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Sob polêmica, Parlamento alemão aprova leis de combate ao anti-semitismo

Relembrando os crimes do nazismo, o Bundestag vota leis pró-semíticas. Mas debate foi também ocasião para mesquinharia e politicagem partidária entre conservadores e esquerdistas.

Em memória dos chamados “Pogroms de Novembro”, o Bundestag aprovou nesta terça-feira (04/11) diversas iniciativas para incentivo à vida judaica e combate ao anti-semitismo na Alemanha. Entre elas, está a introdução de um relatório sobre o tema, a ser apresentado a intervalos regulares.

Oradores de todos os partidos exigiram uma postura decidida contra as diferentes manifestações do anti-semitismo. Os deputados reconheceram tratar-se de um grave problema social, ainda hoje, e saudaram o novo desabrochar da vida judaica no país.

Mais espaço para temas judaicos

O debate parlamentar transcorreu às vésperas dos 70 anos dos Pogroms de Novembro – também eufemisticamente denominados “Noite de Cristal do Reich”. Na noite de 9 para 10 de novembro de 1938, os nazistas atearam fogo a 1.400 sinagogas e casas de oração na Alemanha e na Áustria, devastaram 7.500 negócios e prédios residenciais de judeus, além de assassinar 1.400 pessoas e maltratar milhares. Pelo menos 30 mil judeus foram deportados para campos de concentração.

No documento aprovado pela câmara baixa do Parlamento alemão, as diferentes bancadas instaram o governo federal a promover a apresentação regular de um relatório formulado por “um grêmio de peritos composto por pesquisadores e pessoas ligadas à prática”.

Outra meta é que “os currículos escolares sejam ampliados com temas sobre a vida e a história judaica, assim como sobre Israel contemporâneo”. Projetos-modelo de valor comprovado no combate ao anti-semitismo deverão ser financiados. Além disso, cabe comprovar se os programas federais existentes garantem proteção suficiente às vítimas de atos anti-semíticos.

Nobres princípios e mesquinharia partidária

De forma inesperada, a sessão do Bundestag foi marcada por desavenças entre os partidos conservadores CDU e CSU (União Democrata Cristã e Social cristã) e A Esquerda. Entre estocadas ideológicas e em tom nem sempre elegante, estas ameaçaram roubar o foco do verdadeiro tema dos debates, sobre o qual as opiniões eram, em princípio, unânimes.

O deputado da CSU Hans-Peter Uhl falou da tentativa bestial dos nazistas de eliminar a vida judaica através do assassinato de milhões, ressaltando, contudo, que o anti-semitismo “não é um capítulo encerrado”. O social-cristão apontou para o anti-semitismo disfarçado da extinta Alemanha comunista (RDA) e para as críticas a Israel por certos políticos do partido A Esquerda, as quais repetiriam clichês fatídicos.

Exemplos atuais

O social-democrata Christian Arendt taxou as observações de Uhl de mesquinhas. Arendt detectou um “novo anti-semitismo”, chamando a atenção para os 1.541 atos contra judeus registrados no país em 2007. A presidente da bancada parlamentar verde, Renate Künast, recordou que houve déficits na elaboração do passado em toda a Alemanha.

“Eles ocorreram tanto na RDA como na jovem república Federal da Alemanha. E quem critica uma, sem citar a outra, Senhor Uhl, não é digno de crédito.” Künast evocou ainda a recente agressão contra um rabino e seus alunos, na última semana, em Berlim.

Gabriele Fograscher, do Partido Social Democrata (SPD), lamentou a “atitude indigna” da CDU/CSU, acusando os conservadores de agirem em nome de interesses meramente partidários. Ela se pronunciou pela ampliação e zelo de instituições acadêmicas, culturais e sociais judaicas.

Segundo Christine Köhler, da CDU, os eventos do passado obrigam a “não reagir com susto e silêncio, mas sim levantar-se e dizer ‘nunca mais, muito menos na Alemanha'”. A “úlcera do anti-semitismo” continua se desenvolvendo, sendo, portanto, preciso combatê-la, instou a democrata-cristã.

