve assistir a todos os jogos.

Time aposta em imagens de santos e na bíblia

Jogadores e comissão técnica, que embarcam hoje rumo à Suíça, já puseram seus amuletos na bagagem.

O treinador Carlos Alberto Parreira e o coordenador técnico Zagallo viajarão com imagem de santo Antônio.

A imagem que Parreira levará ao Mundial foi benzida em Pádua, na Itália, onde o santo morreu em 1231.

Além da fé em santo Antônio, Parreira é devoto de são Judas Tadeu, padroeiro das causas impossíveis. “Gosto muito da história dele”, diz.

Edmílson, Adriano e Gilberto levarão a Bíblia. “Tenho a hábito de levar a Bíblia como companhia nas viagens. Leio sempre”, disse Edmílson, do Barcelona, que pode ser titular no Mundial.

Fonte: Gazeta do Povo e Folha de São Paulo

IBGE diz que 14 milhões de brasileiros passam fome

Família com fome
Família com fome

Estudo inédito revelou que mais de 3,3 milhões de famílias em todo o País convivem de forma rotineira com o pesadelo da fome. Ao todo, 14 milhões de brasileiros vivem no que o instituto chama de ambiente de insegurança alimentar grave.

A promessa de garantir três refeições diárias a todos os brasileiros, várias vezes repetida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está longe de se tornar realidade. A comprovação da distância entre intenção e realidade foi divulgada esta semana pelo IBGE. Estudo inédito revelou que mais de 3,3 milhões de famílias em todo o País convivem de forma rotineira com o pesadelo da fome. Ao todo, 14 milhões de brasileiros, número equivalente a 7,7% da população, vivem no que o instituto chama de ambiente de insegurança alimentar grave. Em outras palavras, passam fome. Deixam de comer por absoluta falta de dinheiro para comprar alimentos.

O estudo, chamado Segurança Alimentar, foi realizado por encomenda do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. A principal novidade está na metodologia usada, que permitiu, pela primeira vez, identificar e contar o número de pessoas em diferentes estágios de risco alimentar. O novo método enterra de vez as estimativas anteriores usadas com alarde, mas sem respaldo técnico.

O estudo identifica não apenas aqueles que passam fome, mas também os que convivem com a preocupação de eventual falta futura de comida. Essas pessoas são consideradas em estado de insegurança alimentar leve, moderada ou grave. Existem 18 milhões de residências nessa situação. Nelas, moram 72 milhões de brasileiros, quase 40% da população do País. Nos dois últimos degraus, estão cerca de 40 milhões de pessoas (22% da população total), que enfrentavam à época da pesquisa (último trimestre de 2004) “limitação de acesso quantitativo a alimentos básicos”.

Para a pesquisadora da Unicamp Ana Maria Segal, pioneira no uso do método, em um estudo restrito à região de Campinas o nível moderado da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia) configura um quadro de restrição na quantidade de alimentos que pode ou não caracterizar uma situação de fome, condição que ela considera “bastante provável”, principalmente entre os adultos. “Mas na insegurança grave, o quadro é mesmo de fome, independentemente da presença ou não de crianças no domicílio”, afirmou.

Os Estados do Norte e do Nordeste, mais uma vez, lideram a trágica estatística: mais da metade da população dessas regiões mora em domicílios onde a quantidade de alimentos disponíveis é insuficiente para garantir a sobrevivência em condições mínimas de dignidade. O Maranhão, com 18% dos domicílios em situação de insegurança alimentar grave, lidera o ranking da fome, seguido de perto por Roraima (15,8%) e Paraíba (15,1%).

Santa Catarina, com 2%, São Paulo, com 3,4%, além de Paraná, Rio de Janeiro e Sergipe, todos com 3,7%, compõem o bloco dos cinco Estados que apresentam a menor proporção de domicílios onde a fome é mais do que uma ameaça.

Para o secretário de Avaliação e Gestão do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Rômulo Paes de Sousa, “não há surpresas” em relação ao perfil da desigualdade brasileira. “Há décadas sabemos quem são, mas só agora, com a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar, ficamos sabendo quantos são e o quanto eles estão em situação desfavorável.”

Apesar de destacar a importância do estudo, Souza ressaltou que a escala “é a fotografia” de um momento. “Naquela época, existiam 5,7 milhões de domicílios cadastrados no Bolsa Família, que hoje já atende a 9,1 milhões de famílias.” A expectativa do governo, diz ele, é que em dezembro o programa atinja 11,1 milhões de domicílios, o que representa o universo estimado para as famílias com renda per capita domiciliar de até R$ 120 por mês.

REPASSES

Duas em cada três famílias em situação de insegurança alimentar (66%) receberam dinheiro de pelo menos um programa social do governo no mês em que foi realizada a pesquisa. Para 15% delas, o repasse não foi suficiente para impedir que ao menos uma pessoa no domicílio passasse fome, segundo os números divulgados ontem pelo IBGE.

