Líder cristão Joseph Shabazian estava preso desde agosto de 2022, no Irã. (Foto: Portas Abertas)
Líder cristão Joseph Shabazian estava preso desde agosto de 2022, no Irã. (Foto: Portas Abertas)

A sentença de prisão do cristão iraniano Joseph Shahbazian foi reduzida de dez para dois anos em uma nova análise do caso. Joseph foi preso em maio de 2022, na famosa prisão de Evin, e havia solicitado a reabertura de sua sentença.

Ele foi acusado de ameaça à segurança nacional e incitação de multidões por causa do envolvimento com uma igreja cristã. Além disso, por adorar a Jesus, ele foi acusado de blasfêmia ao islã. Depois de uma tentativa frustrada de reabertura do caso, ele foi ouvido.

Injustiça reconhecida

A Suprema Corte reconheceu em fevereiro deste ano que não há evidências ou documentação que comprovem as acusações contra Joseph. Consequentemente, a Corte considerou a sentença de punição máxima injustificada.

A nova sentença determina que Joseph cumprirá mais 15 meses de prisão. Assim que sair da prisão, ficará exilado na cidade de Kahnuj e será proibido de viajar para o exterior também por dois anos.

Punições severas para cristãos

O caso de Joseph revela um padrão preocupante do sistema judicial da República Islâmica do Irã: os cidadãos cristãos são submetidos a punições severas, incluindo longas sentenças de prisão, desproporcionais se comparadas a outros crimes.

Apesar das solicitações de revisão, muitas vezes eles são ignorados e submetidos a sentenças injustas sem reconsideração. A redução da pena é um vislumbre de esperança, mas não minimiza ou altera o fato de que o tratamento injusto no sistema judiciário continua prejudicando as minorias religiosas e os direitos humanos no Irã.

Fonte: Portas Abertas

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