Fonte: DW World

Censo atrai novos fiéis para igreja

Crianças que manifestaram vontade de ingressar na catequese, famílias que buscaram o batismo e se converteram à religião católica. Esses são alguns dos resultados da primeira etapa do censo realizado pela Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, de Bauru.

Desde junho, moradores e comerciantes da região central da cidade recebem visitas dos agentes da paróquia, que têm como objetivo divulgar as atividades da igreja, como catecismo, horários de missa, aspergir água benta, além de esclarecer dúvidas sobre questões religiosas. O intuito da pesquisa é saber qual é a religião de quem mora e trabalha nesta região, e se é praticante ou não.

De acordo com o padre Romildo Alceu, a primeira etapa do censo reuniu cerca de 55 agentes de seis pastorais da Santa Teresinha. Em quatro meses, a iniciativa conseguiu atrair pessoas que estavam afastadas da igreja.

“Nós fomos muito bem acolhidos pelos moradores e os primeiros resultados foram positivos. Houve um retorno de muitos fiéis às nossas missas e também em nossas atividades como direção espiritual e confissão”, revela.

Os primeiros números mostram que 15 famílias pediram para receber o sacramento do batismo e para retornar à Igreja Católica; dez famílias quiseram receber a visita do pároco; 21 famílias optaram por receber a visita da imagem de Nossa Senhora da Família; cinco casais que moram juntos há algum tempo querem se casar na igreja; quatro crianças manifestaram vontade de ingressar na catequese e seis famílias se tornaram dizimistas.

“A iniciativa surgiu porque a paróquia é muito grande e tinha a preocupação com a estrutura da família, das pessoas que são católicas, mas só vão à igreja quando precisam”, explica o padre Romildo.

Comunidade

A segunda etapa do censo já teve início e está sendo realizada com os comerciantes da região central da cidade. “Queremos aproximar a pastoral do comércio e montar uma comunidade entre os comerciantes para a realização de terços e novenas”, adianta o padre.

Por meio do censo também será traçado o mapa de abrangência da paróquia, que alcança desde a área entre a avenida Rodrigues Alves e as imediações do Hospital de Base, até as avenidas Nações Unidas e Pedro de Toledo.

Depois da pesquisa, outra idéia que padre Romildo quer implementar é, a cada grupo de dez famílias católicas, formar uma comunidade que teria inclusive um santo como padroeiro e realizar reuniões de oração, entre outras atividades pastorais.

Há três anos na Paróquia Santa Teresinha, padre Romildo revela que quer conhecer melhor os fiéis. “Com esses primeiros resultados, quero agradecer todas as famílias que nos acolheram e desejar um Feliz Natal”, finaliza.

Elevada à categoria de paróquia em 1952, a Igreja de Santa Teresinha, inaugurada em 1934 em Bauru, foi tombada pelo patrimônio histórico e cultural em 2002. A igreja tem uma capela, a de São José, que funciona no Hospital de Base, e uma obra social no Parque Santa Cândida que atende 150 crianças, denominada Associação Teresinha do Menino Jesus (Atemje).

Fonte: Jornal da Cidade de Bauru

LE MONDE: Fórum inédito reúne dignitários católicos e muçulmanos no Vaticano

A complicada questão do diálogo entre os cristãos e os muçulmanos seguramente não será resolvida em três dias de discussões no Vaticano – de terça, 4, a quinta-feira, 6 de novembro.

Contudo, o Fórum que, de maneira inédita, está reunindo 29 altos responsáveis da Igreja católica e outros tantos dignitários muçulmanos, e que não estará aberto nem para o público, nem para imprensa, possui um alcance simbólico que não deve ser menosprezado dentro de um contexto pouco propício para relações apaziguadas.