A pouca eficácia dos repasses sociais, pelo menos à época da pesquisa, fica mais clara no Norte e no Nordeste, regiões mais beneficiadas pelas ações de transferência de renda. Em ambas, 73% das famílias com déficit alimentar recebiam benefícios sociais, de acordo com a Ebia.

Sousa não vê contradições nos números. “Em 2004 havia um contexto de transferência de renda diferente do atual.” Segundo ele, naquela ocasião existiam cinco programas diferentes, e o Bolsa Família estava apenas no começo. “No ano passado houve uma forte racionalização, com a migração de vários desses programas para o Bolsa Família, e isso não está refletido no estudo”, justificou.

Metade das crianças de até 4 anos está sob risco

A Escala Brasileira de Insegurança Alimentar revela um cenário perverso para os domicílios com crianças e aqueles que se declararam pretos ou pardos. Em todo o País, metade dos meninos e meninas até os quatro anos de idade encontra-se em situação de risco alimentar leve, moderado ou grave. No nível mais baixo da tabela, há 1,5 milhão de crianças convivendo com a falta de comida, número que representa 10,3% da população brasileira na faixa etária.

No Norte e no Nordeste a situação é ainda pior, com cerca de 17% das crianças com menos de cinco anos de idade em situação de insegurança alimentar grave, ante 5,3% no Sul e Sudeste e 5,7% no Centro-Oeste.

Dos 13,9 milhões de brasileiros que vivem de perto a realidade da fome, mais de 10 milhões são pretos ou pardos (72,4%), uma diferença significativa diante dos 3,8 milhões que se declararam brancos (27,3%) e sofrem com a falta de alimentos. Enquanto para a população negra a proporção dos que não têm nenhum tipo de preocupação com alimentação sequer atinge a metade (47,7%), para os brancos o índice de segurança total chega a 72% .

Três em cada quatro pessoas que convivem com a fome moram em domicílios onde a renda per capita mensal não ultrapassa meio salário mínimo, o equivalente a R$ 4,30 por dia.

O número de moradores também representa forte impacto. Enquanto a proporção de moradias com insuficiência moderada ou grave situa-se em um patamar próximo a 15% nos domicílios com até três pessoas, nas residências com sete ou mais chegou a 42,8%. Nos domicílios com pelo menos um morador com menos de 18 anos, a proporção de mulheres em situação de insegurança alimentar moderada ou grave chegou a 28,4%, ante 19,8% para os homens.

15 questões detectam insegurança alimentar

O conceito de segurança alimentar utilizado pelo IBGE, inspirado em metodologia adotada nos Estados Unidos, Canadá e México, entre outros países, contempla pessoas ou famílias que não sofrem restrições na quantidade ou na qualidade dos alimentos e não temem qualquer mudança deste cenário.

Já a insegurança alimentar é percebida em níveis que variam desde a preocupação de que o alimento acabe antes que haja dinheiro para a reposição até chegar ao ponto mais grave, em que a família passa a sofrer restrição na disponibilidade de comida.

São pessoas que deixam de comer “um ou dois dias”, “alguns dias” ou “quase todos os dias”, por absoluta falta de dinheiro para a compra de alimentos, destaca o estudo realizado pelo instituto, e que sofrem ainda psicologicamente pela falta de garantia de que não passarão mais fome.

Para elaborar a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar, o IBGE cruzou dados recolhidos pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, realizada no último trimestre de 2004, com um questionário com 15 perguntas. Para cada pergunta são oferecidas apenas as alternativas “sim” ou “não”. A cada “sim”, surgem outras opções de respostas para identificar freqüência.

Cada conjunto de perguntas recebe uma pontuação. Se as quatro primeiras receberem um “não” como resposta fica caracterizada uma situação de total segurança alimentar. Para caracterizar um quadro de insegurança grave é necessário que as pessoas entrevistadas respondam “sim” a pelo menos 11 das 15 questões da escala.

IBGE e Ipea vão definir critério único para pobreza

O IBGE e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estão concluindo um estudo encomendado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome para uniformizar, por meio de uma nova metodologia, os critérios para definir o número de brasileiros abaixo da linha de pobreza. “O trabalho está bem adiantado e logo estará pronto”, informou o secretário de Avaliação e Gestão do ministério, Rômulo Paes de Sousa.

Ele adiantou que a nova linha de pobreza levará em conta as diferenças regionais. “É um trabalho importante até mesmo para sabermos com exatidão o contingente de pobres no País.”

Cada órgão ou grupo define esse número com base em fontes e metodologias distintas. O ministério usa como parâmetro para programas de transferência de renda as famílias com rendimento médio per capita de até R$ 120.

Os dados sobre linha de pobreza freqüentemente levam em conta a metodologia do Ipea, que separa essa categoria da de indigência. Em 2000, o Ipea indicava que 34% das famílias estavam abaixo da linha de pobreza.

Fonte: Estadão

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