De um lado, a atual situação das minorias cristãs nos países muçulmanos vem provocando preocupações recorrentes no Vaticano, que denuncia os entraves à liberdade religiosa. Do outro, o pontificado de Bento 16, um papa conhecido por ser menos inclinado do que o seu predecessor a promover intercâmbios com as outras religiões, tem se caracterizado por atitudes e iniciativas que vêm suscitando incompreensões, tanto no mundo muçulmano quanto entre os partidários do diálogo islâmico-cristão.

O discurso do papa em Ratisbon (na Alemanha), em setembro de 2006, no decorrer do qual ele estabeleceu uma vinculação entre o Islã e a violência, foi um desses momentos marcados por fortes tensões. Este discurso esteve na origem da “carta dos 138”, um apelo dirigido ao papa e a todos os responsáveis cristãos, de autoria de dignitários muçulmanos. Esta carta, que insiste na prevalência de “uma palavra comum, fundamentada no amor de um Deus único e no amor pelo próximo”, acabou resultando no encontro de Roma. Na manhã da quinta-feira, Bento 16 deverá reunir-se pessoalmente com os participantes. Este gesto foi saudado por unanimidade pelos muçulmanos.

A “meditação” do papa na Mesquita azul de Istambul, que ocorreu três meses depois do discurso de Ratisbon, ou ainda o seu encontro com o rei da Arábia Saudita em novembro de 2007 já haviam sido bastante apreciadas pelo mundo muçulmano.

Contudo, paralelamente a esta vontade evidente de dialogar, as fontes de tensão vêm ressurgindo regularmente. Este foi o caso por ocasião do batismo espetacular de um ex-muçulmano convertido ao catolicismo, que Bento 16 celebrou pessoalmente em março, ou ainda durante a visita do papa na França, em setembro. Na ocasião, diante de uma platéia de bispos franceses, o sumo pontífice havia especificado que “o objetivo do diálogo (entre as religiões) é a procura da Verdade. O próprio Cristo é a Verdade. É recomendável começar ouvindo os nossos interlocutores, e então passar para a discussão teológica, o que desembocará finalmente no anúncio da fé”, disse.

No entanto, esta demonstração foi recebida por alguns muçulmanos como uma forma de incentivar a conversão. Para Dom Michel Santier, encarregado, na França, das relações com as outras religiões, além de ser um dos católicos que participam do Fórum, isso significa simplesmente que “sob o pretexto de desenvolver o diálogo não se deve recalcar os fundamentos da nossa fé”.

Aparentes contradições

Recentemente, por ocasião de um sínodo que reuniu 250 bispos em Roma, estes últimos consideraram que era preciso “permanecer prudente no quadro do diálogo com as outras religiões, para não arriscar incorrer no sincretismo”. “Embora ele não seja um especialista no Islã, o papa sabe que ele não tem escolha. Ele deve dialogar com os muçulmanos. Contudo, ele talvez não tenha conseguido converter os mais céticos para a importância desse diálogo”, considera Mustapha Chérif, um intelectual argelino que é um dos signatários da “carta dos 138”.

Segundo os especialistas no diálogo entre as religiões, essas aparentes contradições comprovam, sobretudo, a complexidade da questão. Eles se interrogam igualmente a respeito da representatividade dos muçulmanos que estão participando do fórum em Roma. A sua delegação é liderada pelo “grande mufti” (jurisconsulto supremo, considerado o intérprete qualificado do alcorão) da Bósnia, Mustafá Ceric; enquanto a dos católicos é conduzida pelo cardeal Jean-Louis Tauran, encarregado, no Vaticano, do diálogo com as outras religiões.

Em relação ao fundo da questão, os participantes deveriam dar uma ênfase toda particular, na quarta-feira, por ocasião das discussões dedicadas ao “respeito mútuo”, para o tema da “reciprocidade” no plano da prática religiosa, um assunto muito sensível para um grande número de católicos.

Fonte: Le Monde

Barack Obama é eleito com 25% do eleitorado evangélico

O democrata Barack Obama conquistou a Casa Branca, derrotando McCain e fazendo história ao se tornar o primeiro negro a ser eleito presidente dos Estados Unidos. Obama não ganhou a maioria dos votos evangélicos em nenhum Estado. O que já era esperado.

Obama tomará posse como o 44º presidente dos Estados Unidos em 20 de janeiro de 2009, segundo projeções das redes de TV norte-americanas. Ele terá pela frente enormes desafios, como a crise econômica, a guerra do Iraque e a reforma do sistema público de saúde.

A vitória de Barack Hussein Obama, 47 anos, filho de um negro do Quênia com uma branca do Kansas, é um marco na história dos EUA, 45 anos após o auge do movimento dos direitos civis, liderado pelo pastor Martin Luther King.

Obama ganhou em Connecticut, Havaí, Oregon, Virgínia, Washington, Califórnia, Iowa, Delaware, Distrito de Columbia, Illinois, Maine, Maryland, Massachussets, Michigan, Minnesota, New Hampshire, Nova Jersey, Novo México, Nova York, Ohio, Pensilvânia, Rhode Island, Vermont e Wisconsin.

Já McCain levou Alabama, Idaho, Arkansas, Geórgia, Kansas, Kentucky, Louisiana, Dakota do Norte, Tennessee, Oklahoma, Carolina do Sul, Virgínia Ocidental, Mississipi, Nebraska, Texas, Utah e Wyoming.

Desses Estados, Michigan, New Hampshire, Ohio, Pensilvânia e Illinois são considerado importantes para a disputa. Obama venceu em todos eles. Além disso, os votos de Iowa, Ohio e Novo México migraram de republicanos, em 2004, para democratas, nesta eleição.

Obama não ganhou a maioria dos votos evangélicos em nenhum Estado. O que já era esperado. Mas restava a dúvida de que parcela do eleitorado evangélico o Senador conseguiria conquistar. Conquistaria um de cada três eleitores evangélicos (como Clinton fez em 1992) ou um de cada quatro (como o Kerry fez em 2004)? O resultado foi mais próximo da última hipótese: uma sondagem na saída das urnas revelou que 26 por cento do eleitorado americano se auto denomina evangélico ou renascido cristão, e destes, 74 por cento votaram em McCain, e 25 por cento votaram em Obama.

De qualquer forma, o voto evangélico variou significativamente de Estado para Estado, da margem de 19 pontos em Illinois à margem de 81 pontos em Mississipi. E de Estados com as populações evangélicas tão pequenas que nem sequer foram registradas aos Estados onde são a maioria esmagadora do eleitorado.

Obama se denomina cristão e crente em Jesus Cristo. “Eu sou um cristão, e eu sou um cristão devoto. Eu acredito na morte e na ressurreição de Jesus Cristo. Eu acredito que essa fé me dá um trajeto limpo do pecado e acredito que tenho a vida eterna. Mas, mais importante ainda, eu acredito no exemplo de Jesus, que alimentou os que tinham fome, curou os doentes e sempre deu prioridade aos mais necessitados. Eu ‘não caí fora da igreja’ como muitos dizem, mas houve um despertar muito forte em mim da importância destes exemplos. Eu não quis andar sozinho nesta caminhada. Aceitar Jesus Cristo em minha vida foi o guia poderoso para minha conduta e meus valores e ideais”, afirmou o presidente eleito em entrevista a revista Christianity Today.

Com a vitória, Barack Obama se torna o primeiro presidente afro-americano dos Estados Unidos. Além disso, é também o primeiro nascido no Estado do Hawaii à chegar na Casa Branca.

Fonte: Cristianismo Hoje

Bíblia pop conquista leitores

A Escritura Sagrada ganhou um impulso na Suécia com a distribuição da “Bíblia Ilustrada”, em forma de revista, num projeto criativo e original do publicitário sueco Dag Söderberg.

No ano passado, relata o repórter Eduardo Simões, da Folha de São Paulo, a Bíblia teve um crescimento de 50% nas vendas, na Suécia, onde 75% da população são filiados à Igreja Luterana. A distribuição do texto sagrado alcançou 90 mil exemplares em 2007, para um país com 9 milhões de habitantes.

“Chegamos a perguntar a várias pessoas, jovens e idosas, liberais e conservadoras, religiosas ou não, quem atualmente incorporaria a mensagem de Jesus. E muitas delas foram incluídas no livro de Marcos”, contou Söderberg ao repórter.

Assim, o Evangelho de Marcos no texto do publicitário vem acompanhado de celebridades do bem como Bono, Angelina Jolie, Nelson Mandela, Gandhi, John Lennon e outros. As celebridades têm sido mensageiros ou embaixadores da boa vontade e da justiça social nos tempos modernos, justificou o editor.

Antes de chegar às livrarias o “evangelho pop” foi vendido em butiques, lojas e galerias de arte. No final do mês de outubro, o Novo Testamento de Söderberg foi lançado no mercado norte-americano, ao preço de 35 dólares o exemplar (cerca de 73,5 reais), com 288 páginas. O Antigo Testamento chegará ao mercado dos Estados Unidos em 2009.

Söderberg está negociando os direitos autorais da Bíblia pop em vários países. Não consta nesta listagem um dos maiores mercados do texto sagrado, o Brasil, onde a Bíblia aparece em primeiro lugar nos “Retratos da leitura” deste ano, pesquisa encomendada pelo Instituto Pró-Livro, com 45% na preferência dos leitores, seguida do gênero livros didáticos, com 34%.

A Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) distribuiu, em 2006, 5,6 milhões de exemplares da Bíblia no país. As 145 Sociedades Bíblicas do mundo, filiadas a Sociedades Bíblicas Unidas, distribuíram 25,7 milhões de exemplares no mesmo período.

Fonte: ALC

Rio de Janeiro vai ter ensino religioso nas escolas

Em encontro com o arcebispo D.Eusébio Scheid, Eduardo Paes ratifica compromisso de campanha; currículo já é adotado na rede estadual e encontra resistência de educadores.

Em 2003, a então governadora Rosinha Garotinho criou intensa polêmica entre educadores, religiosos e intelectuais quando resolveu instituir a obrigatoriedade do ensino religioso nas escolas públicas. Agora, é a vez de o prefeito eleito do Rio, Eduardo Paes (PMDB) mexer neste vespeiro.

Em encontro com o cardeal-arcebispo do Rio de Janeiro, D.Eusébio Scheid, Paes ratificou o compromisso de campanha de introduzir aulas de religião na rede municipal de ensino, que envolve mais de 1 mil escolas e cerca de 400 mil alunos. O cardeal deixou claro que na campanha deu apoio ao prefeito eleito por conta da sua defesa de princípios morais, principalmente em relação à legalização do aborto e à tolerância em relação ao uso de drogas como a maconha – uma alfinetada no candidato derrotado Fernando Gabeira, do PV, que em determinados momentos de sua vida pública defendeu as duas medidas.

“Paes ratificou e condicionou o voto de muitos. Nós estávamos realmente querendo isso como um princípio de governo”, declarou o arcebispo, em relação ao ensino religioso. D.Eusébio disse que, apesar de ter mantido um bom relacionamento com o prefeito Cesar Maia, ele teria “deixado a desejar” nesse ponto, já que a religião não é ensinada na escolas municipais, ao contrário do que ocorre na rede estadual. De acordo com o religioso, o município já pode pôr o ensino em prática, uma vez que há profissionais habilitados não só entre os católicos, mas também de outras confissões, como evangélicos e espiritualistas, a exemplo do que ocorre no Estado. Segundo Scheid, o material didático também está aprovado e disponível.

O prefeito eleito anunciou que a disciplina será implantada em fases e garantiu que as aulas serão opcionais. “Durante o processo eleitoral, eu já tinha conversado com o cardeal, e esse é um compromisso que eu pretendo cumprir”, frisou Eduardo Paes. Ele anunciou também que o Município vai estabelecer parcerias com as igrejas e entidades religiosas que atuam na área social.

A adoção do ensino religioso nas escolas municipais divide educadores e religiosos. O pastor Odalírio Luis da Costa, da Igreja Congregacional de Acari, subúrbio do Rio, aprova a medida. “Vai gerar o debate em sala de aula e em casa com os pais, além de despertar a curiosidade nos estudantes sobre a religião, seja ela qual for”, acredita.

Para o pastor evangélico, o ensino religioso nas escolas permitirá também que os alunos tenham contato com a teoria criacionista. “As escolas ensinam que o homem veio do macaco. Com as aulas de religião, as crianças saberão que o homem veio de Deus”, opina. Já a professora Estela Scheinvar, da Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, a inclusão da disciplina nas escolas da rede pública vai contra antigas reivindicações da sociedade para o ensino brasileiro. “Desde a década de 1920, sempre se buscou ensino gratuito, universal e laico (não-religioso)”, lembra. A falta de professores e infra-estrutura nas escolas da rede pública são entraves apontados por Estela para difundir a catequese. “Os conteúdos religiosos são formas de demarcar espaços de controle político. A maior bancada do Congresso é formada por grupos religiosos”, critica.

Atualmente, mais de 500 professores de ensino religioso, todos concursados e necessariamente ligados a determinadas instituições religiosas, atuam na rede estadual fluminense. No caso dos evangélicos, quem fez o cadastro são entidades como a Ordem dos Ministros Evangélicos do Brasil (Omeb). As aulas têm caráter confessional e plural, sendo vedado o proselitismo. No ato da matrícula, os responsáveis pelo estudante informam a opção religiosa familiar. As turmas são separadas por credo, e atualmente contemplam, além dos evangélicos, católicos, espiritualistas. O ensino de religiões afro-brasileiras deve ser implementado em breve, e a quantidade de professores contratados atende a percentuais fixados em pesquisa sobre as confissões religiosas dos alunos.

Fonte: Cristianismo Hoje

Começa hoje o projeto Minha Esperança Brasil

Começa hoje, pela Rede Bandeirantes de Televisão, o projeto Minha Esperança Brasil, uma das maiores campanhas evangelísticas já realizadas no país. Os programas, terão testemunhos de celebridades – como o craque e evangélico Kaká, meia do Milan.

Começa hoje, dia 6, uma das maiores campanhas evangelísticas já realizadas no Brasil. É o projeto Minha Esperança Brasil, organizado pela Associação Evangelística Billy Graham. E ele vai acontecer em mais de 600 mil lares brasileiros, ligados a mais de 50 mil igrejas evangélicas, cadastrados como “lares Mateus”.

A idéia é simples – crentes das mais diversas denominações vaso receber em suas casas amigos, parentes e vizinhos para assistir programas de conteúdo evangelístico que serão exibidos entre os dias 6 e 8 de novembro, sempre a partir das 21h, pela Rede Bandeirantes de Televisão.

Os programas, muito bem elaborados, terão testemunhos de celebridades – como o craque e evangélico Kaká – clipes musicais de artistas como Aline Barros e Fernanda Brum e pregações do evangelista Billy Graham e de seu filho, Franklin. Numa das noites, será exibido o filme Compromisso precioso, emocionante drama que conta como um casal evangélico superou a doença e se manteve fiel aos votos que fizeram um ao outro e diante de Deus.

Após os programas, os “Mateus” irão estimular seus convidados a entregarem seu coração a Cristo. No domingo seguinte, todos os decididos será recebidos num culto festivo nas igrejas cadastradas – é o Domingo da Colheita, que vai fechar a campanha. A partir daí, caberá a cada congregação discipular os novos crentes.

A campanha já foi realizada em 16 países da América Latina, levando milhões de pessoas aos pés de Jesus. Se sua igreja ainda não se envolveu no projeto, ainda há tempo para participar da campanha Minha Esperança Brasil. Acesse o site www.minhaesperancabrasil.com.br para mais informações. Confira a programação:

Dia 6 de novembro, quinta-feira:
.Testemunhos
.Clip musical inédito com a cantora Aline Barros
.Mensagem evangelística com o pastor Billy Graham – duração de 30 minutos, sem intervalos comerciais

Dia 7 de novembro, sexta-feira:
.Testemunhos
.Clip musical inédito com o cantor Paulo Cesar Baruk
.Mensagem evangelística com o pastor Franklin Graham – duração de 30 minutos, sem intervalos comerciais

Dia 8 de novembro, sábado:
.Exibição do filme Compromisso precioso – duração de 90 minutos, sem intervalos

Fonte: Cristianismo Hoje

Califórnia, Flórida e Arizona proíbem casamento gay

Os eleitores dos Estados americanos da Califórnia, da Flórida e de Arizona aprovaram em referendo uma emenda à Constituição estadual que proíbe o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Os três Estados fazem parte de um grupo que, juntamente com a votação para presidente e para o Congresso, incluíram na eleição de terça-feira propostas sobre diversos assuntos, incluindo mudanças na legislação sobre aborto, drogas e educação.

Na Califórnia, com 95% dos votos apurados, cerca de 5,1 milhões de eleitores (52% do total) decidiram aprovar a inclusão na Constituição estadual da seguinte frase: “Apenas o casamento entre um homem e uma mulher é válido e reconhecido na Califórnia”.

Na Flórida, a mudança foi aprovada por 62% dos eleitores e no Arizona, por 56%.

Ao todo, 27 Estados americanos já haviam proibido antes desta terça-feira o casamento gay, que foi legalizado na Califórnia pela Suprema Corte estadual em junho.

Por causa da decisão do tribunal, milhares de homossexuais viajaram para o Estado para se casar nos últimos meses.

Outras propostas No total, 153 propostas de mudança das legislações estaduais foram colocadas em votação na terça-feira.

Nos Estados do Colorado e de Dakota do Sul, propostas que restringiam o aborto foram rejeitadas.

Michigan decidiu passar a permitir o uso medicinal da maconha.

Em Nebraska, os eleitores decidiram acabar nas esferas municipais e estadual com programas de ação afirmativa – o tratamento preferencial de pessoas com base em sua raça, cor ou origem.

No Oregon, foi rejeitada uma proposta de limitar a não mais do que dois anos o ensino em qualquer língua que não seja o inglês. Se aprovada, a mudança atingiria duramente escolas voltadas para imigrantes, em que o ensino é na língua mãe dos alunos.

Washington, também na costa oeste, aprovou o suicídio acompanhado para pessoas com doenças terminais.

Economia Propostas para mudanças nos impostos foram derrotadas em Massachusetts e em Dakota do Norte.

Na área de energia, os eleitores californianos rejeitaram o plano de exigir que as empresas de serviços públicos, como as de eletricidade e gás, utilizem fontes renováveis em metade de sua produção até 2025.

No Missouri, por outro lado, foi aprovada a proposta de que empresas de eletricidade passem a gerar 15% de sua energia a partir de fontes renováveis até 2021.

O mesmo Estado também rejeitou a imposição de um limite de US$ 500 no prejuízo dos fãs de jogos de azar – uma medida com o objetivo de proteger jogadores compulsivos que vão a cassinos em barcos.

Fonte: BBC Brasil

Justiça do Rio manda indenizar homem chamado de macumbeiro

Um filho de santo do Rio de Janeiro receberá uma indenização de R$ 3.000 por ter sido chamado de macumbeiro por seu vizinho. Marcelo da Silva Gomes entrou com ação contra o mecânico Mauro Monteiro Pinto após ter sofrido agressões verbais quando passou em frente à casa do vizinho para fazer oferenda em seu culto religioso, em Paty de Alferes.

“A disseminação da intolerância religiosa em uma comunidade, a toda evidência, acarretará insegurança social, havendo de ser rigorosamente rechaçada”, afirmou a juíza Katylene Collyer de Figueiredo em sua decisão. Ainda cabe recurso.

O mecânico, que afirmou que o vizinho fez despachos de macumba em frente a seu portão, disse ainda que não ofendeu o autor da ação por estar com a família na igreja no dia do ocorrido. No entanto, testemunhas confirmaram os insultos, que incluíam ainda palavras de baixo calão.

Na decisão, a juíza considerou que a ofensa, grave, atingiu a personalidade de Marcelo Gomes, o que dá direito à indenização. Ela ressaltou que a Constituição Federal trata como inviolável a liberdade de crença e assegura a liberdade dos cultos religiosos, inclusive a proteção aos locais de culto. “O homem de compreensão mediana tem informação acerca da liberdade de culto e da vedação de discriminação de qualquer natureza amplamente divulgada pelas associações humanitárias e pela imprensa em geral”, afirma.

Ainda de acordo com a sentença, a eventual irregularidade no local das oferendas não permite que o mecânico insulte o vizinho. Para a juíza, a possibilidade de oferendas com alimentos perecíveis em local público deve ser questionada pelas vias próprias.

Fonte: Última Instância

Plebiscitos sobre aborto e maconha tiveram resultados diversos nos EUA

O direito ao aborto em Dakota do Sul, o uso medicinal da maconha em Michigan e as punições para as pessoas que contratarem imigrantes ilegais no Arizona foram algumas das questões decididas pelos eleitores na terça-feira, no mesmo dia em que escolhiam o futuro presidente dos Estados Unidos.

O sistema americano permite às legislaturas estaduais ou aos cidadãos, por meio da coleta de assinaturas, submeter a plebiscito propostas sobre diversos assuntos na cédula eleitoral, e na última terça-feira houve 153 consultas desse tipo em 36 estados.

O que chamou mais a atenção nacional foi a chamada “Proposta 8” na Califórnia, que perguntou aos eleitores se concordavam ou não com a proibição do casamento entre homossexuais, legalizado pela Corte Suprema do estado em maio.

No total, 52% dos eleitores respaldaram a proposta, e, apesar de ainda não terem sido contabilizados os votos por correio, o casamento gay foi proibido no estado.

O presidente eleito Barack Obama tinha expressado sua oposição à proibição e seu adversário na corrida presidencial, o republicano John McCain, a respaldava, mas ambos evitaram falar sobre o assunto durante a campanha eleitoral.

Os eleitores do Arizona e Flórida também se pronunciaram este ano sobre emendas a suas constituições estaduais que proíbem esse tipo de uniões. No total, 52% dos eleitores no Arizona e 62% dos da Flórida apoiaram essas iniciativas.

Em Califórnia, Colorado e Dakota do Sul se votou sobre o direito ao aborto, um tema que costuma aparecer em todo ciclo eleitoral.

No Colorado, 73% dos eleitores rejeitaram uma proposta que teria estabelecido que a vida humana começa no momento da concepção, e 55% dos cidadãos de Dakota do Sul rejeitaram uma proposta que imporia limites ao aborto.

Na Califórnia, 52% votaram contra uma restrição similar.

Já em Michigan, 63% dos eleitores apoiaram uma proposta para a legalização do uso da maconha com fins médicos. Em Washington, 59% dos eleitores respaldaram a descriminalização da assistência médica para o suicídio de pacientes terminais.

A imigração também teve seu lugar. No Arizona, 59% dos eleitores disseram não a uma proposta para aumentar as multas a empresas que contratem imigrantes ilegais.

Fonte: EFE

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